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sexta-feira, julho 25, 2008

Madeleine McCann 4

Allgarve Killer Site

Quem cometeu o crime? E que crime?

A reconstituição da noite em que Maddy sumiu foi boicotada. Porquê?


Depois das mortes de Diana Spencer e do microbiologista David Kelly, este é o exemplo mais sórdido de aparente e inexplicável intromissão política em casos de polícia (ainda que os dois primeiros, com óbvias origens políticas). O livro escrito por Gonçalo Amaral, inspector saneado da investigação sobre o desaparecimento de Madeleine McCann, e que viria a abandonar a sua carreira profissional, para poder procurar a verdade que alguns querem sepultar sob o manto de uma fantasia construída por profissionais de propaganda, é inconclusivo. Todavia, pela indecorosa interferência de que foi alvo todo o processo policial até ao seu vergonhoso arquivamento, este é um livro de leitura obrigatória e merece que o compremos. Quanto mais não seja, para que o mistério não caia no esquecimento pretendido pelos teóricos do ataque pedófilo à Praia da Luz.
Ex-inspetor do caso Madeleine acusa os McCann em livro

Em um relato pormenorizado dos fatos e da investigação policial ao longo de 216 páginas e 8 folhas de anexos, Amaral diz que a menina morreu ao cair acidentalmente de um sofá do apartamento onde estava de férias com seus pais, imóvel no qual foram detectados vestígios de seu sangue e marcas de seu cadáver.

(...) Ao longo de seu relato, Amaral descreve a frieza e muitos detalhes aparentemente comprometedores que mostraram os pais durante a investigação, assim como as contradições entre seus testemunhos e os de seus amigos na noite do episódio.

Inclusive assegura que outro casal de médicos britânicos de seu mesmo circulo informou à Polícia britânica de um comportamento estranho, durante férias em Mallorca, do pai de Madeleine e de seu amigo David Payne em relação a Madeleine e de outra menina.

Payne, que segundo Amaral organizou também as férias do grupo no Algarve, e Jane Tanner, cujo testemunho de ter visto o suposto raptor de Madeleine considera falso, aparecem no livro como os amigos mais suspeitos dos McCann. -- Globo.com .

Madeleine: Declarações de Gonçalo Amaral merecem "reflexão", diz António Cluny

Gonçalo Amaral recusou adiantar mais pormenores sobre uma questão que levanta no livro, segundo a qual o seu afastamento da liderança operacional do inquérito teria sido moeda de troca para o Reino Unido assinar o Tratado de Lisboa, coincidindo na data a demissão do polícia e o anúncio da aceitação do documento por parte do Governo inglês. -- FC/AMN. Lusa.

Eu já tinha escrito sobre isto mesmo! Mas falta provar, claro. Seja como for, o importante é que o caso se mantenha aberto, depois de o incapaz Ministério Público que temos o ter encerrado, por manifesta falta de provas e sobretudo de tino. É essa a vontade, certamente, de Alex Woolfall, do Bell Portinger Group, de Sheree Dodd, Clarence Mitchell e John Buck, bem como, evidentemente, dos pais de Maddy. Eu sugiro mesmo que se abra uma conta nacional para apoiar o ex-inspector no seu esforço de investigação, agora privada, deste tenebroso crime. A conta dos McCann continua aberta!

PS: há uma coisa de que o Sr. Mitchell e mais alguns ingleses da mesma laia têm que começar a perceber: as ameaças só são credíveis quando têm origem em impérios que mandam, não quando escorregam languidamente de um bordel decadente e desdentado.

OAM 398 24-07-2008 23:52
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terça-feira, outubro 30, 2007

Madeleine McCann 3

Hooligans em Sevilha, Reuters
Hooligans in Seville, (Reuters, 2006), a typical export product from England.

Tony Parsons's filthy mouth

To it may concern at Mirror paparazzi newspaper:

I have just read Tony Parson's filthy remarks on the McCann case and the Portuguese ambassador comments on the issue.

This xenophobist prose -- "OH, UP YOURS, SENOR", Tony Parsons 29/10/2007 -- deserves my utmost protest and calls for action against this typical paparazzy idiot. To me, Mr Parson is from now on a PERSONA NON GRATA in Portugal. If I have the opportunity to meet him around one of our beaches I will punch him in his stupid mouth and hope to brake some of his remaining teeth.

It is time that some Britts learn that their empire is over for long. And that nobody has the patience to tolerate any kind of colonialist, xenophobist or racial behaviors anymore.

UK is a broken country with a corrupt and scandalous monarchy, generating the most numerous collection of pedophiles around the world, giving home to all kind of provocative special operations against foreign countries (as ever), but also against their own citizens (Diana Spencer and David Kelly are just two recent casualties), sending their own sons and daughters to die in a lost imperialist war, runned by a non-elected Prime Minister. Btw, why is Gordon Brown so worried about McCann affair?

It is no surprise that so many of you leave children alone so that so many of you can get drunk like hell. If you learn to eat fresh sardines and drink red wine in a civilized manner you would give a much better image of yourselves and subsequently have more time to learn how to make love properly.

In not so ancient times Jews were banned from many countries. Brits, exported them to Israel in order to be able to control the oil fields in the Middle East! The xenophobist prose of agent Parson follows the same pattern of intolerance. Well, British people should promptly condemn these attitudes sooner than later if they do not want to regret in the near future this flagrant lack of "civitas".

It is time to declare that the McCann affair is nothing but a sub-political issue. One of those that can be described as a "special operation".

Portuguese won't give british intelligence the opportunity they are patiently fabricating to boycott the Europa-Africa summit. It is time to let Zimbabwe in peace and forget Rodhesia, don't you think?!

Post scriptum (12-02-2008) -- Este artigo de protesto, na sequência de muitos outros protestos e de uma queixa da Embaixada Portuguesa no Reino Unido, deu origem a uma investigação da Press Complains Commission, da qual resultou um pedido de desculpas do Daily Mirror a Portugal, que a seguir se transcreve.
"Complaint:
The Portuguese Embassy complained that a comment piece, on the subject of Anglo-Portuguese relations in the wake of the Madeleine McCann investigation, inaccurately characterised the Ambassador’s views on the issue, and contained what were considered to be offensive comments about the Portuguese Ambassador, the Portuguese police and Portuguese people in general.

Resolution:

The complaint was resolved when the newspaper sent the Ambassador a private letter of apology and published the following correction:
Further to our article of 29th October, we are happy to make clear that whilst the contrary impression was given by the comments of the Portuguese Ambassador to the Times on 27 October we can confirm that the Ambassador did Antonio Santana Carlos not, and has not, said that the Madeleine McCann case has seriously damaged relations between Portugal and this country."

Press Complains Commission



LINKS
  • 29-10-2007 - OH, UP YOURS, IF YOUR HEAD WASN'T ALREADY THERE, TONY PARSONS.
    I'll bet this snarky, racist hack for the UK's Mirror can't face looking in one today. I was chatting with a friend on an IM and she told me to check out a site that would really set me off. I couldn't wait to click the link as she knows the kind of stuff that will grab me and make me write about it. Just the headline had me ready for anything - "OH, UP YOURS SENOR". Doood, it's senhor. The more I read, the redder I got. -- The BS Report.

OAM 272, 30-10-2007, 16:27

quarta-feira, outubro 03, 2007

Madeleine McCann 2

A fantástica polícia inglesa

A morte de Diana

Telegraph, 03-10-2007. "I'm hoping for justice, I'm a father who lost his son. I have been fighting for 10 years, at last I want to have justice. I'm certain of what happened, I know they have been murdered.

"I'm hoping to God to find the murderer or the gangster that took the life of two innocent people. I will not rest until that's done." -- Mohamed Fayed.

A morte de Charles de Menezes

UOL, 02-10-2007. A Polícia Metropolitana britânica, no banco dos réus por causa da morte de Jean Charles de Menezes, assegurou nesta terça-feira que o julgamento a que é submetida se baseia numa "incompreensão do trabalho policial" e que seus integrantes vivem sob grande pressão.


A morte do Dr. David Kelly

BBC, 25-02-2007. Kelly death not suicide, says MP

An MP investigating the death of Dr David Kelly says he is convinced the weapons scientist did not kill himself.

Norman Baker tells BBC Two's The Conspiracy Files he has reached the conclusion Dr Kelly's life was "deliberately taken by others".

Mr Baker has also obtained letters suggesting the coroner had doubts about the 2003 Hutton inquiry's ability to establish the cause of death.

Hutton reached a verdict of suicide but a public inquest was never completed.

Dr Kelly, whose body was found in July 2003, had been under intense pressure after being named as the suspected source of a BBC report claiming the government "sexed up" a dossier on the threat posed by Iraq.

The Murder of David Kelly, by Jim Rarey

From Part 1 - On Thursday, July 17th sometime between 3 and 3:30pm, Dr. David Kelly started out on his usual afternoon walk. About 18 hours later, searchers found his body, left wrist slit, in a secluded lane on Harrowdown Hill. Kelly, the U.K.'s premier microbiologist, was in the center of a political maelstrom having been identified as the "leak" in information about the "dossier" Prime Minister Tony Blair had used to justify the war against Iraq.

While the Hutton inquiry appears set to declare Kelly's death a suicide and the national media are already treating it as a given, there are numerous red flags raised in the testimony and evidence at the inquiry itself.

From Part 2 - In the months before his death, Dr. Kelly became embroiled in a shouting match between the British government and BBC. Andrew Gilligan, a reporter for BBC claimed that Kelly had given him and other reporters information that proved the government had exaggerated the Iraqi danger in its 'dossier' justifying the war against Iraq and that Kelly had not been completely honest in telling his MoD superiors what he had disclosed to them. Writer Tom Mangold (it's not clear when he left the employ of BBC) used this to reason that Kelly's loss of integrity at being exposed as a 'liar' was what led him to suicide.

(...)

Kelly had voluntarily disclosed to MoD his contacts with the media. To his dying day, he maintained that he had not provided all the information Gilligan attributed to him. Nevertheless, Kelly was hauled before the Joint Intelligence Committee for a grilling.

The final affront came in a mandated one-on-one session with MoD Personnel Director Richard Hatfield. MoD, with the approval of Tony Blair, had devised an orchestrated charade to 'out' Kelly as the source of the 'leak'. Hatfield, head of the department that had been jerking Kelly around for three years, was supposed to get Kelly's acquiescence in the plan. Somehow, he never got around to the subject.

Subsequently, at an MoD press conference, through a series of disclosures to the press, the MoD confirmed Kelly as the leak (as previously planned) when a reporter asked if Kelly was the one.

Understandably, this treatment would have made Kelly a resentful employee. In intelligence circles, resentful employees are considered 'unstable' and security risks. Kelly had for years maintained his silence about his extensive knowledge of the bio-warfare weapons of at least four countries. Had it become imperative that the silence be made permanent?


O desaparecimento de Madeleine McCann
Sol, 03-10-2007. O presidente da Associação Sindical dos Funcionários de Investigação Criminal (ASFIC) da PJ afirmou hoje concordar com a saída de Gonçalo Amaral «se isto for para o resguardar enquanto ser humano dos ataques de que tem sido alvo» pelos media britânicos no caso Madeleine McCann.

Sol, 03-10-2007. A imprensa inglesa noticia hoje o afastamento de Gonçalo Amaral da coordenação da investigação ao desaparecimento de Madeleine McCann como consequência directa dos «ataques bombásticos, surpreendentes e inesperados» à polícia inglesa.

Comentário:

It's Mugabe stupid!
  1. A demissão de Gonçalo Amaral era inevitável depois das suas declarações sobre a óbvia interferência dos McCann e dos órgãos de propaganda (vulgo, média) ingleses no andamento das investigações do desaparecimento da pequena Maddy;
  2. A interferência da polícia e dos serviços secretos ingleses no affair McCann é patente e escandalosa;
  3. A demissão de Gonçalo Amaral foi um efeito calculado do próprio Gonçalo Amaral ou da equipa responsável pela investigação que dirigia, no óbvio jogo de Poker a que a polícia portuguesa foi forçada pelo descarado envolvimento das autoridades políticas britânicas (ao mais alto nível!) na difusão do misterioso desaparecimento de Maddy McCann;
  4. O Reino Unido é um país pródigo em casos de pedofilia, raptos, assassinatos, escandalosa incompetência policial e jurídica, mas também na execução das chamadas Low Intensity Operations (assunto sobre o qual vale a pena ler o elucidativo livro do General Frank Kitson). Basta citar os casos ainda por esclarecer das mortes misteriosas da Princesa Diana (sabe-se desde o primeiro momento que estaria grávida de Dodi Al fayed), Charles de Menezes (abater um imigrante brasileiro como um cão, sem nenhuma justificação e passar o tempo a fugir com o rabo às suas responsabilidades é o triste retrato da decadente potência imperial herdada pelos liberal-trabalhistas que actualmente a governam) e de David Kelly (o microbiologista especialista em guerra biológica, ao serviço do governo inglês, "suicidado" poucos dias depois de ter revelado que as afirmações de Tony Blair sobre a possibilidade de o Iraque atingir o Reino Unido, em 45mn, com bombas nucleares, ter sido o resultado de dossiê apimentado expressamente para o efeito belicista do trio Bush-Blair-Aznar.)
  5. Uma hipótese plausível, é que o MI6 esteja ainda a trabalhar por todos os meios para boicotar a Conferência Europa-África, sendo que uma mini-crise diplomática entre Portugal e o Reino Unido, causado pelo affair Maddy, poderia ser parte de uma escalada visando garantir o sucesso do boicote decidido pela velha e decadente potência colonial.
  6. O tom provocatório crescente com que os órgãos de propaganda britânicos têm tratado este assunto, a par do estreito envolvimento do governo inglês no mesmo, tem merecido, por parte do governo português, uma resposta até gora habilíssima, deixando que toda a merda acumulada pela pressão britânica possa vir a transformar-se num inesperado boomerang que apanhe desprevenido o pescoço no não-eleito Gordon Brown.
  7. Uma coisa é certa: a realização da Cimeira Europa-África, se se realizar, será uma pesada derrota para as estratégias divisionistas britânicas, e Gordon Brown poderá não sobreviver a tal desaire, sendo forçado a ir para eleições gerais, dando passo aos Conservadores.

OAM 254, 03-10-2007, 02:04, 12:49

domingo, setembro 09, 2007

Madeleine McCann


Sangue frio!

A trágica telenovela em volta do caso Madeleine não mereceu a atenção deste blog até que a hipótese de homicídio foi publicamente avançada pela polícia. Tudo me parecia demasiado insólito...

Não conseguia uma boa explicação para o circo mediático que foi crescendo em volta da miúda escocesa desaparecida na Praia da Luz. O protagonismo extraordinário dos respectivos pais tornou-se para mim cada vez mais estranho. Em suma, a impertinência dos tablóides britânicos relativamente à polícia portuguesa, vinda de um país que é uma das maiores potências mundiais da pedofilia, e onde não há semana que um crime horrendo não faça as delícias do Daily Mirror, irritou-me ao ponto de preferir aguardar pelos acontecimentos, a contribuir para a histeria em curso.

Por outro lado, assim que as primeiras informações surpreendentes e as primeiras contradições começaram a surgir, fiquei de pé atrás.

A não contratação de baby-sitter, três dias depois de chegar a um país estrangeiro desconhecido, apesar de o serviço estar disponível e terem mais do que disponibilidade financeira para tal (os empregados do Ocean Club estranharam); as declaradas idas da mãe, Kate, ao apartamento, enquanto decorria o jantar do casal McCann e amigos, para certificar-se de que as suas crianças dormiam sem problemas, que afinal não ocorreram (na verdade, parece que os nove amigos ingleses se revezavam nas rondas!); a quantidade excessiva de garrafas de vinho e de cerveja consumidas no dito jantar no restaurante Tapas; os rumores sobre a prática de swinging, ou troca de parceiros entre casais; o completo insucesso das buscas, apesar das extraordinárias recompensas monetárias oferecidas a quem fornecesse informações conducentes ao paradeiro de Madeleine; e mais tarde, as notícias sobre o possível uso/abuso de calmantes para adormecer Madeleine e os dois bébés (Kate, antes ser médica generalista, foi anestesista), por forma a garantir tempos de folga despreocupados aos pais; a que se somaria finalmente a hipótese de ter ocorrido a morte acidental (por overdose?) de Madeleine, causada eventual e inadvertidamente pela mãe, seguida de um complexo e bem disfarçado processo de ocultação (e possível destruição) do cadáver, compuseram, a traços largos, o quadro das minhas interrogações e desconfianças, bem como a intuição de que seria mais provável algo fatal ter sucedido a Madeleine, em vez de um rapto de desfecho incerto, pouco plausível se atendermos à proximidade temporal entre a chegada do casal McCann ao Algarve e o desaparecimento da sua filha.

O mais extraordinário de tudo isto é constatar até onde, aparentemente, o sangue frio do casal e de alguns cúmplices ingleses, conseguiram desviar as atenções do mundo da investigação criminal essencial. Como num exercício de hipnose colectiva, onde não faltaram os apoios e as manobras de diversão mais inverosímeis (sabe-se agora que, sob a batuta de alguns maestros da comunicação e gestão de crises, como Alex Woolfall, o Bell Portinger Group e os oficiosos do governo de Sua Magestade Britânica, Sheree Dodd, Clarence Mitchell e o próprio embaixador inglês no nosso país, John Buck) fomos sendo envolvidos numa história de rapto lancinante, com o grau de insistência e intriga narrativa que só o Tam-tam mediático é capaz de provocar e manter (1). Jogadores de futebol, milionários, o prometido primeiro-ministro inglês Gordon Brown, e até o Papa, se deixaram envolver no drama público arduamente montado e produzido por uma gigantesca cadeia de produção.

A Polícia Judiciária foi fazendo o seu trabalho sob o fogo cruzado da imprensa inglesa (devidamente municiada) e dum sem número de "especialistas" que sempre nascem, como cogumelos, nestas ocasiões. Deveria ter tido, desde o princípio, tradutores oficiais à altura dos acontecimentos, evitando dar o flanco aos que a criticaram de amadorismo. A sua intuição não andou, porém, muito longe da minha, e tiro-lhe o chapéu pelo modo subtil como envolveu a polícia inglesa na delicada tarefa de provar que Madeleine deixara manchas do seu próprio sangue, por exemplo, num automóvel alugado pelo casal semanas depois do desaparecimento da filha!

O Papa, mal soube dos últimos desenvolvimentos do caso, mandou retirar do sítio oficial do Vaticano todas as referências ao seu encontro com o casal. Bryan Adams mandou retirar o video Madeleine McCann in Malta? Bryan Adams Everything I Do do sítio web oficial sobre o desaparecimeto de Madeleine (repare-se no rectângulo negro). O actual ministro dos negócios estrangeiros do Reino Unido, David Miliband, ontem, em Viana do Castelo, em resposta a uma pergunta de um jornalista sobre os novos desenvolvimentos do caso Madeleine, distanciou-se prudentemente do tema, adiantando que a sua resolução competia exclusivamente às autoridades policiais portuguesas. Não demorará muito que a generalidade dos média britânicos iniciem uma vasta manobra de retirada da Praia da Luz. Esperemos, entretanto, que se faça finalmente luz sobre este caso macabro e bem inglês. (actualização: 00:42, 16-07-2007)

Notas
1 - Sobre o profissionalismo da operação McCann, vale a pena ler todos os artigos de que destaco os fragmentos seguintes:

The Scotsman, Fri 18 May 2007
Tireless PR keeps Madeleine in mind
FERGUS SHEPPARD
HER image is everywhere and her story has dominated news headlines since 3 May. On television, print, radio and the web, the hunt for toddler Madeleine McCann has captivated the emotions and interest of millions.

But in a world of 24/7 news coverage, even human trauma needs to be properly organised.

The journalists camped in Praia da Luz and the countless news outlets covering the story in the UK and elsewhere have been on the end of a sophisticated news-management machine designed to ensure that, as days pass with no word of Madeleine's whereabouts, the story does not fade.

(...)

The media handling of the story fell to Alex Woolfall from the Bell Pottinger PR group. Set up by Lord Bell - known as Mrs Thatcher's favourite adman for his work for the Conservatives - one of the services Bell Pottinger offers is "crisis management".

The holiday company Mark Warner - owners of the Ocean Club resort from where the four-year-old was taken - already retains one of Bell Pottinger's companies, Resonate, for ordinary PR. But when the scale of the story became apparent, Mr Woolfall, whose job title is "head of issues and crisis management", was immediately sent to Portugal with a support team.

A Mark Warner company official told The Scotsman: "Alex Woolfall is very experienced and was a fantastic asset to the family. "What Kate and Gerry wanted to do was to get this on the news agenda and make this as big as possible, so that people don't forget."

Mr Woolfall returned to London on Tuesday, and that night the Foreign and Commonwealth Office installed one of its own press officers as the McCann family's official press contact in Praia da Luz.

From The Times
September 8, 2007
How couple helped to build 'brand McCann' into global phenomenon
Skilful media handlers recruited celebrities and world leaders to a campaign driven by parents' acceptance of the press as partners
Dominic Kennedy and David Brown
"Nobody could guess, when the news broke on May 3 that a British child had gone missing, that the riddle would eclipse any crime story of the internet age. What became “brand Madeleine” arose from a combination of brilliant media-handling skills and, for the first time, interactive websites telling editors how much the public craved such a story."

"Fortunately, the Mark Warner organisation that runs the holiday camp where Madeleine disappeared was represented by one of the best PRs in the business.

Alex Woolfall is crisis management head at Bell Pottinger, the public relations outfit headed by the original sultan of spin, Lord Bell. Mr Woolfall’s main clients have included that other global brand Coca-Cola.

For the first fortnight after Madeleine disappeared, he was on the spot in Praia da Luz, acting as gobetween for the family and the growing pack of journalists."

"In an unprecedented move, the Government took over news-handling on behalf of the McCanns. Sheree Dodd, a former Daily Mirror journalist and long-serving senior spokeswoman for the Government, was dispatched to Portugal. The Foreign and Commonwealth Office announced that she was being deployed as "press officer responsible to act as media liaison officer for the McCann family".

After a couple of weeks, she was replaced by an even more prominent political figure. Clarence Mitchell, a former BBC News presenter now working as a senior government spin-doctor, became the voice of the McCanns. He was described formally as providing "consular support in exceptional circumstances". His costs came to just over £6,000, and Ms Dodd's are likely to be similar."

Telegraph.co.uk
Madeleine McCann's parents seek PR figure
By Caroline Gammell in Praia da Luz
Last Updated: 7:56pm BST 13/09/2007
"The publicity surrounding their case has soared since they were officially named as suspects in disappearance of their daughter by Portuguese police and they are thought to have wanted a more heavyweight representative.

Until now they have been relying on the skills of former Liberal Democrat candidate Justine McGuinness, 37, who was appointed to head the find madeleine campaign in June.

She was employed through a headhunter hired by the McCanns but is due to stand down today, a move that had been expected.

The couple are believed to have been in talks with several big name players in the PR industry. They know the furore over their case will not die down until there is an answer to what happened to their daughter.

One of the leading contenders is the former News of the World and Hello! editor Phil Hall who has been in regular contact with the couple since Madeleine disappeared.

Now the head of his own PR firm, Mr Hall is understood to be considering taking over the mantle."

Post scriptum
(10-09-2007) - Como previa, depois de as análises de ADN terem confirmado o trabalho dos Cockers Spaniel ingleses, e depois das declarações do ministro David Miliband, a imprensa inglesa começou a mudar de tom. A polícia inglesa começou entretanto a actuar relativamente à idoneidade do casal McCann para manter os actuais filhos ao seu cuidado. O Reino Unido, que acolhe agora o casal escocês no seu território, não tem outra alternativa que não seja levar este caso até ao fim. O pesadelo dos McCann só agora começou.

Última hora!


11:10, 16-09-2007. Os jornais ingleses (Telegraph, Times, etc.) e portugueses (Expresso, ...) começaram finalmente a revelar quem tem estado por detrás do "êxito" da gigantesca campanha de Relações Públicas e Comunicação que levou os McCann até Gordon Brown e até ao Papa, entre outras celebridades, e sobretudo manteve um carnaval mediático e de merchandizing global durante mais de quatro meses. Os personagens, no que toca ao tam-tam socorrista, ou à máquina de poeiras e fumos (suspense...), desta novela "agata-cristiana" são: Bell Pottinger e Alex Woolfall (uma dupla 5 estrelas de gestão mediática de crises), Sheree Dodd e Clarence Mitchel (ex-jornalistas ao serviço do Governo de Sua Magestade Britânica para apoiar os McCann), John Buck (embaixador do Reino Unido em Portugal) e finalmente Justine McGuiness, porta-voz dos McCann, recentemente despedida, e antiga candidata do Partido Liberal inglês.

As perguntas são imediatas:

1) Porquê tamanha operação mediática e de gestão local dos acontecimentos?
2) Quem pagou, paga ou pagará os elevadíssimos custos do que se afigura claramente ser um serviço comercial?
3) Que motivos levaram o governo britânico e o Senhor Gordon Brown a envolverem-se neste caso de polícia? Fazem-no sempre que desaparece uma criança no Reino Unido?
4) Nesta pessegada onde pára o Senhor Sócrates e a dignidade do Estado português?
5) Que razões levaram à substituição, na semana que agora finda, do inspector da PJ, Olegário de Sousa?
Polícia identifica fios de cabelo de Madeleine em carro.
Estadao.com.br terça-feira, 11 de setembro de 2007, 13:20 | Online

"DNA da amostra encontrada em veículo alugado pelos pais coincide com o da britânica desaparecida

"LISBOA - A Polícia Judicial portuguesa achou grandes quantidades de cabelo de Madeleine McCann no porta-malas de um veículo alugado pelos pais da garota britânica, segundo informou a edição desta terça-feira, 11, do jornal vespertino londrino Evening Standard."

Dois dos vestígios recolhidos pela polícia têm ADN igual ao de Madeleine
10.09.2007 - 20h03 PUBLICO.PT

"Dois dos três vestígios biológicos recolhidos pela polícia no apartamento usado pela família McCann no aldeamento turístico da Praia da Luz e no carro alugado pelo casal 25 dias após o desaparecimento da filha correspondem ao ADN de Madeleine, revelou uma fonte da polícia portuguesa à Sky News."
Procurador admitiu prender Kate McCann
Correio da Manhã, 2007-09-09 13:00

09-09-2007 (13:00) -- "O casal McCann espera clarificar o seu estatuto legal em Portugal nas próximas 48 horas, revelou ontem Clarence Mitchell próximo do primeiro-ministro britânico, Gordon Brown. Também amigo da família, Clarence Mitchell acrescentou que os McCann "estão em amplo acordo de que devem sair logo que possam". Director da Unidade de Monitorização dos Média no Gabinete Central de Informação, departamento que responde directamente perante o Gabinete do primeiro-ministro, Clarence Mitchell disse que “o casal pretende consultar os seus advogados no Reino Unido, país onde têm também o apoio de familiares e amigos”. Mitchell foi para o Algarve para prestar assessoria aos McCann após o desaparecimento de Madeleine.

Conhecida a reviravolta na investigação, o ministro britânico dos Negócios Estrangeiros, David Miliband, sublinha que “o mais importante é saber o que aconteceu à menina”. “A Justiça portuguesa está a fazer o seu trabalho, num processo independente que respeitamos por inteiro, e os serviços consulares britânicos estão a cumprir a sua obrigação”, acrescentou o responsável pela diplomacia britânica ontem à margem da reunião informal de ministros dos Negócios Estrangeiros da UE, em Viana do Castelo."
09-09-2007 (12:00). O casal McCann "foge" para o Reino Unido num voo da easyJet, tentando a manobra desesperada de envolver David Miliband, o actual ministro britânico dos negócios estrangeiros, no assunto. Infelizmente para os McCann, Miliband é uma pessoa demasiado inteligente e avisada, para se envolver nesta trapalhada macabra. Tal como o Papa antes dele, Miliband já se demarcou desta história de contornos cada vez mais sórdidos, ontem, em Viana do Castelo, afirmando que este é um caso de polícia, que a polícia (portuguesa) deve resolver.

A Sky News começou entretanto a desculpar-se do carnaval mediático que ajudou activamente a montar em volta do desaparecimento de Madeleine McCann, acusando uma vez mais o sistema judicial e a polícia portugueses de terem mantido até agora uma cortina de silêncio, ou de má comunicação, sobre o caso. A Polícia Judiciária portuguesa está, no entanto, de parabéns, apesar dos muitos escolhos que tiveram pela frente, nomeadamente políticos. Esperemos que a este propósito não venha a existir nenhuma "troca de prisioneiros" entre o governo português e o governo de Sua Magestade, nomeadamente por causa do imbróglio da cimeira Europa-África, que o Reino Unido vem boicotando única e exclusivamente em nome dos seus mesquinhos interesses neo-colonialistas no Zimbabwe (antiga colónia britânica que os ditos "roubaram" a Portugal, intimando este país, com o famoso Ultimato de 1890, a abandonar aquele território situado entre Angola e Moçambique.)

Entretanto vale a pena ler e responder ao inquérito do Telegraph posto a correr às 10h00 desta manhã sobre a precipitada "fuga" dos McCann.
"Has the Madeleine McCann saga put you off visiting Portugal?
Posted at: 10:00

"Kate and Gerry McCann have left Portugal with their two-year-old twins, to 'consider their response' to the allegations against them.

"Despite being declared suspects by the Portuguese police just 48 hours ago, the McCanns caught Sunday's early morning easyjet flight from Faro in the Algarve to East Midlands airport.

"Portuguese police believe traces of Madeleine's blood were found in their hire car vehicle, while other sources claim the DNA sample was too badly contaminated to get a proper match.

"The McCanns plan to approach David Miliband, the Foreign Secretary, and ask him to interve amid fears they are the victims of a 'shocking injustice.' "

ver texto integral in Daily Telegraph



Referências

Sítio oficial sobre o desaparecimeto de Madeleine

Video promocional sobre o desaparecimento de Madeleine

Disappearance of Madeleine McCann - Wikipedia, the free encyclopedia
Nota: depois de consultado o artigo e de algumas tentativas de discussão chego à conclusão que o mesmo está completamente comprometido com a versão do rapto de Madeleine, se opõe a tudo o que contraria esta versão, parecendo-me cada vez mais um artigo capturado por gestores de contra-informação. A lousy article and a complete manipulation!

Fica aqui a minha última tentativa de levar os encobertos editores da história sobre Madeleine na Wikipedia (versão inglesa) de corrigirem a sua entrada viciada sobre o caso Madeleine:
The following sentence is not accurate, in part because it does not give notice to the fact that there has been a prompt cooperation of high-profile media managers in the Madeleine disappearance affair.

This is what Wikipedia wrote:

"The disappearance and its aftermath are notable for the breadth and longevity of the media coverage. This was initially due to the active involvement of the parents in publicising the case and to several awareness-raising campaigns by international celebrities and, latterly, to the interest that arose from the parents being named as suspects."

Well as you can read in the Portuguese weekly magazine Expresso today, 15 September 2007, "The British Government took care, in an unprecedented gesture, of the media management" (of Madeleine's disappearance case.) Accordingly to Expresso, Gerry and Kate McCann got support from Alex Woolfall, a 'crisis management' expert working for Bell Portinger. Woolfall and Portinger, initially working for Mark Warner, Ocean Club owner, were the authors of Madeleine media campaign. Nevertheless this media case went out of proportions only after Sheree Dodd and Clarence Mitchell (working for the British Government) entered the media Merry-go-Round. I am not editor of Madeleine's disappearance case (who is?) but I think that sooner or later you will have to take care of this side of the story in an "objective" account of it. OAM1952 23:34, 15 September 2007 (UTC)


Madeleine McCann - Wikipédia (entrada em Português)
Leiam-se as excelentes reportagens do El País sobre o caso Madeleine, nomeadamente a edição impressa de 08-09-2007 e o El País online.

Telegraph.co.uk
Madeleine McCann

Times Online
September 10, 2007
Madeleine McCann: the key questions
David Brown and Steve Bird examine the puzzles and mysteries at the heart of the four month investigation





OAM #238 09 SET 2007