Mostrar mensagens com a etiqueta Nuno Crato. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Nuno Crato. Mostrar todas as mensagens

terça-feira, fevereiro 17, 2015

A reforma oportunista do estado


Um ministro (Nuno Crato) não pode ser mais um oportunista.

Redução de funcionários e trabalhadores na FP é fogo de vista.

Que no entanto queimou os afetados!


Despedir não é reformar. Reformar é redesenhar de alto a baixo o sistema de ensino e aprendizagem, estabelecendo uma simbiose amigável e produtiva entre a iniciativa e autonomia dos cidadãos, novas tecnologias, redes sociais, voluntariado, envolvimento empresarial e uma nova classe de mestres (WiFi Tutors).

Mas para realizar, de facto, esta reforma, é necessário começar por implodir o Edifício da 5 de Outubro, e enviar a burocracia toda de férias durante um ano.

O estado tornou-se um empecilho devido à inércia dos seus recursos humanos e dirigentes, das dinastias burocráticas e sobretudo da corja partidária e dos sobrinhos da nomenclatura que infetam o sistema.

A areia que a esquerda ideologicamente falida lança para cima dos seus devotos apenas contribui para tornar a metamorfose mais dolorosa e atrasar o país no jogo das competências e na economia da atenção positiva que caracterizam os tempos pós-contemprâneos em que vivemos (1) .

Estado perdeu quase 10% dos funcionários em 3 anos
Jornal de Negócios. 16 Fevereiro 2015, 18:53 por Catarina Almeida Pereira

As administrações públicas perderam 9,8% do pessoal entre Dezembro de 2011 e o final do ano passado, com uma redução de 71 mil funcionários. Os dados oficiais revelados esta segunda-feira, 16 de Fevereiro, pela Direcção-Geral da Administração e do Emprego Público (DGAEP), mostram que os docentes e os assistentes operacionais foram as carreiras que mais contribuíram, em termos absolutos, para esta diminuição.

Ao longo do último ano, porém, a quebra foi menos acentuada do que em anos anteriores, o que sugere que o ritmo de redução de funcionários poderá estar a abrandar. No final de 2014 havia menos 18,5 mil funcionários do que em período homólogo, numa redução de 2,7%. Em anos anteriores, a quebra anual tinha sido mais alta, aproximando-se dos 4%.

Ler o resto da notícia

NOTA
  1. A expressão pós-contemporâneo foi por mim inventada (creio) para designar uma era em que o tempo analógico dos átomos e moléculas é cavalgado por um tempo digital tornado possível através do domínio e uso dos campos eletromagnéticos, onde além da matéria, existe o espaço imaterial que segura o universo.

quinta-feira, novembro 07, 2013

Ensino privado pago com impostos

Os burros não têm culpa nenhuma!


O financiamento escandaloso da ‘liberdade de escolha’

Quando um privado só consegue fazer o seu negócio com o dinheiro dos contribuintes, não é um 'privado' mas um rendeiro do regime. Isto é verdade para a EDP, mas é também verdade para a tropa-fandanga desta democracia corrupta, populista e pindérica.

Esta corajosa reportagem de Ana Leal para a TVI ('Verdade Inconveniente') vem confirmar as minhas suspeitas sobre a falta de transparência do estado neo-corporativo que se mantém praticamente intacto mais de quarenta anos depois de Salazar. Da construção das escolas privadas, ao financiamento contínuo das mesmas, passando pelo apoio às mafias dos manuais escolares, ou ainda pelo interminável negócio benzido das IPSS, percebe-se até que ponto a corrupção em Portugal se transformou numa pandemia, cujo fim só por um triz escapará às cenas de violência e miséria que estamos a ver na Grécia. Com uma diferença: quando a Grécia chegar a Portugal, o tumulto e as consequências serão bem mais graves e imprevisíveis. Não nos esqueçamos da Primeira República!

Se os deputados servissem para algo, já estariam a perguntar ao governo para onde vai cada cêntimo das maiores fatias do orçamento: juros da dívida pública, segurança social, educação e saúde. É aqui que o devorismo e o rentismo indígenas continuam a chafurdar e a roubar os portugueses, ao mesmo tempo que arruinam a economia e expulsam do país centenas de milhar de concidadãos todos os anos.

Cheguei a pensar que o ministro da educação era só ambicioso. Afinal é não passa de mais um lacaio dos rendeiros e devoristas que levaram Portugal à bancarrota. Que diz o cor-de-rosa e inseguro seminarista do PS sobre isto? Pode falar livremente, ou tem que pedir licença à irmã Maria de Belém Roseira, Presidente da Mesa da União das Misericórdias?

terça-feira, setembro 11, 2012

Bolha educativa

O dirigente sindical dos professores defende o emprego de quem o tem.

Nuno Crato continua o trabalho da Maria de Lurdes Rodrigues, e quem vier depois seguirá as mesmas pisadas, só que com maior urgência orçamental

O ministro da educação, interrogado por Judite de Sousa, jornalista, estrela da TVI e professora universitária, não deixou de dizer o que devia, isto é, que a população escolar, tal como a população do país, atingiram o pico.

Ou seja, a partir deste pico é sempre a descer :(

O grande equívoco da discussão sobre o ensino é que ninguém realmente discute a qualidade do ensino em Portugal, mas usa este tema bondoso como cobertura do problema, sério, mas que ninguém (governo, sindicatos, professores, burocratas, e empresários do canudo) quer discutir abertamente, e que é simplesmente o do rebentar de uma bolha educativa.

O crescimento contínuo da população escolar (Pordata) nos últimos 44 anos (1960-2004), induzido pela extensão do ensino básico obrigatório (1960-1987), secundário (1974-2009) e a proliferação e massificação do ensino universitário (1980-2004), público e privado, atingiu o pico em todos os graus de ensino, estagnou brevemente em cada um dos graus de ensino, e depois começou a declinar.

Este boom transformou-se numa bolha a partir do momento em que os orçamentos e o número de professores continuaram a crescer, enquanto a população escolar começava a declinar, ou só já crescia episodicamente no novo segmento das ditas pós-graduações e aquisição de créditos.

O boom induziu a expansão das obras públicas, e induziu muito emprego associado às ditas obras, ao fornecimento de equipamentos e material didático, e à formação/emprego de professores. Não é por acaso que este setor e a saúde pública são os que mais pesam no OE.

Pois bem, a bolha educativa chegou ao fim, e como se isso não bastasse, o Estado, boa parte da empresas e as famílias estão falidas ou à beira da insolvência.

Enquanto não tornarmos esta discussão transparente, chamando os bois pelos nomes, só desviaremos as atenções para questões secundárias, como a aldrabice sindical e corporativa em volta da qualidade do ensino, e só agravaremos uma situação que se degrada dia a dia :(

quarta-feira, junho 27, 2012

A Fraude Escolar

O ex-PM em visita a uma escola. Foto @ Estela Silva

Parque Escolar, um assunto mal resolvido por este governo

Parque escolar deve 98 milhões de euros e não tem dinheiro para pagar obras
Jornal de Negócios online, 27 Junho 2012 08:42

A nova administração faz ainda previsões de poder relançar 20 projectos por ano, que agora estão congelados. No mesmo documento enviado ao Governo, a Parque Escolar lembra que também tem créditos em atraso, nomeadamente rendas devidas pelas 103 escolas requalificadas e pelos edifícios centrais que o Ministério da Educação transferiu para a sua propriedade.

A Parque Escolar é mais um dos muitos embustes inventados pela democracia populista, partidária e burocrática que temos, para gastar, gastar, gastar, escondendo os criminosos rombos infligidos ao perímetro orçamental do Estado, ao mesmo tempo que alimenta fartamente a clientela que suporta este regime politicamente desacreditado e insolvente. Bem pode barafustar o (in)Seguro secretário-geral do PS, que a tia Merkel não aparará mais golpes à cleptocracia que arruinou o país, nomeadamente em tempos de sua senhoria José Sócrates Pinto de Sousa. Chegou o momento de pedir contas a esta democracia incompetente, corrupta e populista, e aos que de luva branca financiaram os golpes e dela se serviram à tripa forra.

Voltando ao tema do desvio das verbas do QREN, isto é, das novas alocações anunciadas para além das já previstas inicialmente, destinadas a suportar ilegalidades, nomeadamente em matéria de infração gritante das regras de contratação pública, porque não enviar uma denúncia para Bruxelas? É de lá que vem o dinheiro, não é?

Vox bloguli:

Publicam os jornais:
“Em relação à tesouraria, é “premente que se concretize o pagamento das verbas do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional já validadas”, lê-se no documento da administração enviado ao Governo. Entre o final do ano passado e meados de Maio, “esse montante em dívida “permaneceu com valor superior a 100 milhões de euros”.

Os administradores confiam na reprogramação das verbas do QREN, actualmente em discussão, para ultrapassar o problema orçamental.”
Será que vão transferir mais verbas do QREN para este buraco criado por práticas ilegais na contratação pública, e por obras ineficientes do ponto de vista energético?

As escolas não vão poder pagar as rendas que a Parque Escolar agora lhes exige!!!

Atenção ao desfecho fatal que isto pode ter.

O QREN é um instrumento que tem ajudado ao desenvolvimento em todas as escalas da economia nacional. O seu desvio para sustentar esquemas legais tortuosos e maus projetos é uma nota de péssima gestão por parte do novel ministro Nuno Crato :(

Mas o ponto fundamental sobre a qualidade ou falta dela no que se refere ao programa da Parque Escolar é saber se sim, ou não, as escolas terão recursos para pagar as rendas e os custos de manutenção das novas ou renovadas instalações. Quem cuidou, se é que alguém cuidou, da sustentabilidade dos programas de arquitectura e dos projetos construtivos e instalações? Arquitetos, engenheiros e construtores não costumam ligar peva a estes pormenores!

sábado, junho 18, 2011

Um governo leve

Pensando melhor: é um excelente governo!
Se a intriga do Expresso corresponde à verdade, mais parece que Passos Coelho seguiu um ritual de convites previamente orquestrado para chegar a um bom resultado final. E chegou!

Assunção Cristas (CDS-PP): uma das grandes esperanças do novo Governo.
Foto:©Pedro Elísio/Negócios
Quatro independentes lideram quatro das pastas mais importantes. Além de Álvaro Santos Pereira para Economia, Vítor Gaspar estará à frente das Finanças enquanto Nuno Crato substituirá Isabel Alçada no Ministério da Educação. Paulo Macedo assume a tutela da Saúde — Jornal de Negócios.

Há um equilíbrio surpreendente e fresco entre partidocratas, jovens políticos ambiciosos, e técnicos independentes com formação e competência comprovadas, mas sobretudo com visões (que partilho) sobre o presente que infelizmente temos e o futuro pelo qual podemos e devemos lutar. A quase ausência de caras gastas e de contrabandistas de influências e lugares são as duas grandes alegrias que esta composição governativa começa por dar ao país. Passos de Coelho acaba de ser promovido, por mim, a Passos Coelho. Oxalá não me arrependa!

A primeira impressão causada pelo novo elenco de governo, no eleitorado que despachou José Sócrates para a capital francesa, foi certamente positiva (aguardemos pela sondagem da Marktest).

A surpresa, no entanto, foi grande, tão grande que os jornalistas, as redacções e os opinocratas de serviço andaram, todo o dia de ontem, à nora: sem fotos decentes dos novos ministros, e balbuciando dúvidas pela falta do que chamaram "pesos pesados" — i.e. a malta do costume, que ou deitou este país abaixo, ou ajudou a deitar este país abaixo, ou deixou deitar este país abaixo sem nada dizer até que a bancarrota se tornou óbvia para todos. Não é só José Sócrates que deve pagar pelos tremendos erros e crimes cometidos no passado recente. Há toda uma geração de cúmplices, por acção ou omissão oportunista, que deveriam acompanhar o mitómano que nos conduziu ao abismo, na sua declarada intenção de emigrar para Paris. Atenas, aliás, seria a cidade mais indicada para os novos estudantes de filosofia. Eu próprio só acordei em 2003 para a desgraça que vinha a caminho, quando deveria ter acordado muito antes!

Um governo com onze ministros é mais do que suficiente!

Os ditos super-ministros evitam os conflitos de poder e os jogos de empurra entre pastas afins. Não nos esqueçamos que actualmente Portugal tem menos população, às vezes metade dos habitantes, do que qualquer destas vinte e uma cidades (World Atlas) — que são naturalmente governados por câmaras municipais, ou quanto muito, governos metropolitanos (a solução de que precisamos urgentemente para as cidades-região de Lisboa e Porto)
  1. Tóquio, Japão - 32 450 000
  2. Seul, Coreia do Sul - 20 550 000
  3. Ciade do México, México - 20 450 000
  4. Nova Iorque, EUA - 19 750 000
  5. Mombaim, Índia - 19 200 000
  6. Jakarta, Indonésia - 18 900 000
  7. São Paulo, Brasil - 18 850 000
  8. Deli, Índia - 18 680 000
  9. Osaka/Kobe, Japão - 17 350 000
  10. Xangai, China - 16 650 000
  11. Manila, Filipinas - 16 300 000
  12. Los Angeles, EUA - 15 250 000
  13. Calcutá, Índia - 15 100 000
  14. Moscovo, Federação Rússia - 15 000 000
  15. Cairo, Egipto - 14 450 000
  16. Lagos, Nigéria - 13 488 000
  17. Buenos Aires, Argentina - 13 170 000
  18. Londres, Reino Unido - 12 875 000
  19. Pequim, China - 12 500 000
  20. Carachi, Paquistão - 11 800 000
  21. Daka, Bangladesh - 10 979 000
Ou seja, difundir a ideia de que alguns ministros não podem suportar o peso de tantas áreas político-administrativas não passa de uma treta para perpetuar a obesidade burocrática do Estado, arranjar tachos para amigos e familiares, e facilitar as movimentações das corporações e grupos de interesses desregulados que há décadas empatam e arruínam o país.

Mas há ainda dois outros factos (como lembrei em post anterior) que arrumam esta falsa polémica num ápice. Aqui vão:
  • O Executivo do Estados Unidos, 1ª economia mundial, e 3º em população, tem 15 departamentos (equivalentes aos nossos ministérios);
  • O Executivo do Japão, 2ª economia mundial, e 10º em população, tem 11 ministérios;
  • O Executivo de Portugal, 38ª economia mundial, e 77º em população, tem 16 ministérios e 36 secretarias de Estado.
 Ou seja, um governo com onze ministros é mais do que suficiente para as encomendas, e nem sequer precisa de muitos secretários de Estado. O que sim faz falta é despartidarizar os cargos de director-geral, director de serviço, chefe de divisão e presidente e vice-presidente de instituto, lançando um concurso nacional para a renovação destes cargos, de alto a baixo, baseado não nas cores políticas ou ligações familiares, mas na apresentação de CVs e na prestação de provas nacionais para a ocupação de cada um dos lugares. São estes lugares de chefia renovados que devem ter o conhecimento, experiência e autoridade necessárias para manter a máquina do Estado a funcionar bem, sob a orientação estratégica, transparente e precisa de um governo ágil, visionário e responsável.

Claro que para termos um tal governo são precisos ministros e ministras com personalidade, conhecedores, independentes e dispostos a defender as suas convicções, discutindo-as abertamente nos lugares próprios, e não uma turma de mortos-vivos da laia do último governo de José Sócrates.

O governo é este:
  • Primeiro Ministro - Pedro Passos Coelho
  • Ministro Negócios Estrangeiros - Paulo Portas
  • Ministro das Finanças - Vítor Gaspar
  • Ministro da Economia - Álvaro Santos Pereira
  • Ministro da Educação - Nuno Crato
  • Ministro da Saúde -  Paulo Macedo
  • Ministro da Solidariedade e da Segurança Social - Pedro Mota Soares
  • Ministro da Agricultura, Ambiente e Território - Assunção Cristas
  • Ministro da Defesa - Aguiar Branco
  • Ministro da Justiça - Paula Teixeira da Cruz
  • Ministro da Administração Interna - Miguel Macedo
  • Ministro dos Assuntos Parlamentares - Miguel Relvas
  • Secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros - Marques Guedes
  • Secretário de Estado adjunto do PM - Carlos Moedas
  • Secretário de Estado da Cultura - Francisco Manuel Viegas
Finalmente, quanto à suposta despromoção da área cultural, dois argumentos apenas:
  1. As principais potências culturais do planeta —Estados Unidos, Alemanha, Japão e Reino Unido— não têm ministérios da cultura. Logo, o problema não está na burocracia nem nos subsídios, mas, uma vez mais, na visão, na estratégia e no sistema de aplicação das forças e dos investimentos disponíveis;
  2. Nunca soube quem é a senhora Gabriela Canavilhas, mas sei há muito quem é o Francisco José Viegas.