Mostrar mensagens com a etiqueta satélite. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta satélite. Mostrar todas as mensagens

quinta-feira, outubro 30, 2008

China

Bem-vindo Senhor Hu!

Venezuela lança seu primeiro satélite com ajuda chinesa
Publicado em 29.10.2008, às 18h50 (JC Online)

A Venezuela lançou nesta quarta-feira (29) seu primeiro satélite, a partir de um centro espacial na China. O lançamento do satélite Simón Bolívar também conhecido como Venesat-1, foi transmitido ao vivo pela televisão estatal venezuelana e o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, e seu colega boliviano, Evo Morales, assistiram juntos ao evento. O Venesat-1 é o primeiro dos dois satélites que o governo venezuelano pretende colocar em órbita.

A China desenvolveu e lançou o satélite a partir do centro de lançamento de satélites de Xinchang, localizado 64 quilômetros ao noroeste de Xinchang, disse o Ministério da Informação da Venezuela em comunicado. O governo Chávez gastou mais de US$ 400 milhões no projeto do satélite. "Agora o satélite está em órbita", disse Chávez logo após o lançamento, a partir do centro de operações em Ciudad Bolívar.


Comentário
: já lá vai o tempo em que da China só chegavam gravatas de seda e guarda-chuvas. Ainda me lembro do velho chinês, humilde, paciente e persistente, de plantão à porta do British Bar, com o seu sortido de gravatas. Como macaense que sou, tive sempre uma especial simpatia por aquele povo asiático. Exibo desde miúdo o território de nascença como qualidade distintiva numa metrópole que sempre vi como provinciana, tal como recordo o facto de ter sido cuidado em bebé por duas empregadas chinesas e um africano de Moçambique, impedido, à época, do jovem tenente de artilharia que é meu pai. São, como direi, os estigmas aristocráticos da minha biografia essencial.

Japoneses, europeus e americanos atiram por estes dias as taxas de juro ao chão, para alegria dos mercados especulativos e piratas deste mundo. Na América e na Europa, uma bolha especulativa de cartões de crédito poderá muito bem suceder este Natal às bolhas que acabam de rebentar no imobiliário, na energia e nas matérias primas, e ainda no mercado de derivados -- esta, ainda longe de ter descarregado toda a sua imensa energia destruidora. O preço do dinheiro, seja pela via dos avales, das injecções maciças de liquidez, ou dos movimentos concertados para destruir as taxas de juro, aproxima-se escandalosamente do zero, se não mesmo de valores negativos!!
Parece que o casino do Capitalismo Deficitário já não pode fazer outra coisa que não seja destruir toda a poupança ocidental e continuar a apostar na utopia assassina do crédito infinito.

Enquanto o Ocidente afunda a sua capacidade produtiva, aniquila a poupança e caminha para o patamar explosivo da estagnação económica combinada com picos alternados de deflação e inflação, os meus amigos chineses deixaram de vender gravatas no Cais do Sodré e preparam-se rapidamente para ocupar o centro da razoabilidade económica e financeira do planeta.

Antes dos lunáticos do Terreiro do Paço, com a colaboração apática do parlamento e da nomenclatura político-partidária que temos (que é o verdadeiro cerne da irremediável crise de regime em que nos estamos afogando), destruírem o Vale do Tua, a Portela e o Porto de Lisboa, aquele velho e simpático chinês de Lisboa regressará à cidade branca para abrir o seu festivo stand de automóveis e satélites de precisão, a preços imbatíveis, enquanto fogos e inundações se multiplicam no ciclotrão de Genebra e nas engenharias imbecis de Alcântara.

Bem-vindo Senhor Hu!

OAM 465 30-10-2008 00:13