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terça-feira, agosto 16, 2011

Arrecadas de Viana, protegam-nos!

Ainda vai a tempo de comprar ouro e prata!


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“Gold has gone up for 12 straight years in a stealth market. In the last ten years gold has had a compound annual growth of 20.5%.  This is an absolutely outstanding return but investors should not look at gold as an investment but as money. Gold reflects governments’ deceitful actions in totally destroying the value of paper money by printing unlimited amounts of it. With gold up 7 times since the bottom in 1999, is it too late to jump on the Goldwagon?

The answer to the above question is a categorical NO” — in Egon von Greyerz: “Too Late To Jump On The Goldwagon?” (ZeroHedge)

Eis mais um bom argumento para recomendar a compra de ouro (barras de ouro!) e prata nos próximos meses. A especulação financeira e os estados soberanos falidos só há pouco acordaram para o refúgio dos metais preciosos, e mesmo assim, mal! Ou seja, em vez de comprarem ouro, prata e platina, andam a especular com papeis de ouro, prata e platina! Ou seja, estão a criar mais uma bolha piramidal, a qual, quando rebentar, irá fazer disparar para valores sem precedentes o valor dos cordões, arrecadas, moedas e barras de ouro, prata e platina que os mais previdentes tiverem entretanto amealhado.

A compra de boas peças de filigrana portuguesa é uma excelente protecção contra a inflação camuflada (embora cada vez mais real e ameaçadora), contra a pilhagem fiscal em curso, contra a desvalorização agressiva do dinheiro (e portanto das reformas e dos fundos de pensões e saúde), e ainda contra o colapso financeiro iniciado em 2006-2007, cujo Bang 2 está prestes a ocorrer!

Arrecadas de Viana em ouro, prata dourada ou prata, são uma alternativa imbatível aos títulos de dívida pública portuguesa de longo prazo (10 anos/ Certificados do Tesouro), e mais ainda de médio prazo (5 anos/ Certificados de Aforro).

E para quem tiver 1, 10, 100 milhões de euros para investir, uma dica: aposte em força na ourivesaria portuguesa:
  • compre matéria prima! 
  • invista na protecção e qualificação da ourivesaria tradicional portuguesa, nomeadamente na arte da filigrana! 
  • promova e desenvolva um mercado global para a filigrana portuguesa!

Ao governo português, uma dica também: porque não resolve criar um Banco Público de Ouro, para além das Reservas de Ouro do Banco de Portugal? Teria dois grandes méritos: proteger o metal precioso dos seus cidadãos; e pedi-lo emprestado, em caso de força maior e só depois de aprovação em Referendo, como garantia de empréstimos externos.

quarta-feira, julho 20, 2011

Filigranas de Portugal

 O euro, ou o ouro!

Viana, noivas de ouro (foto:?)

Depois de ultrapassar os 1600 dólares a onça, o ouro e os metais preciosos em geral, com um destaque muito especial para a prata, prometem não parar tão cedo a sua escalada contra as moedas virtuais do Ocidente. A onça de ouro poderá chegar aos 2000 USD já no Outono, se a crise das dívidas soberanas americana e europeia continuarem à deriva e as tensões militares no Golfo Pérsico derem origem a um ataque israelita ao Irão (1). Há mesmo quem aposte numa subida deste metal até aos 5000 USD, como uma das respostas possíveis à próxima queda abrupta da moeda americana, a qual se viria a traduzir numa nova corrida mundial em direcção aos metais preciosos, estimulada por vários países, com a China, a Índia e a Suíça, no pelotão da frente.

Seja como for, este não é o momento, nem de vender o ouro soberano português, nem de o hipotecar à dívida pública criada na sequência de uma orgia nos mercados financeiros e de uma política deliberada de crescimento pela via do endividamento galopante das pessoas, das empresas e dos governos. Portugal talvez tenha sido pioneiro em matéria de banca anarquista (Alves dos Reis e Dona Branca), mas não fomos nós que impusemos ao mundo a desregulamentação dos mercados financeiros, nem a banca piramidal. Não atirem pois sobre nós, como se fossemos os únicos patinhos feios da feira!

Apesar da gravidade da situação, alguns factores poderão de algum modo facilitar uma negociação mais suave das condições impostas pelos credores ao devedor Portugal:
  1. Os depósitos a prazo dos portugueses representam já mais de 120 mil milhões de euros (Economia e Finanças, 20/05/2011);
  2. Uma boa parte da nossa liquidez anda por fora, nessa forma tradicional de exportação chamada emigração (seria interessante calcular que parte desta poupança entra no país sob a forma de consumo);
  3. As reservas de ouro do Banco de Portugal (382,5 toneladas), a que haveria que somar as reservas privadas do mesmo metal, para termos uma ideia mais próxima da realidade em matéria de existências totais, apesar da sangria provocada pela democracia populista que temos, são ainda muito importantes (2), valendo hoje qualquer coisa como 13,8 mil milhões de euros. Destas reservas 45% estão guardadas nos cofres do Banco de Portugal. Falta saber onde estão os restantes 55%?! Em Fort Knox? O secretismo de Estado nesta matéria não faz qualquer sentido.
  4. A dívida pública portuguesa, que já anda acima dos 177 mil milhões de euros, supera em mais de 12,8x o valor das reservas de ouro, e ultrapassa mesmo, em mais de 43 mil milhões, o valor conjunto dos depósitos a prazo e das reservas de ouro.

As reservas de ouro declaradas pelos bancos de todo o mundo são da ordem das trinta mil toneladas e valiam no pico da valorização, a dezoito deste mês, cerca de 1,1 bilião de euros. A dívida pública mundial, por sua vez, é da ordem dos 28 biliões de euros, para um PIB mundial na ordem dos 44,4 biliões de euros — ou seja, a dívida pública mundial está ligeiramente acima dos 60% recomendados pelo Pacto de Estabilidade do Euro.

Como se percebe, a nossa dívida pública é mesmo insustentável, apesar de as reservas de ouro corresponderem a uma taxa de cobertura da dívida pública duas vezes superior à taxa de cobertura da dívida pública mundial pelas correspondentes reservas de ouro.

Estima-se que todo o ouro à face da Terra não irá além das 140 mil toneladas. Se de todo este ouro, 120 mil toneladas fossem convertidas em reservas, o seu valor seria hoje da ordem dos 4,3 biliões de euros. Ou seja, seria preciso multiplicar por quatro as actuais reservas mundiais de ouro, e depois multiplicar por sete o actual preço deste metal, para que as reservas cobrissem integralmente a actual dívida pública mundial!

Mantendo as existentes reservas oficiais de ouro nas 30 mil toneladas, seria pois necessário multiplicar por vinte e oito o valor do metal precioso para que as actuais reservas cobrissem a dívida pública mundial. Numa tal situação hipotética, as reservas de ouro do Banco de Portugal passariam a valer 386,6 mil milhões de euros, mais do dobro da actual dívida pública portuguesa.

O raciocínio vale tão só para percebermos que, perante a crise profunda que levará a economia ocidental a uma pausa no crescimento até 2020-2025, e ao pagamento doloroso das dívidas acumuladas, o regresso ao padrão-ouro é bem mais plausível do que alguns poderiam suspeitar. Daí que, para além da correcção drástica dos nossos níveis e estilos de endividamento, público e privado, a defesa das nossas reservas de ouro, assim como a defesa intransigente da poupança privada (traduzida no volume muito significativo dos depósitos a prazo existentes), são imperativos patrióticos irrecusáveis que nenhum governo poderá prejudicar, sob pena de levar este país a uma convulsão social sem precedentes.

Frankfurt e Bruxelas que se deixem pois de sonhos húmidos relativamente a dois dos activos portugueses de que não abrimos mão: as nossas filigranas de ouro, e os nossos depósitos a prazo!


REFERÊNCIAS

July 8, 2011
Swiss Parliament to discuss gold franc
Right-wing party seeks way back to gold standard

ZURICH (MarketWatch) — The Swiss Parliament is expected later this year to discuss the creation of a gold franc — a parallel currency to the official Swiss franc, with the fringe initiative likely triggering a broader debate about the role of the precious metal in the Alpine nation.

The initiative is part of “Healthy Currency,” a campaign sponsored by politicians from the right-wing Swiss People’s Party (SVP) — the country’s biggest — that is seeking to capitalize on popular fears about global financial turmoil and inflation to reverse the government’s current policy on gold.

“I can imagine that this will spark some sort of debate about gold and there may be some pressure to accept the parallel currency,” said Dr. Gebhard Kirchgaessner, an economics professor at St. Gallen University. “But it won’t have any real effect on the economy. It seems incredible to imagine that there are people out there willing to buy millions of these things.”

Switzerland, which in 2000 became one of the last countries to decouple its currency from gold, is not the only place to contemplate a change in the precious metal’s role amid controversy over government involvement in the economy. In March, Utah became the first state in the U.S. to legalize gold and silver coins as currency, while similar legislation was considered in Montana, Missouri, Colorado, Idaho and Indiana.

“I want Swiss people to have the freedom to choose a completely different currency,” said Thomas Jacob, the man behind the gold franc concept. ”Today’s monetary system is all backed by debt — all backed by nothing — and I want people to realize this.”

A good part of the enthusiasm for gold, which provokes strong emotion among many who invest in it, has to do with its price: the yellow metal has more than quadrupled during the last decade and now stands at more than $1,500 per ounce.

6 de Junho 2011
Reservas de ouro ameaçadas

(O ANTÓNIO MARIA) — Elisa Ferreira (PS) e Nuno Melo (CDS), membros efectivos da comissão do Parlamento Europeu ECON (Economic and Monetary Affairs), votaram no passado dia 24 de Maio um relatório, aprovado por unanimidade, a favor do uso das reservas de ouro dos países europeus como colateral do endividamento soberano. Este relatório será levado ao Parlamento Europeu no dia 30 de Junho de 2012 [corrigido] para discussão e aprovação.

10 de maio de 2011
Resgate: Alemães sugerem venda de reservas de ouro

(Expresso) Dois políticos alemães de quadrantes diferentes exigiram que no programa de resgate a Portugal se incluísse a venda das reservas de ouro do Banco de Portugal. As opiniões dividem-se entre economistas portugueses

29 de Maio de 2009
O ouro do Salazar…
por Henrique Neto

Em 1974, os cofres do Banco de Portugal (BdP) estavam a “abarrotar” de reservas de ouro, mais concretamente 865.936 toneladas que o Estado Novo “amealhou” a partir da 2.º Grande Guerra. A partir dessa altura, assistiu-se a uma verdadeira sangria…

De facto, desde 1974 que as reservas de ouro têm vindo a diminuir…Só entre 2002 e 2006, a instituição liderada por Vítor Constâncio vendeu 224,1 toneladas deste metal, reduzindo significativamente o volume de ouro detido.

Tal situação deveu-se à adesão em 1999, por parte do BdP, ao acordo («Acordo dos Bancos Centrais sobre o ouro»), em que participavam outros bancos centrais europeus, para a adopção de uma política de diversificação das reservas externas. Os “ganhos” realizados com essas vendas são transferidos para uma reserva especial do BdP que faz parte integrante dos capitais próprios do banco.
Este acordo foi revisto em 2005 e estipulava que nesse período as vendas anuais nunca poderiam exceder as 400 toneladas e as vendas totais nunca deviam exceder as duas mil toneladas.

Em 2006, Portugal já tinha “cerca” de 382.540 toneladas deste metal precioso, conforme comunicado emitido pelo BdP em 2007.

Actualmente “restam” pouco mais de 300 toneladas…do chamado "ouro de Salazar"! E as perspectivas não são animadoras, nos tempos mais próximos, pois a “tentação” de venda, sob a capa de diversificação das reservas externas, é enorme…

Entretanto, na semana passada, tivemos “conhecimento” que a China tem estado a comprar ouro nos últimos 10 anos… possuindo actualmente a maior reserva de ouro do Mundo!

NOTAS
  1. “CVN 77 G.H.W. Bush Enters Persian Gulf As CIA Veteran Robert Baer Predicts September Israel-Iran War” . 07/17/2011 Zero Hedge.
  2. As reservas de ouro do Banco de Portugal têm vindo a ser desbaratadas desde o início do actual regime democrático. Em 1971, ainda eram de 818,3 toneladas (ou seriam 865?); em 2001, baixaram para 606 toneladas; e em Março de 2009, já só somavam de 382,5 toneladas.