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sábado, maio 10, 2014

Nestlé, nunca mais!

O animal que preside à Nestlé

Que tal um boicote aos produtos da empresa que esta criatura dirige? 

Eu já cortei com o Nespresso.

Is water a free and basic human right, or should all the water on the planet belong to major corporations and be treated as a product? Should the poor who cannot afford to pay these said corporations suffer from starvation due to their lack of financial wealth? According to the former CEO and now Chairman of the largest food product manufacturer in the world, corporations should own every drop of water on the planet — and you’re not getting any unless you pay up.

The Mind Unleashed, 9 May 2014
Não esquecer que estes animais costumam trazer no bolso os imbecis que elegemos, alimentando-os a pérolas e Pão de Ló. Há que vigiar e discutir publicamente a Lei da Água e o embuste do Plano Nacional de Barragens que Sócrates-Mexia e a corja do CDS prepararam para entregar, de bandeja, recursos vitas do país a estas corporações cuja utopia seria um mundo sem humanos. Só com animais da sua laia!

Este animal está, no entanto, errado num ponto: num mundo de robots não há lucros. O lucro, por definição, é o grau de exploração do trabalho variável. As máquinas e os robots são capital fixo puro e duro, sem elasticidade em matéria de input e output. Sem capital humano não pode haver mais valia, apenas monopólios e carteis de produção-distribuição e recursos. Mas aqui chegados há outros animais que se impõem à vulgar corja dos gestores otimistas. Um deles é a revolta popular que iça guilhotinas pelo caminho. O outro, que já começou a impor-se, chama-se estado-nação.

Seria bom que este animal lesse o livro que comecei a lçer a semana passda: The Structure of World History, de Kojin Karatani.

terça-feira, abril 26, 2011

Maioria silenciosa

Um partido que leva o país à bancarrota pode ganhar as próximas eleições!
...cerca de 1 milhão de eleitores beneficiam do CSI ou RSI, devem esse beneficio ao PS e a maioria tem consciência disso. Agora junte-se-lhes os boys que infestam os sectores administrativo ou empresarial do Estado e as empresas privadas que vivem à sombra do governo. É esta a almofada que suporta o PS e amortece o efeito dos erros cometidos pelo governo.

Se observarmos os resultados das eleições legislativas de 2009, vemos que o PS recebeu 36,6% com cerca de 2 milhões de votos. Donde concluímos que o governo PS pode levar o país à bancarrota sem que daí advenha, como consequência, a perda das eleições legislativas. Só um voto nulo maciço do restante eleitorado, um voto anulado com uma frase de protesto contra o PS, pode desalojar os socialistas do governo — in Cidade Lusa.
A maioria cor-de-rosa criou uma base populista de apoio formada pelo CSI (Complemento Solidário para Idosos), RSI (Rendimento Social de Inserção) e pela imensa rede de jobs for the boys-and-girls tecida pelo sistema partidário no seu conjunto, com especial destaque, ao longo da última década e meia, para o PS.

De leitura obrigatória, a análise da Cidade Lusa mostra como a tríade de Macau, de forma metódica e sibilina, montou a sua base de sustentação populista.

O PS poderá assim voltar a ganhar as eleições, colocando Portugal na senda dos novos regimes proto-fascistas que aí vêm. Há, porém, um limite objectivo que não conseguirá superar: para o nível catastrófico do nosso endividamento público e privado, nem que tivéssemos o petróleo de Chávez ou de Kadafi nos safaríamos do colapso, ou de uma correcção abrupta da  fantasia social em que vivemos. Se a Alemanha não quiser perder, uma vez mais, a Europa, é o que nos obrigará a fazer. Se a Espanha não quiser voltar ao terrível espectro de uma guerra civil, é o que nos obrigará a fazer. Ou seja, ambos os países, que são os nossos dois maiores credores (a que se segue a França), têm uma só escolha pela frente: ou deixar Portugal resvalar para um regime populista perigoso, com o efeito de boomerang que uma tal degenerescência da democracia pode causar, ou levantar imediatamente uma barreira financeira intransponível às tácticas oportunistas e corruptas que hoje imperam no espectro partidário lusitano.

Estive esta madrugada a reler um texto fundamental de Garret Hardin, publicado pela revista Science em 1968: The Tragedy of the Commons. Seria bom que os pessoas sérias e inteligentes deste país o relessem também.