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quinta-feira, julho 30, 2015

Drogaria eleitoral

Armando Pereira, o emigrante minhoto que regressa para tomar conta da PT, como líder e dono!



Foi você que pediu uma revolução?


Altice corta estrutura de topo da PT Portugal
Económico, 15 jun 2015 Cátia Simões

Será anunciado em breve um presidente-executivo para a PT Portugal, garantiu Armando Pereira ao sindicato. Empresa vai investir em fibra.

“Tomamos consciência que uma nova PT nasceu no dia 2 de Junho. Uma PT menos formal e menos estratificada. Tem uma Administração reduzida (3 Administradores) para todas as empresas do Grupo em Portugal, presidida pelo Sr. Armando Pereira como PCA, que além de “dono” terá a função de acompanhamento regular da Empresa após os primeiros 3 a 4 meses de intensa presença. Brevemente será anunciado um Presidente Executivo português para estar a tempo inteiro”, frisa o comunicado.

O capitalismo indígena, rentista, devorista, clientelar, nepotista, irresponsável e arrogante, tem estado a levar uma tareia histórica. Mas não é do PCP, nem do Bloco, e muito menos dos indigentes socialistas do PS. É de quem emigrou e regressa rico depois de comer o pão que o Diabo amassou, com ideias claras, nomeadamente sobre as relações de mútuo interesse que podem existir entre trabalho e capital, entre crescimento e um estado social inteligente, transparente e mais justo do que aquele que temos neste momento.

Aeromoscas de Beja, cemitério e sucata de aviões

Os partidos da coligação parecem ter finalmente assimilado as ideias simples e as previsões deste blogue independente. A quem enviamos a fatura?

Desde 2005 que O António Maria, primorosamente assessorado, insistiu nisto:

  1. Que o NAL na Ota e o NAL da Ota em Alcochete não passavam de embustes montados pelos piratas do PS e do BES, com algumas fantasias do BPN à mistura;
  2. Que em Beja se derreteram mais de 33 milhões de euros num aeromoscas. Escrevemos a este propósito, em 2009, que a famosa modernização socratina da antiga Base Aérea da NATO, suportada por um estudo hilariante do visionário Augusto Mateus, acabaria  por transformar-se num cemitério e sucata de aviões. A confirmação veio a 29 de julho de 2015!

Portugal não será, apesar da vontade das elites que vivem na corte do orçamento, uma ilha ferroviária. 


Um dia Portugal acabará por colocar a bitola europeia nas ligações ferroviárias transversais das principais cidades e portos portugueses, Lisboa-Setúbal-Sines, Porto-Aveiro-Figueira da Foz, e Porto (Matosinhos-Leça)-Viana do Castelo-Valença, a Espanha e ao resto da Europa.

A ligação Poceirão-Caia, aprovada e quase totalmente financiada pela UE, foi abandonada na sequência de uma decisão estúpida do volúvel Tribunal de Contas, certamente por força dos piratas do NAL, agora finalmente derrotados, mas que não pararam durante toda a vigência do atual governo de coligação, ou pelo menos até à prisão de Sócrates e colapso do Grupo Espírito Santo. O mapa ferroviário europeu forçará, mais cedo ou mais tarde, o governo indígena a construir as ligações ferroviárias prioritárias previstas no mapa europeu da mobilidade económica e cultural.


Drogaria eleitoral

Estamos em plena corrida para as Legislativas. De cada vez que abrem os noticiários da Rádio e da TV parece que entramos numa drogaria eleitoral. A coligação tem marcado pontos, ao contrário do PS de António Costa, que se remeteu à condição de comentador crítico da ação governativa e da coligação PSD-CDS/PP. As poucas ideias do antigo ministro de José Sócrates têm-se desfeito contra o muro das realidades. O PS é o partido da burocracia e de uma burguesia rendeira e devorista cada vez mais acossada pelos credores e pela população escandalizada com o grau de corrupção e nepotismo que o PS promoveu na sociedade portuguesa, perdendo assim a sua verborreia corrente qualquer credibilidade, pelo menos até que mude a sua geração de dirigentes.

A coligação, pelo contrário, iniciou hoje, 29 de julho, um contra-ataque contra o PS que deixa a esquerda em geral com vários problemas por resolver. Três deles são cruciais para a sua credibilidade imediata: 
  1. Quem é que, afinal, atacou e ataca a corrupção e a sua nomenclatura? 
  2. Quem é que, afinal, tem as melhores propostas para defender o estado social, sem provocar novo agravamento da dívida pública e privada (a começar pela dívida externa) e a consequente derrapagem para um novo resgate?
  3. Qual é, afinal, a posição do PS, do PCP e do Bloco face ao euro? E face à União Europeia?
O Bloco, dada a dislexia óbvia de António Costa, tem nestas eleições uma oportunidade única para se apresentar ao eleitorado como um partido rejuvenescido, menos maniqueísta, menos demagogo e menos populista, mas também mais sofisticado no uso da linguagem, e com uma agenda programática inovadora, realista e propositiva, sem ter por isso que reprimir o saudável radicalismo de uma série de novas causas e preocupações sociais e culturais.

João Oliveira tem trazido uma lufada de ar fresco ao discurso ressequido dos comunistas. Com o tempo que tudo cura, ou leva, talvez ainda possamos assistir a um aggiornamento nesta pequena igreja do pós-estalinismo. Jerónimo de Sousa faria bem em promover uma clara e decisiva passagem de testemunho geracional, em vez de se agarrar a uma simpatia que não anda nem desanda.

A crise grega fez várias vítimas fora da Grécia. A esquerda em geral foi uma delas. Mas também as tentativas de criação de novas forças partidárias, como o Nós, o Livre ou a coisa do Marinho e Pinto. Serão estas as principais vítimas colaterais das eleições de 4 de outubro.

quinta-feira, julho 10, 2014

BES afunda PT, TAP, a Bolsa e o... regime

Ricardo Salgado, o líder de um império desfeito


Um maremoto chamado BES


Última hora: CMVM suspende ações do BES!
Espírito Santo Financial Group suspende negociação das ações em bolsa  - Observador/Lusa, 10-07-2014
“This ensures that in times of crisis mainly owners and creditors will contribute to solving the crisis, and not taxpayers.”
— Germany OKs plan to make creditors prop up banks, Market Watch, July 9, 2014

BES arrasta país para o vermelho! E Alemanha avisa que os bancos falidos vão ter que recorrer ao pelo do próprio cão, i.e. aos depositantes e outros credores para satisfazerem as responsabilidade principais das instituições insolventes...

Entretanto, dadas as relações parasitárias entre a Dona Branca Espírito Santo e empresas estratégicas como a PT, a TAP, Brisa e outras, o efeito dominó sobre as cotadas em Bolsa, sobre o sistema financeiro, sobre a economia e sobre o regime está em curso e é de susto. Era a isto que nos referíamos quando dissemos ironicamente que o BES convocara o último Conselho de Estado, o qual serviu basicamente para nomear a troika laranja que vai tomar conta dos cacos do bankster do regime.

Não ficará pedra sobre pedra desta teia rentista, incluindo a pedra chamada TAP e a pedra chamada ferrovia de bitola europeia (Lisboa-Madrid, Porto-Galiza, Aveiro-Salamanca) cujos desenvolvimentos estiverem sempre dependentes e foram gravemente distorcidos pelos interesses do Bloco Central da Corrupção, de que a Dona Branca Espírito Santo foi o principal pivot financeiro. Era esta Senhora que dizia ao Álvaro onde e como queria uma nova cidade aeroportuária (em Alcochete), ou que esteve embrulhada profundamente na privatização da EDP (a mesma que já conduziu à irradiação do senhor Cao Guanjing, por nepotismo...), tendo o senhor Ricardo aproveitado para comprar dois milhões de ações durante a operação, e que continua no grupo de assessores financeiros da privatização da insolvente TAP, sendo, como se sabe, um dos bancos que garantiu a operação, que será sem dúvida abortada, de compra de 12 Airbus A350-900.

Abrindo-se uma cratera neste pivot, o resto só poderá mesmo ruir em dominó.

A vigilância popular é neste momento decisiva, para impedir que os três mil milhões do buraco da TAP, e os aviões que andam a cair aos bocados (aquisições/alugueres recentes de material de terceira), sigam o seu curso suicida em direção a um estrondo monumental. Esta vigilância cívica e democrática é decisiva para forçar a retoma, de forma racional e previsível, da política ferroviária há muito acordada entre Portugal, Espanha e Bruxelas.

Quanto aos jornalistas, editores e donos da nossa indigente imprensa pedimos-lhes que façam um crash course gratuito sobre política de transportes e sobre política de energia aqui mesmo, lendo as dezenas de artigos que a nossa equipa pro bono foi tecendo honestamente e sem interesses económicos ou profissionasi envolvidos. Leiam O António Maria. Desde 2008 que alertámos para o que se iria passar se nada fosse feito.


ALERTA SOBRE A TAP


A TAP é uma das vítimas propiciatórias do Bloco Central da Corrupção, da indigência e corrupção partidárias e parlamentares do regime, e dos banksters deste país, a começar, claro, pela Dona Brana Espírito Santo.

Enquanto o senhor Salgado exigia ao Álvaro um aeroporto em Alcochete para aviões intercontinentais Airbus A380, enquanto a TAP encomendava 12 aviões Airbus A350-900, e alguns adiantados mentais exigiam uma cidade aeroportuária para os aviões Low Cost na Margem Sul —ao mesmo tempo que boicotavam por todos os meios, incluindo o uso e abuso da voz 'soprada' do senhor Miguel de Sousa Tavares, o plano ferroviário de ligação da Península Ibérica ao resto da Europa—, as Low Cost iam tomando paulatinamente conta do mercado do transporte aéreo em Portugal e no resto da Europa, fazendo do turismo, em plena crise aguda da dívida soberana, a principal indústria exportadora indígena. A própria Lufthansa decidiu recentemente apostar nos serviços aéreos Low Cost, não apenas nos voos europeus e de médio curso em geral, como nos próprios voos intercontinentais e de longo curso em geral.

Em Portugal, sob a batuta dos condottieri Monteiros, todas as decisões foram não só erradas, como potencialmente criminosas. Basta compilar o registo desde 2007 dos incidentes e cancelamentos inexplicados de voos ocorridos com aeronaves da ou ao serviço da TAP, para percebermos a gravidade do que tem vindo a acontecer:

20) TAP cancela voo Maputo-Lisboa por "questões técnicas"
Económico, 25/7/2014

19) Passageiros de voo da TAP cancelado queixam-se de falta de assistência
Lusa e PÚBLICO, 22/06/2014 - 07:52

18) Avião da Portugália voa com "problemas técnicos". Aeronave do grupo TAP partiu da cidade do Porto com destino a Milão, mas regressou ao aeroporto passada uma hora.
Correio da Manhã, 14-07-2014

17) "Explosão" em reator de avião da TAP danifica viaturas
Lusa | 14:21 Sábado, 12 de Julho de 2014
Atualização (14-7-2014, 20:39)
A aeronave acidentada, segundo comunicou a companhia, é um Airbus A330-200 (CS-TOO ‘Fernão de Magalhães’) adquirida à Airbus em 2008.
16) Avaria de avião da TAP impede passageiros de ver jogo de Portugal
TVI24, 17-06-2014

15) Avião da TAP retido ontem no aeroporto de Belém do Pará, Brasil
SIC, 09-06-2014

14) TAP afasta risco de penhora do seu avião no Brasil
Negócios, 24 Abril 2014, 16:28

13) O voo da TAP que fazia domingo a ligação Lisboa-Recife aterrissou no início da tarde de segunda-feira (10) no aeroporto dos Guararapes, na capital pernambucana.
Portugal Digital, 10-03-2014 15:45

12) Passageiro de avião da TAP retido em Milão reclama tempo de espera e falta de alternativas
SIC, 23:36 26-12-2013

11) Passageiros retidos em Zurique regressaram a Lisboa
DN, 25-12-2013

10) Avião da TAP retido em Moscovo há mais de 24 horas
SIC, 25-05-2013

09) 103 passageiros da TAP retidos em S. Tomé devem regressar a Lisboa no sábado
Lusa, 27-12-2013

08) Avião da TAP retido em Caracas faz desesperar 250 passageiros
JN 28-06-2012

07) Avaria no trem de aterragem obrigou avião da TAP a regressar a Lisboa
JN, 03-10-2011

06) Brasil: Avião da TAP aterra de emergência com avaria
Expresso/Lusa | 02-04-2011

05) Avião da TAP continua retido em Maputo
Lusa, 01-09-2010

04) Avião da TAP retido em Joanesburgo devido a avaria
TSF, 06-05-2010

03) Passageiros retidos em Roma devido a avaria em avião da TAP
Diário Digital, 08-02-2010

02) Avião da TAP retido em Kinshasa e piloto preso
DN, 01-10-2008

01) Aviação: Avião da TAP retido em Lisboa por avaria partiu 20 horas depois do previsto para a Venezuela
Expresso, 22-09-2007


Atualização: 27-07-2014, 20:40 WET

quinta-feira, julho 29, 2010

Sacos azuis e horizontes eleitorais

PT confirma venda da Vivo à Telefónica por 7,5 mil milhões pagos em três tranches

[...] A Portugal Telecom acordou com a Telefónica vender-lhe a sua posição na Vivo por 7,5 mil milhões de euros e vai fazê-lo em três tranches até Outubro de 2011.

A primeira tranche, de 4,5 mil milhões de euros, será paga o mais tardar dentro de 60 dias. Mais mil milhões de euros chegarão à PT a 30 de Dezembro de 2010 e os restantes dois mil milhões até 31 de Outubro de 2011. — Jornal de Negócios.
Em 11 de Maio de 2010 a Telefonica ofereceu 5700 milhões de euros pelos 50% da Brasilcel. Depois da ameaça iminente de uso da Golden Share por parte do governo a oferta foi subindo rapidamente até aos 7150 milhões de euros. Sócrates resolveu, como se esperava, accionar a Golden Share. A corda ficou a ponto de partir, mas era tudo a fingir.  Os espanhóis da Moncloa e da Zarzuela (espécie de Cavalo de Tróia dos americanos e ingleses na América do Sul, com o objectivo expresso de dificultar a emergência do Brasil) pagariam o que fosse preciso, e portanto pagaram a astronómica quantia de 7500 milhões de euros pelo controlo total da Vivo.

As contas de chico-esperto feitas na SIC-N pelo autarca da cidade falida de Vila Nova de Gaia, a par dos seus elogios trapalhões à famigerada inocência de Sócrates seja lá no que for, revela à saciedade a fibra da criatura. Mas a verdade é outra.

A pressão castelhana era uma pressão insistente há anos. O objectivo traçado pelas esferas políticas que controlam a "100% privada" Telefonica traduz claramente um dos vários movimentos estratégicos da política externa da Moncloa e da Zarzuela, isto é do PSOE e do PP, bem como do rei de Espanha: colaborar com o Reino Unido e com os Estados Unidos numa ampla manobra de contenção do Brasil e subsequente controlo do Atlântico, por cima dos interesses portugueses e dos resto da Europa — evidentemente. Para isso serviu a Cimeira das Lajes!

Pois claro, Durão Barroso, e o agora titubeante passos de coelho (que tem andado numa roda vida de viagens a Espanha) são provavelmente peças duma mesma engrenagem de traição aos interesses históricos de Portugal.

Creio que a Maçonaria e alguma gente patriótica deste país estará atenta a este jogo perigoso, de que a captura da própria economia e finanças portuguesas pelos piratas da Moncloa e da Zarzuela, vem emergindo de forma cada vez mais descarada e arrogante. A OPA da Telefonica foi um estrondoso e quase pornográfico exemplo do que opino.

Entretanto, temo que a corja partidária do PS esteja neste momento concentrada apenas na comissão do negócio da Vivo. Não nos esqueçamos que o regateio rendeu 1 800 milhões de euros em apenas dois meses e meio!

Se tomarmos como padrão de referência as percentagens usuais na intermediação imobiliária —entre 3% e 5%— podemos imaginar um saco azul para as próximas batalhas partidárias na ordem dos 54 a 90 milhões de euros. É tanto dinheiro que até daria para olear as finanças alquebradas das principais máquinas partidárias dos dois países ibéricos!

Não há pequenos-almoços grátis.