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quarta-feira, outubro 08, 2014

Seguro 2.0



Costa continua assustado e inseguro


O atual candidato a secretário-geral do PS corre a contra-gosto, porque no fundo sabe que o risco de perder as próximas eleições legislativas é grande, e porque sabe também que perdendo esta eleição, ou ganhando-a sem maioria, sem Livre que o valha, a sua já longa tarimba poderá terminar mais cedo do que alguma vez imaginou.

  • Costa não quis desafiar Seguro da primeira vez que desafiou.
  • Costa não quis desafiar Seguro quando foi empurrado a repetir a dose (Seguro, se tivesse sido rápido e certeiro, teria aceitado imediatamente o congresso extraordinário pretendido por Costa — e teria ganho).
  • Costa não deixou a Câmara Municipal de Lisboa, nem quando anunciou que queria derrubar Seguro, nem depois de o derrubar — apesar de em julho de 2013 ter dito publicamente que “É incompatível ser Presidente da Câmara Municipal de Lisboa e Presidente do Partido Socialista”.
  • Costa continuou a usar a tribuna do Quadratura do Cìrculo para fazer propaganda subreptícia a seu favor, antes, durante e depois de desafiar a liderança do PS ao agora demissionário secretário-geral, António José Seguro.
  • Costa não esmagou o seu adversário e perante a ameaça de ter que enfrentar Álvaro Beleza nas eleições diretas e no congresso extraordinário que se aproximam, cedeu imediatamente 1/3 das posições de poder dentro do partido, deixando muitos cortesãos e cortesãs que borboletam à volta do Costa, com as línguas secas.
  • Costa não revelou ainda que posições vai tomar no debate do Orçamento de 2015, e relativamente à próxima 'visita' da Troika. Provavelmente fará uns comentários na Quadratura do Cìrculo, e irá sussurrar ao telemóvel de Ferro Rodrigues o que este deverá dizer.
  • Costa, apesar de oblíquo, hesitante e de gostar de biombos, recusou-se a acatar a lei que preside ao CADA (Comissão de Acesso aos Documentos Administrativos), andando dois anos e meio de recurso em recurso para não divulgar o célebre relatório do ex-verador Nunes da Silva. Foram precisas quatro decisões judiciais, duas delas do Tribunal Constitucional, para o autarca ceder, no que não deixou de ser um ato de autoritarismo tipicamente jacobino de quem se julga, como o outro, dono disto tudo.
Se esta espécie de Seguro 2.0 é um bom candidato a primeiro ministro, vou ali e já venho!

sexta-feira, outubro 03, 2014

Beleza impõe 'minoria' segurista ao socratino Costa


Álvaro Beleza, líder da tendência 'segurista' 
Foto © Nuno Ferrera Santos, Público

Dois Partidos Socialistas, o caduco e a promessa (interrompida) de um novo


António Costa faz acordo com Álvaro Beleza - um terço do partido para seguristas 
Álvaro Beleza não avança com uma candidatura alternativa às diretas mas chegou a acordo com o novo líder socialista: a "quota" segurista vai ter um terço dos lugares partidários. A começar na direção do grupo parlamentar.
Ler mais: Expresso

A noite eleitoral das Primárias do Partido Socialista foi um evento estranho. António José Seguro reconheceu cedo demais a derrota, sem sequer avaliar o património eleitoral e de vontades acumulado à sua volta —apesar da sua débil liderança—; por outro lado, o discurso de vitória de António Costa foi grosseiro e revelou a incomodidade surda nos gestos e nas palavras de um tarimbeiro que parece ter sido empurrado para um papel que não é o seu. No dia seguinte, quando uma jornalista lhe perguntou se iria continuar à frente da Câmara Municipal de Lisboa, pergunta de óbvio interesse, pois ninguém imagina esta criatura a tomar ao mesmo tempo conta da sobre endividada capital do país (esburacada, inundada e fedorenta), a dirigir o PS, a responder à Troika que chega dentro de duas semanas, e a discutir o Orçamento, sem se tornar um perigo público. Pois a resposta arrogante do autarca candidato a primeiro ministro foi que o seu mandato autárquico é até 2017! Pior, soube-se ontem que a criatura vai continuar na Quadratura do Círculo, para melhor esconder a sua falta de ética, de ideias, de estratégia e de coragem. É raro um sargento-ajudante dar um bom oficial, como se está, uma vez mais, a constatar.

António Costa, que no próprio dia das eleições andou a enviar SMS aos militantes do PS apelando ao voto na sua pessoa,  venceu com 67,7% dos votos, Seguro obteve 31,54%, e as abstenções, brancos e nulos roçaram os 30% (29,98%). A apresentação da contagem eleitoral, a cargo da Novabase, deixou muito a desejar. Começaram por apresentar o número de eleitores inscritos, resultados por federação, concelho e secções de voto. Depois deixámos de ver os inscritos e ou as secções de voto durante largas horas, até que, por fim, os resultados lá foram aparecendo nos sítios certos, mas não deixando de suscitar dúvidas sobre todo este processo (ver no fim os pormenores que conseguimos captar).

Costa venceu, mas não convenceu.

O seu miserável discurso de vitória, não mencionando ostensivamente António José Seguro, nem esclarecendo ninguém sobre as suas intenções, apenas se conseguiu medir pela subsequente indicação de Ferro Rodrigues para novo líder da bancada parlamentar, pelo anúncio de que a proposta de redução de deputados da AR não seria prosseguida, e pelo namoro ao Livre, uma das frações que estalou do Bloco de Esquerda e que Costa pretende potenciar para ver se tem parceiro para uma ansiada nova maioria de esquerda. Vai ser lindo assistir a esta valsa entre o cândido Livre e mais alguns estilhaços do Bloco, o PS de Costa e o PCP!

Marinho e Pinto já traçou uma linha clara de demarcação em relação ao Costa e ao que esta criatura representa em matéria de regresso ao passado irresponsável de uma 'esquerda' que se deixou descaradamente corromper pelas delícias do poder.

Mas a verdadeira novidade é o sinal de fraqueza dado por Costa à ameaça certeira de Álvaro Beleza: ou nos dás 1/3 do poder dentro do PS, ou terás que disputar a liderança comigo! O pânico foi evidente e o resultado está à vista: no caso de Costa fraquejar mais cedo do que se espera, há uma alternativa consolidada dentro do Partido Socialista, o 'segurismo' sem Seguro!

Ainda bem.


NOTA SOBRE O REPORTE ELETRÓNICO DAS PRIMÁRIAS DO PS








Eleições Primárias no PS (28/9/2014) | Trapalhada informática?

Dados reportados

29 de setembro

02:11:16 - Inscritos: 160.512 - Votantes : 112.692 - Secções Apuradas: não registámos
-- António Costa: 73.020 (64,80%%); António José Seguro: 38.851 (34,48%%)

02:15:26 - Inscritos: s/ informação - Votantes: 174.516 - Secções Apuradas: 577
-- António Costa: 118.454 (67,88%); António José Seguro: 55.239 (31,65%)

09:13:38 - Inscritos: 248.475 - Votantes: 174.516 - Secções Apuradas: 577
-- António Costa: 118.454** (67,88%); António José Seguro: 55.239** (31,65%)

20:31:28 - Inscritos: 248.573 - Votantes: 174.770 - Secções Apuradas: 578
-- António Costa: 118.272** (67,67%); António José Seguro: 55.171** (31,57%)

** as votações em AC e AJS diminuíram entre as 09:13 e as 20:30 do dia 29, apesar das Secções
Apuradas terem aumentado de 577 para 578. Explicações?

1 de outubro

19:25:56 - Inscritos: 250.811 - Votantes: 177.350 - Secções Apuradas: 610
-- António Costa: 120.188 (67,77%); António José Seguro: 55.928 (31,54%)

segunda-feira, setembro 29, 2014

O velho coelho saíu da cartola

Novos Brasões de Portugal
©Toyze
, 2014

Chapelada eleitoral? 


Seguro apresenta queixa contra SMS de António Costa
António José Seguro apresentou uma queixa contra António Costa, por este último alegadamente ter enviado, em dia de eleições, um SMS aos militantes socialistas a apelar que votassem em si.

Maria João Bourbon, com Lusa | 15:56 Domingo, 28 de setembro de 2014

Às 02:11 de hoje, enquanto decorria ainda a contagem de votos, o sítio das Primárias do PS publicava o número de inscritos: 160.512. Mas às 02.15, ou seja, 4 mn depois, o mesmo sítio deixava de indicar o número de inscrito. Entretanto, os votos de António Costa, nestes mesmos 4mn, subiam de 73.020 para 118.454, e os de António José Seguro subiam de 38,851 para 55.239. Ou seja, as percentagens dos candidatos variavam então do par AC=64,80% - AJS=34,48% para AC=67,88% - AJS=31,65%, percentagem que se manteria até à consulta que fiz ao sítio esta manhã às 09:13:38. Na consulta de hoje volta a ser publicado o número de inscritos: 248.475.

Curiosamente, às 02:11 os resultados eleitorais eram apresentados de forma detalhada, incluindo o número de inscritos a nível nacional, distrital e por secção de voto. Às 02:15 deixou de haver informação sobre o número de inscritos e toda a informação detalhada. Finalmente, hoje de manhã, os números aparecem distrbuídos apenas por distritos, alguns deles originais: Açores, Madeira, Algarve e Baixo Alentejo.

É possível que esteja tudo certo, mas lá que a incongruência é manifesta, é. Não sei se os adeptos de António José Seguro abandonaram as mesas depois das miseráveis declarações do vencido e do vencedor. Mas sei uma coisa: o PS deve aos simpatizantes que votaram informação rigorosa sobre o ato eleitoral. Espero que a trapalhada dos seus quadros eletrónicos online (ver imagens abaixo) seja rapidamente esclarecida.

O regresso da Brigada do Reumático e da Geração X cor-de-rosa

Jorge Coelho, Almeida Santos, socratinos e soaristas estão de volta ao poder cor-de-rosa. O fraco seminarista António José Seguro, a quem foi concedido o prazer amargo de uma voltinha no poder, retirou-se humilhado, mas não esmagado: 31,65% é uma percentagem que deveria obrigá-lo a disputar as próximas Diretas do PS, marcando posição para a era pós-Costa, a qual será muito curta.

A verdade é que a vantagem de Costa o coloca numa posição de tudo ou nada. Não tem nenhuma desculpa para falhar (se perder as Legislativas, adeus Costa!), mas o seu notório vazio de ideias vai aflorar ainda este mês, no dia mesmo em que a Troika pisar de novo o chão da Portela, e depois disto, assim que começar a discussão do orçamento de 2015. Por outro lado, como há cada vez menos tachos partidários, os que acorreram à última da hora à sopa dos pobres de António Costa vão ter uma surpresa desagradável.

O Tozé, como aqui nos fartámos de repetir, é um político inseguro, e cometeu o erro fatal de não neutralizar a corja socratina assim que esta perdeu o poder. Este erro, como sentirá em breve, não será cometido pelo sargento-ajudante António Costa, a menos que Seguro, depois de duas semanas de descanso, aproveitando-as para ler o O Príncipe, de Maquiavel, anuncie que irá disputar as Diretas e reorganize as suas tropas, incutindo-lhes confiança e esperança.

As bandeiras que levantou, contra a corrupção, pela paridade de géneros, e pela diminuição do número de deputados da Assembleia da República deve-as manter bem altas, pois o seu sucessor fará tudo para apagá-las.

É possível que as causas que defendeu na derradeira fase do seu mandato precisem de um novo líder socialista para as prosseguir, mas isso não o desobriga de preparar o terreno para que tal venha a ocorrer assim que o bluff Costa comece a revelar-se.

As baterias da nomenclatura voltar-se-ão agora e em força contra Passos Coelho

Bastou ouvir ontem o Marcelo para percebermos que depois de abater Seguro, a nomenclatura deste país, em geral falida, precisa de derrubar Passos Coelho, para que o Bloco Central da Corrupção possa regressar em força. Para esta corja, a pobreza crescente do país não lhes tira o sono, nem o prazer dos linguados. O que querem é proteger-se da Justiça e sacar tudo o que puderem antes que seja, para eles, tarde demais.

Portugal corre o sério risco de ser completamente destruído pela corja de rendeiros, devoristas e partidocratas que assaltaram a democracia. Os ventos internacionais adversos são infelizmente favoráveis à emergência de novos fascismos disfarçados. Como a lógica corporativa do Salazarismo se manteve intacta, embora infestada de aventais brancos e novas batinas, a menos que Bruxelas e Frankfurt aumentem a sua influência e as exigências sobre o nosso país, o perigo de termos um Novo Estado Novo é hoje mais evidente que nunca.


IMPORTANTE

O reporte online dos resultados eleitorais tem sido uma trapalhada com mudança sucessiva dos critérios de apresentação, informação sobre o número de inscritos, e contagens surrealistas de votos.
  •  Os inscritos totais divulgados em 29/9/2014 foram estes:
    -- às 02:11: 160.512
    -- às 02:15: não há informação sobre os inscritos
    -- às 09:13: 248.475
    (não é suposto ser este um número constante uma vez que existiu um período prévio de inscrição dos eleitores?)
  •  Quanto às contagens, para além de terem suspendido a divulgação de resultados por secção algures depois da meia-note ou uma da manhã, António José Seguro, mas também António Costa aparecem com menos votos hoje, às 20:30, do que os reportados esta manhã, às 09:08! 
Vale a pena consultar estas estranhas e não justificadas incrongruências. Quem supervisionou ou supervisiona este processo eleitoral? Jorge Coelho apenas?




Informação às 02:11:16 do dia 29/9/2014


Informação às 02:15:26 do dia 29/9/2014


Informação às 09:13:38 do dia 29/9/2014


Informação às 20:31:28 do dia 29/9/2014


Informação às 09:08:40 do dia 29/9/2014


Informação às 20:30:54 do dia 29/9/2014


Última atualização: 29/9/2012 22:28

quinta-feira, setembro 11, 2014

O massagista do PS

António Costa a caminho do hara-kiri

António Costa perdeu por KO o primeiro debate, e não ganhou o segundo

Interessante a opinião de Francisco Assis sobre o debate de ontem:
“Mau seria que os portugueses ficassem com a imagem de um PS reduzido a uma confrontação entre a pureza ética e a superioridade carismática. Se assim fosse seria lícito congeminar a existência de um grande vazio doutrinário”.
Como o poder tem horror ao vazio, da luta de galináceos que o debate sem ideias entre Costa (o provocador) e Seguro (que continua a deter as rédeas do partido, nomeadamente as preciosas dez federações, contra nove, de Costa, que serão maioria no próximo congresso) poderá surgir, para sarar as feridas e dar um novo alento e rumo aos sobreviventes, uma terceira via. Basta, para tal, que Francisco Assis aprenda com Matteo Renzi e surja rapidamente com um discurso inovador para o Partido Socialista, num qualquer congresso extraordinário antes das próximas Legislativas. Terá, curiosamente, o benefício da dúvida por parte de todas, ou quase todas, sensibilidades do partido...

A permanência insegura de Seguro, ou a vitória pírrica do massagista Costa, são dois cenários de medo, embora eu continue a defender que, entre os dois, venha o Diabo e escolha Seguro!

Depois do dia 28 de setembro (que raio de data!) Assis tem que meter a cabeça de fora e falar ao país.

Se não, o PS acabará por perder as próximas Legislativas, o que poderá custar-lhe a irrelevância partidária durante mais de uma década.

Alea jacta est.

segunda-feira, junho 30, 2014

Seguro desafia Conselho de Estado

António José Seguro publicou ontem, Domingo, no Facebook:


“A reunião do Conselho de Estado, esta quinta-feira, é oportuna e desejo que seja útil.
Recordo que eu próprio defendi a convocação do Conselho de Estado quando o Tribunal Constitucional decretou o chumbo de três normas do OE. Acrescem às inconstitucionalidades o aumento da dívida pública, a prossecução do programa de empobrecimento levado a cabo pelo Governo e a necessidade de o nosso país tomar decisões que terão consequências na próxima legislatura.
Desejo que a reunião seja útil. Entendo que é urgente estabelecer um consenso nacional em torno da renegociação das condições de pagamento da nossa dívida. Só o Governo se exclui deste consenso. Se na reunião do Conselho de Estado conseguirmos que o Primeiro Ministro compreenda a importância desta decisão para aliviarmos os sacrifícios dos portugueses então a reunião terá uma grande utilidade para o nosso futuro colectivo.”

Eu creio que o Conselho de Estado foi convocado pelo BES — ver o post mais lido dos últimos sete dias neste blogue. Mas depois do conclave veremos, se sim, ou se não, foi a crise do BES que precipitou Cavaco. Seja como for, é necessário renegociar as PPP, a melhor via e a mais pragmática para aliviar o fardo da dívida pública, de hoje e das próximas gerações!

terça-feira, junho 24, 2014

Voto Seguro


Se não travarmos o golpismo dos mandarins do regime, mereceremos a morte lenta a que estes nos pretendem condenar 


Seguro quer candidatos com acesso a dados de simpatizantes

23/6/2014, 22:18 - Observador

Na proposta de regulamento para as primárias, a direção do PS propõe que os candidatos tenham acesso aos dados de contacto dos simpatizantes que vão poder votar. Mas não pagam para votar.

Será que posso ter acesso aos mesmos dados dos militantes do PS?

PROPOSTA DE SEGURO: “A inscrição como simpatizante obedece à assinatura de um compromisso individual de concordância com a Declaração de Princípios do Partido Socialista e de não filiação noutro partido político, bem como de autorização de divulgação do respetivo nome, número de identificação civil, endereço postal e endereço eletrónico nos cadernos eleitorais, bem como de autorização de acesso aos mesmos por parte das candidaturas às eleições”.

O acesso eletrónico aos nomes dos simpatizantes, mas sem divulgação dos BIs/CCs, nem moradas postais e eletrónicas, parece-me bem, para evitar fraudes 'partidárias', mas ainda assim esta medida só deve ser adotada se da mesma base de dados eletrónica constar os nomes de todos os militantes do PS. Os processos de transparência são bem-vindos mas devem ser 'universais' e geridos com total preservação dos direitos democráticos relativos ao uso e tratamento de dados.

Creio também que cada simpatizante deveria pagar uma quantia simbólica ao votar (dois euros parece-me razoável). A democracia não é uma borla, e os militantes do PS supostamente pagam quotas.

Ultimamente faço parte do crescente grupo de ABSTENCIONISTAS ATIVOS E FURIOSOS, mas a verdade é que sempre votei no PS até os piratas socratinos terem dado cabo do país e, pelos vistos, do próprio PS. Sou, portanto, um simpatizante do PS e espero que a tentativa de assalto golpista ao aparelho, promovida pelo senhores Mário Soares, José Sócrates, António Costas e o resto dos devoristas cor-de-rosa, seja derrotada.

VOTAREI EM ANTONIO JOSÉ SEGURO, mas não sei ainda se votarei no PS nas próximas eleições. Se os devoristas que inundaram a Avenida da Liberdade de porcos vencerem, contra o que são as minhas expetativas, a ABSTENÇÃO ATIVA crescerá seguramente!

PS — Não se pense que sou um devoto de António José Seguro. Basta ler este blogue para perceber até que ponto critiquei virulentamente a sua fraqueza na demarcação do socratinismo. Sem uma separação de águas no PS, como aliás no PSD, no Bloco e no próprio PCP (mas aqui a coisa é mais soturna e opaca), entre quem promoveu a bancarrota do país, e/ou colaborou e especialente beneficiou do populismo despesista do estado, e a geração de novos dirigentes, militantes e simpatizantes que esperam e querem um renascimento realista e transparente da nossa democracia, Portugal corre o sério risco de se trnasformar numa cleptocracia incontrolável. Não se esqueçam que foram socialistas de caviar da laia de Mário Soares, José Sócrates, Almeida Santos e António Costa que enterraram por décadas um país como a Grécia.

sábado, junho 21, 2014

Podemos?

Alexis Tsipras e Pablo Iglesias em Atenas./Foto: Clara Palma Hermann

Que sairá da cisão do PS? Provavelmente, nada, pois há jovens que envelhecerem de repente.


Podemos y Syriza acuerdan coordinar acciones en el Parlamento Europeoel diario, 20-6-2014

Pablo Iglesias e Íñigo Errejón se han entrevistado este viernes con el equipo de Alexis Tsipras, el secretario general de Syriza. Ambas formaciones han escenificado su alianza con la visita de la delegación de Podemos a Atenas, cuyo objetivo es “intercambiar experiencias y coordinar acciones a nivel europeo”.

Será que uma das metades que resultará da provável cisão no PS, já abençoada por Mário Soares, irá procurar replicar este modelo radical-experimentalista em Portugal? Com quem? Com o Bloco e o Livre? Com Marinho Pinto? Com o PCP? No imediato, ou seja, até às próximas Legislativas, cada capela mais ou menos cor-de-rosa ou vermelha irá medir forças. O resultado será porventua uma pulverização da 'esquerda', enquanto a coligação PSD-CDS poderá também entrar numa deriva prolongada. O eleitorado está desiludido, furioso e atento. As redes sociais terão cada vez mais força e influência nas dinâmicas políticas e eleitorais. Tal como Marinho Pinto, também os blogues, o Facebook e o Twitter estão em modo ralenti, e esperarão pelo melhor momento antes de atacar. Tempestade no horizonte? Seguramente!

Sobram novos velhos, e faltam velhos novos


A implosão em curso do atual regime afeta as suas principais instituições: a presidência da república e um presidente que nega o seu estado de evidente doença através de um papagaio chamado Marcelo Rebelo de Sousa, um governo desorientado e cansado, um parlamento que já não diz nem faz coisa com coisa, um tribunal constitucional que virou sindicato da baba burocrática do regime, sindicatos convertidos em tropas de choque da arruaça que apenas serve para defender privilégios de classe (a classe dos sindicalistas), e, por fim, um sistema partidário à beira da implosão. Já só falta mesmo converter a indignação popular crescente em algo parecido com o Podemos.

Podemos, em quatro linhas


O pânico instalou-se, porém, entre aqueles que há quase quaranta anos são donos dos partidos, dos governos, do parlamento, dos tribunais, das polícias, em suma, do país. Estão falidos depois de terem conduzido o país à insolvência. A criminosa dívida acumulada, que Jorge Sampaio considerava uma obsessão, resultou numa interminável depressão económica. Aos seus filhos e netos, salvo os do círculo íntimo do poder, isto é, salvo aos filhos do nepotismo instalado, esta corja não vai deixar nada se não sangue, suor e lágrimas. Mas pior, esta corja deu-se subitamente conta de que o conforto da sua própria velhice está ameaçado!

Daí a tentativa desesperada a que assistimos, quer no PS, quer no PSD, de as velhas elites retomarem à bruta o controlo partidário do regime. Para isso foram mesmo ao ponto de seduzirem meninos ambiciosos e oportunistas, e meninas doidivanas igualmente oportunistas, para atingirem o seu intento, ou seja, remover, a pontapé se for necessário, as lideranças jovens que entretanto foram chegando ao topo dos partidos do Bloco Central. O cinismo desta verdadeira Brigada do Reumático 2.0 mede-se pela forma despudorada como usam o colapso que eles mesmo criaram para aí afundarem quem pegou na batata quente e tenta desesperadamente, como pode, tirá-la do fogo.

António Costa foi o idiota útil que Mário Soares, José Sócrates e Almeida Santos nomearam sargento-ajudante na nobre causa de estender uma passadeira vermelha ao regresso ao poder da Brigada do Reumático 2.0, sob os auspícios de um putativo presidente chamado José Sócrates. Sim, o idiota útil é para queimar! Sócrates preparou a coisa bem: primeiro lixa Costa, e entretanto já deu instruções para o início da demolição de uma eventual candidatura presidencial de António Guterres.

É evidente que esta corja, seja porque é mitónoma, ou porque caminha rapidamente para a demência, não percebeu ainda o que os impedirá definitivamente de levar o seu golpismo descarado a bom porto, mesmo que a tentativa de defenestração de Seguro resultasse: o povo odeia-vos!

Assim sendo, quer Pedro Passos Coelho, quer António José Seguro, que bem precisam de melhorar, só têm que proteger os seus partidos do terrorismo partidário e dos vários Cavalos de Tróia que serão infiltrados entre as suas hostes. Só têm que desfazer rapidamente os ninhos de baterias de intelectuais orgânicos e jornalistas histéricas que entopem a comunicação social. Como? Contra atacando metodicamente e desfazendo todas as manobras em curso com bons pedaços de informação sobre a massa de que são feitos estes golpistas e conspiradores.

Voltando ao Syriza e ao Podemos, será que da implosão do atual sistema partidário e do regime poderemos esperar fenómenos semelhantes aos que ocorreram na Grécia e em Espanha? De uma coisa estou certo, movimentos como estes dois jamais poderão nascer de uma qualquer barriga de aluguer chamada Mário Soares, José Sócrates ou Isabel Moreira. Nem mesmo dos cacos do Bloco de Esquerda. E quanto ao PCP, na medida em que é um pilar, ainda que perverso, do regime e do aparelho de estado que temos, além de estalinista irremediável, nada há a esperar, salvo a demagogia de sempre.

Eu não creio em utopias, nem em revoluções, quando é evidente que o mundo entrou numa era nova, que será, por muitas décadas, de crescimento débil e ajustamento dramático à escassez relativa de três fontes de energia que eram abundantes, de acesso fácil e baratas, e que progressivamente, desde meados da década de 70 do século passado, se tornaram escassas, de difícll acesso e caras: carvão, petróleo e gás natural. Não foi a ideolgia maoista que trouxe progresso à China, mas a descoberta das suas grandes reservas de petróleo, nomeadamente em Daqing, em 1959, e que até ao início da década de 1960 importavam com muito sangue, suor e lágrimas, da então União Soviética. A China, que passou então de miserável importador, a grande exportador, é hoje o maior importador de petróleo do planeta. Daí a sua próxima e inexorável desgraça.

Eu preferia que fossem as novas gerações do PS e do PSD (e já agora do CDS e do PCP, do Bloco, etc.) a fazerem as mudanças partidárias e institucionais imprescindíveis à transição do atual regime populista insolvente para uma sociedade mais pragmática, mais justa e muito mais ativa na busca e formulação de novos estilos de vida, onde a democracia e a liberdade predominem sobre o nepotismo, sobre o golpismo e sobre a corrupção, e onde a transparência da informação e as redes sociais inteligentes impeçam a degenerescência clpetocrática e burocrática que conduziu Portugal ao estado de aflição em que se enocontra.

O colapso do BES é um sinal evidente de que o business as usual partidário, que nos trouxe até ao desastre, morreu.

quarta-feira, junho 11, 2014

São todos iguais



Seguro não faria diferente, mas tem que jogar o jogo da diferença e da honestidade


Banco de Portugal: É necessário quase sete mil milhões de euros de austeridade até 2019
11 Junho 2014, 13:04 por Nuno Aguiar | Jornal de Negócios

A conclusão está no Boletim Económico de Junho do Banco de Portugal, que inclui um capítulo sobre a sustentabilidade das finanças públicas em Portugal no médio prazo. Sabendo-se que o Governo português está comprometido com as regras europeias inscritas no Tratado Orçamental e que tem de atingir um défice estrutural de 0,5% do PIB em 2019, o banco estima que são necessárias medidas de austeridade no valor de 4% do PIB nos próximos cinco anos. Cerca de 6,7 mil milhões de euros.


Seguro defende que Governo aproveite descida de taxas de juro para aliviar sacrifícios
11 Junho 2014, 13:17 por Lusa | Jornal de Negócios

"A emissão de dívida a 10 anos é uma boa noticia para o nosso país, o que prova que eu sempre tive razão quando defendi que o Banco Central Europeu (BCE) devia agir", afirmou Seguro em Barcelos, à margem da visita a uma fábrica têxtil.

[...]

O líder do PS disse que fica "muito contente" quando as taxas de juro para Portugal baixam, "porque isso significa - ou significaria, se este Governo fosse sensível - aliviar os sacrifícios dos portugueses".

Os dois falam verdade. Carlos Costa diz o óbvio: a dívida pública continua a crescer, como previsto, e vai ter que descer, como consta do contrato com os credores — mas tem tempo. Seguro afirma que é imperioso suavizar os sacrifícos, renegociando a amortização da dívida em prestações e prazos menos sádicos. O mesmo, mas dito de outra maneira.

Na realidade, a queda das taxas de juro e das rendibilidades das obrigações soberanas, protegidas pela famosa artilharia secreta conhecida por whatever it takes, servem precisamente para suavizar os sacrifícios e sobretudo não deitar o euro e a economia europeia a perder.

Ambos falam da monetização das dívidas que acelerou em volume e velocidade desde que Mario Draghi começou a dar garantias firmes à Eurolândia contratacando a armada de Wall Street. Draghi exigiu, porém, novos botões de controlo bancário e financeiro. Carlos Costa prefere salvar bancos a repartições públicas, enquanto Seguro prefere defender a burocracia de cujos votos depende.

Curiosamente, dada a dimensão incontrolável do buraco negro dos derivados financeiros especulativos (OTC) —um quarto do PIB mundial cujo potencial destrutivo, ou valor nocional, é mais de dez vezes o mesmo PIB (ver tabela do BIS/2013) — e a necessidade objetiva de manter algum setor social sob controle, o que tem vindo a ocorrer, tanto nos Estados Unidos, como na Europa, é uma aproximação surpreendente e heterodoxa a algumas caracterísitcas institucionais do capitalismo de estado: estabilidade do emprego público, controlo de preços e o abandono dos setores económicos tradicionais à sua sorte e a mais uma revolução tecnológica em curso. Desta vez, estamos no meio de uma massiva transferência de trabalho cognitivo para as nuvens digitais de produção, comércio, serviços (banca, turismo, administração pública, imprensa, ensino, medicina, etc.), gestão, telecomunicação e interação virtuais—em tempo real e diferido.

O dinheiro foge dos negócios e empresas que sabe condenados. Mas como não sabe para onde ir, refugia-se cada vez mais nas dívidas soberanas dos países economica e financeiramente mais fortes, mesmo que este lhe paguem em tremoços, ou até os fustiguem com juros negativos!

É por tudo isto que a 'esquerda' ficou subitamente descalça e está nalguns casos a perder a cabeça. Nisto não difere dos comportamento recentes da extrema direita americana e europeia. O facto de o sinal da arrogância e da agressividade serem de sinal contrário é socialmente irrelevante, pois a vitória de qualquer destes extremos de oportunismo resulta em monstruosidades que já conhecemos.

O ponto sensível das próximas eleições está, assim, onde ninguém vê: na política fiscal.

Se este governo (PSD-CDS) e o próximo (PS-MPT, ou PSD-CDS, ou PS-PSD) continuarem a espremer os contribuintes, expropriando-lhes as poupanças e tentando mesmo roubar-lhes as propriedades, sobretudo porque têm revelado enorme cobardia na abordagem dos rendeiros do regime, aliás condenados reiteradamenbte pela odiada Troika, então prevejo sarilhos gordos no horizonte, com os extremos até agora sossegados a subirem nas sondagens.

Passos Coelho tem a faca e o QREN na mão, tem a Alemanha com uma olhar bifocal a dirigir-se para a Península Ibérica (a crise da Ucrânia serviu-lhe de lição!), e tem o Brasil, a Venezuela, Angola e Moçambique, já para não falar da China, cada vez mais interessados neste naco de terra e de pessoas à beira-mar plantados. Somos todos assim tão diferentes? Mozart respondeu de forma admirável em Così Fan Tutte.

segunda-feira, junho 09, 2014

Será o PS fiável?



O Partido Socialista, por enquanto, não é fiável e tem andado a brincar com o fogo


António José Seguro tem uma estreitíssima janela de oportunidade até 28 de setembro para reformar o discuso 'socialista', e para lançar uma estratégia política clara para os próximos anos:
  • reforma do sistema político, 
  • revisão constitucional, 
  • reafirmação do compromisso europeu, 
  • disponibilidade para formar um governo de emergência nacional se a insolvência do país persistir, 
  • reduzir as funções e responsabilidades do estado às estritamente essenciais, 
  • implementar as cidades-região de Lisboa e do Porto (reduzindo os 35 municipios a dois governos metropolitanos), 
  • apostar na eficiência energética e no transporte elétrico, e em particular na ferrovia de bitola europeia, 
  • renegociar duramente todas as PPP, 
  • parar imediatamente a agressão fiscal suicida para que o Tribunal Constitucional, o PS, o PCP e Bloco empurraram o país.

Por menos do que isto não valerá o esforço de voltar a dar uma oportunidade ao PS.

sábado, junho 07, 2014

Esquerda fragmentada

Sondagem Eurosondagem/ Expresso, 7/6/2014

Só Marinho Pinto poderá viabilizar um governo de 'esquerda' moderada.
Mas com quem? Com Seguro, ou com Costa?


O Partido Socialista de Seguro tem-se aguentado apesar da hecatombe socratina, como as percentagens seguintes demonstram.

Legislativas 2011, depois da queda de Sócrates [CNE]: 28,05%
Autárquicas 2013 [sítio do PS]: 36,26% (150 câmaras municipais em 304)
Europeias 2014 [MAI]: 31,46% (mais um deputado que o PSD e mais um deputado que em 2009)
Sondagem, Legislativas 2015, Eurosondagem/Expresso, jun 2014: 33%.

As sondagens de avental valem o que valem, e normalmente valem pouco. Mas vamos fazer de conta que servem para alguma coisa, por exemplo, para ver o futuro...

A conclusão essencial que podemos retirar desta sondagem-propaganda não diz respeito a Seguro, mas ao PS e à 'esquerda' no seu conjunto, que não convencem apesar da grave crise social instalada e dos impactos dolorosos da governação PSD-CDS. O eleitorado sabe perfeitamente que a 'esquerda' não é capaz de unir-se nem para fazer um pic-nic!

O eleitorado também começou a intuir que, afinal, a conjuntura europeia tem vindo a esvaziar paulatinamente a eficácia das propostas de reestuturação da dívida portuguesa a que a 'esquerda' se tem agarrado de forma oportunista, na medida em que tem sido o próprio BCE a garantir que nem o euro colapsa, nem os países do euro serão forçados a abandonar a moeda única.

Depois do grito de Mario Draghi —whatever it takes—, reforçado com as medidas financeiras desta semana e as que conheceremos em breve, o que está efetivamente em curso é um complexo jogo de reestruturação disfarçada das dívidas soberanas, e uma presença crescente do BCE na condução das políticas orçamentais dos estados membros, a par de uma integração cada vez maior do ambiente financeiro e da macroeconomia na zona euro, com destaque para os grandes projetos estratégicos, nomeadamente nos setores da energia, transportes, agricultura, indústria, comércio internacional, ambiente e políticas ativas de educação, formação profissional para o emprego e solidariedade social.

A 'esquerda' indígena e os seus delegados sindicais no TC têm empurrado o país para uma sangria fiscal sem precedentes, em nome da manutenção de privilégios inaceitáveis, sabendo-se o que já toda a gente sabe sobre os efeitos desastrosos do imenso buraco que o endividamento público e privado trouxe a Portugal.

O que resta de 2014, e provavelmente até 2020, vão ser anos de monetização agressiva das dívidas públicas europeias e de apoio direto, embora seletivo e comandado a partir do BCE, aos países do euro em situação crítica. Numa conjuntura em que as reformas estruturais têm sido sistematicamente boicotadas pelo PS e pela restante 'esquerda', a pressão do BCE, do FMI e de Bruxelas para que as mesmas sejam levadas a cabo ou... irão acentuar-se nos meses que se seguem, até às próximas eleições —o pau—, a par do próximo envio de fundos comunitários e do investimento financeiro orientado para a economia e o emprego produtivo —a cenoura, que os socratinos querem, por todos os meios, agarrar!

O processo de fragmentação da 'esquerda' ficou patente nas últimas eleições.

Nesta conjuntura, das duas uma, ou a coligação no poder dá um golpe de rins e ataca de vez o problema das rendas excessivas da corja rendeira (sucessivamente exigida pelo FMI!), deixando para a próxima legislatura a revisão constitucional, a reforma efetiva do mapa autárquico e a redução do aparelho de estado em função das nossas reais necessidades e de acordo com as nossas reais possibilidades, e conseguem assim ganhar uma nova maioria, ou então, teremos balbúrdia, isto é, uma mais do que provável ausência de maioria parlamentar para formar o próximo governo.

A pulverização da 'esquerda' deixa ao PS uma de duas soluções: coligar-se com o MPT/Marinho Pinto se este for capaz de mais do que duplicar a sua votação e chegar aos 14 ou 15%, e o PS, por sua vez, subir dos 33% das últimas Legislativas (curiosamente os mesmos 33% da sondagem-propaganda) para uma percentagem acima dos 37%, ou teremos um governo minoritário sequestrado pela 'esquerda' oportunista e indigente à esquerda do PS, que cairá logo na aprovação do primeiro orçamento!

O governo de um novo Bloco Central alargado (PS+PSD, ou PS+PSD+CDS+MPT) que os socratinos e António Costa desejam, mas sobre o qual nada dizem, ou até negam como São Pedro negou a sua amizade a Cristo, seria uma espécie de compromisso possível no rescaldo de umas eleições sem vencedores, nem vencidos. Mas quanto tempo se aguentaria de pé?

O António Maria é independente, mas vê no plano de 4 pontos anunciado por António José Seguro —
  • Primárias abertas aos militantes, simpatizantes e eleitores regulares do PS
  • Diminuição do número de deputados para o limite mínimo legalmente previsto: 180
  • Aproximação dos eleitores aos eleitos, mudando o método de eleição dos deputados
  • Alteração da lei de incompatibilidades de cargos públicos por forma a afastar os lobistas encapotados dos centros de decisão política.

— um passo muito importante para começarmos a reformar a populista e desgraçada democracia que temos. Neste sentido, todos aqueles que se revêm nos princípios básicos do Partido Socialista deveriam acorrer às eleições primárias do PS, emitindo um sinal claro de que querem uma democracia mais participativa e responsável.

Se em vez de Seguro, preferirem o regresso de Sócrates, de Mário Soares e dos aventais da Maçonaria, através de um vigário de nome Costa, é outro problema. O voto é livre, mas depois não se queixem!

Na reunião da Comissão Política Nacional do PS foi decidida a data de 28 de setembro para as eleições primárias, abertas a simpatizantes, que irão decidir o candidato socialista a primeiro-ministro. [...]

Poderão votar nestas eleições primárias os cidadãos inscritos nos ficheiros nacionais do PS e simpatizantes, sendo considerados simpatizantes os cidadãos eleitores que cumpram os requisitos a estabelecer no regulamento eleitoral, entre eles, obrigatoriamente, a assinatura de um compromisso individual de concordância com a Declaração de Princípios do PS.

Para o Secretário-geral, “este é um processo que deixará uma marca histórica na vida do PS. Temos obrigação de desenvolver um processo credível, o mais transparente e participado possível. Um projeto que prestigie o Partido Socialista”. Na hipótese de não vir a ser o candidato eleito, e apenas nessa circunstância, o secretário-geral do PS apresentará a sua demissão.

- Leia a declaração completa do PS

domingo, junho 01, 2014

Meninos e meninas cor-de-rosa do Papá


Isabel Moreira: “A política não é o palco das mágoas.”


A minha intepretação é diametralmente oposta à sua, Isabel Moreira. Foi precisamente o vislumbre de uma solução governativa viável depois das próximas legislativas —e não qualquer estado de alma— que sobressaltou Mário Soares, António Costa, José Sócrates, a Maçonaria aflita e jovens como V. e o João Galamba, que deveriam livrar-se das sombras paternais e do nepotismo onde vivem como se o mundo fosse naturalmente assim, preferindo prolongar a lógica medieval e oligarca do favoritismo familiar, ofendendo-se como puras virgens quando tal lhes é lembrado.

Quem não sente não é filho de boa gente. Conhece o provérbio, Isabel Moreira?

E que diz a sua sapiência jurídica sobre este caso? Há ou não há regras institucionais que impedem que a substituição de um líder partidário seja uma tourada? E quem deu a alternativa a Mários Soares, Costa, etc., para exigirem a cabeça de António José Seguro (1) depois de uma vitória eleitoral clara?

Se a vantagem eleitoral do PS nestas eleições, que foi maior do que a que Sócrates obteve no ano em que distribuiu o que não tinha aos papalvos que agora berram nas ruas (2009), em vez de quase 5%, fosse de 10%, já chegaria? Não, não chegaria! Pois não foi o ex-comunista Mário Soares (há tiques que não se esquecem...) que escreveu há dias que
“...a “grande vitória” anunciada por Seguro foi uma vitória de Pirro. Que não pode deixar de desagradar aos socialistas a sério que tenham uma ambição para lá de ganhar eleições (...) ?”
Não foi Seguro que enterrou o país, mas o seu pai, o seu Deus (Mário Soares) e o estarola José Sócrates. Convém não nos esquecermos do essencial.

Comentário de Isabel Moreira no Facebook:
A leitura de resultados eleitorais e as conclusões subsequentes não são uma questão de afetos. Seguro fica mal afirmando-se “magoado”. Ninguém o quer “magoar” e o que me causa mágoa é estar a ouvir e a repetir a palavra. Fazer política passa por observar, concluir e agir. Sempre no interesse do país através do fortalecimento do Partido, aqui o PS, desde logo perante um eleitorado desiludido. Um líder com estatura desafiado por Costa e por uma cada vez mais abrangente vontade de socialistas, simpatizantes e eleitores em geral, convoca um Congresso e clarifica a questão com rapidez. Um líder agarrado ao poder pelo poder, pelo sonho de uma frase no seu CV, faz o que Seguro nos apresentou: adia. Primeiro agarra-se aos estatutos como um professor de gramática; depois larga os estatutos e adia propondo uma alteração conjuntural dos estatutos, sem congresso, para aprovar o que sempre rejeitou; depois ultrapassa Marinho no populismo. É impressionante ver alguém chegar ao ponto de preferir prejudicar o país, destruir um Partido fundador da democracia, a sair da cadeira. Está magoado, diz. Pois. Mas a política não é o palco das mágoas.
POST SCRIPTUM —  O candidato Marcelo colocou-se esta noite ao lado de António Costa e do Pinóquio, pois imagina que é a melhor alternativa para os seus incontidos desejos presidenciais. Tem razão, pois a trampa que falta soltar sobre o socratismo é suficiente para eliminar qualquer candidato oriundo da malta que afundou o país. Como é possível, por outro lado, deixar o Marcelo usar semanalmente um canal de televisão para promover a sua ambição pessoal? Será que a TVI decidiu transformar este sabonete num presidente?

NOTAS
  1. Tive, até à resposta redonda dada por António José Seguro este fim de semana à conspiração que visa derrubá-lo através do acosso e do atropelo das mais elementares regras institucionais e de decência democráticas, a pior impressão deste dirigente do PS. Escrevi várias vezes que Seguro estava a prazo, e sempre fui dizendo que a culpa era exclusivamente dele, por não ter sabido, ou não ter querido, criticar José Sócrates pelo desastre que conduziu o país a mais um resgate humilhante. Escrevi sobre esta cobardia, ou cálculo impercetível, o óbvio: que se não promovesse a autocrítica do PS face ao passado recente, atribuindo responsabilidades especiais a José Sócrates e à gentinha que o acompanhou até o país ficar sem dinheiro para pagar aos funcionários públicos, seria conivente com a situação e, pior ainda, seria sempre uma presa fácil dos condes, barões e baronesas do PS, ao mesmo tempo que afastaria muito eleitorado tradicional e potencial do PS legitimamente indignado com o que fomos sabendo da nomenclatura do Partido Socialista desde o célebre escândalo de pedofilia até ao mundo sinistro do socratismo. Com a apresentação das quatro rosas institucionais para a mudança do sistema político-partidário produziu a insolvência estrutural do regime, o caso muda objetivamente de figura! A expetativa não poderia ser maior. Nem mais prudente.

Sobre Isabel Moreira neste blogue

Atualizado: 1/6/2014 23:48

A transfiguração de Seguro

Alea jacta est!

Líder fraco, líder forte!


Bastou um passo em falso grosseiro como a tentativa de decapitar o PS do seu líder através dum golpe palaciano com o apoio canino da imprensa indigente que temos para que António José Seguro passasse por uma verdadeira metamorfose.
“Há muitos portugueses que consideram que o PS tem muitas responsabilidades em relação ao estado a que o país chegou”— António José Seguro em entrevista à TVI (31/5/2014)

“Não vai haver (liderança bicéfala) porque eu vou ganhar essas eleições” — idem.
António José Seguro fez o que há muito deveria ter feito: responsabilizar a direção de José Sócrates pela crise de confiança no PS da parte do seu eleitorado tradicional e potencial. A resposta de Seguro à tentativa de assalto ilegal à direção do PS por parte de Mário Soares e José Sócrates, de que António Costa foi incumbido, é um virar de página no sistema partidário português, e um desafio que a democracia e a cidadania devem assumir por inteiro. Saúdo-o por isso!

Os factos são cristalinos (não é António Vitorino?)
  1. António José Seguro é o lider legítimo e legal do Partido Socialista, escolhido em eleições diretas (com praticamente 68% dos votos) e consagrado no congresso subsequente;
  2. O PS venceu as duas únicas eleições disputadas desde que António José Seguro é líder. Teve a maior vitória autárquica de sempre em 2013, e venceu as europeias com uma vantagem de quase 5% sobre as europeias disputadas por José Sócrates em 2009 (ano de bodo cor-de-rosa aos pobres, lembram-se?), sendo que a coligação no governo teve o seu pior resultado eleitoral de sempre;
  3. Mário Soares e António Costa desafiaram a liderança de António José Seguro na rua, como vulgares arruaceiros estalinistas, invocando que o PS precisa dum líder ganhador e de confiança, desvalorizando de forma totalmente viciada e demagógica as vitórias eleitorais do mesmo, como se não soubessem e não fosse evidente que a desconfiança dos eleitores no atual sistema partidocrata, de que Soares e Costa são as mais descaradas evidências, é a principal explicação para a fraca votação nos partidos do regime. Como todos sabemos, a maoria absoluta eleitoral chama-se Abstenção! E mais, como não fosse também evidente que José Sócrates saíu pela porta do cavalo —de primeiro ministro e de secretáario-geral do PS— depois de ter sido confrontado pelos banqueiros do regime com a informação de que os cofres do Estado esavam vazios!
Quanto à reforma inadiável do regime, aguardamos todos a resposta de António Costa (e já agora do PSD, e de Marinho Pinto) à revolução institucional proposta por António José Seguro:
  1. Primárias abertas aos militantes, simpatizantes e eleitores regulares do PS;
  2. Diminuição do número de deputados para o limite mínimo legalmente previsto: 180;
  3. Aproximação dos eleitores aos eleitos, mudando o método de eleição dos deputados; 
  4. Alteração da lei de incompatibilidades de cargos públicos por forma a afastar os lobistas encaptodados dos centros de decisão política.
E quanto à resposta ao colapso financeiro em curso no país, política fiscal e política económica, a verdade é que, se a atual direção do PS optou sobretudo por opor-se ao governo, sem na verdade mostrar um caminho programático alternativo credível, por outro lado, da parte de António Costa apenas conhecemos (e não totalmente...) a negra herança de José Sócrates.

POST SCRIPTUM

Fui ver os Estatutos do PS, por recomendação dum amigo. Não creio que haja nada na lei do PS que proteja o atual líder para além do que é razoável na preservação da estabilidade mínima necessária de uma instituição cujos corpos gerentes são eleitos, e não nomeados por vontade dum qualquer fantasma de legitimidade caciqueira ou medieval. 

sábado, maio 31, 2014

São Rosas, Senhor!

António Costa, um carreirista simpático, mas sem ideias.

O Costinha queria ideias? Pois aí estão!


Tozé Seguro: habituem-se, porque isto mudou!

O António Maria adora enganar-se quando o engano beneficia as suas convicções. Pode ser o caso de António José Seguro, um homem que a generalidade dos portugueses e militantes do PS consideram uma pessoa honesta e que, face a uma tentativa descarada de assassinato político por parte do fundador e promitente coveiro do Partido Socialista, Mário Soares, reagiu da melhor maneira, anunciando quatro ideias que quer ver concretizadas, e que há muito são reclamadas por nós, por muitíssimos socialistas descontentes, por vários movimentos de opinião a favor de uma democracia mais direta e transparente, e por alguns milhões de abstencionistas ativos fartos do rotativismo da desgraça que nos afundou a todos.

A Revolução das Rosas, de António José Seguro, é esta:
  • Primárias abertas aos militantes, simpatizantes e eleitores regulares do PS;
  • Diminuição do número de deputados para o limite mínimo legalmente previsto: 180;
  • Aproximação dos eleitores aos eleitos, mudando o método de eleição dos deputados;
  • Alteração da lei de incompatibilidades de cargos públicos por forma a afastar os lobistas encapotados dos centros de decisão política.
Esta manhã houve um verdadeiro terramoto no seio do PS, e não foi soarista. Como prevíamos ontem, o Costa, empurrado por Soares e pela maçonaria em desespero, já está arrependidíssimo. O aspirante a cabotino, João Galamba, perdeu subitamente a língua [voltou a ganhá-la depois deste post, mas sem grande sucesso]. E Isabel Moreira, mais prudente, faz bem em não sair do nicho constitucional e da sua guerra em prol dos direitos das lésbicas e dos maricas (tradução portuguesa da palavra inglesa gay).

Curiosamente, as rosas de Seguro são também uma jogada de antecipação face a Marinho Pinto e ao MPT. Em que ficam? Alinham, ou assobiam para o ar? Para já, perderam a iniciativa a favor do PS, sim, do PS!

Estas rosas são também bem-vindas no PSD de Passos, mas não no táxi de Paulo Portas.

Só mesmo Mário Soares, a corja maçónica e os devoristas do regime em geral ficam a coçar a cabeça.

Onde está o Coelho? Esse grande urso que abraçou Seguro?

Por fim, a tropa indigente dos mérdia que temos revelou uma vez mais o que é: nada.

POST SCRIPTUM

Lisboa está cheia de buracos. O turismo cresce graças às Low Cost e ao cruzeirismo inglês, graças também à desgraça alheia (Tunísia, Turquia, Líbano, Egito, etc.), graças aos preços atrativos, mas não a qualquer estratégia camarária do senhor Costa, que continua com um município sobrelotado, dívidas impagáveis e cada vez mais buracos no alcatrão.

Entretanto, continua a usar o Quadratura do Círculo para propaganda pessoal, ataca o líder do seu partido depois deste ganhar duas eleições seguidas, e nunca se lhe ouviu um ai quando Sócrates arruinava o país.

E agora António Costa, como é? Vai continuar a cavaqueira autopromocional na televisão? Vai continuar à frente da CML? Vamos ter mais quantos buracos?


Atualizado: 2/6/2014 13:14

O lobo Mário e o cordeiro Tozé


O bonzo-mor do PS defende na praça pública o assassinato político e o golpe de estado, como um vulgar estalinista do século passado. Ao que esta criatura chegou. Paz à sua alma democrática perdida!


Mário Soares:

“...a “grande vitória” anunciada por Seguro foi uma vitória de Pirro. Que não pode deixar de desagradar aos socialistas a sério que tenham uma ambição para lá de ganhar eleições (...).

Impõe-se, mais do que nunca, uma política corajosa que faça a ruptura com a direita e com as políticas da direita.

Ainda bem que António Costa resolveu disponibilizar-se e que avançou para se bater pelo PS. Para que o PS seja um partido de esquerda e se bata em favor do povo contra a direita que o tem oprimido. Foi um acto de grande coragem que faz esquecer as hesitações do passado.

Felicito-o e apoio-o. Acho que nos vai fazer permitir que o nosso querido PS, do punho erguido à esquerda e dos socialistas que não têm medo de ser tratados por camaradas, se mobilize para construir um futuro diferente” — in Público, 29/5/2014.
António José Seguro:
[...] o partido e a democracia portuguesa vivem uma situação única, com uma contestação a um líder que ganhou duas eleições e está legitimado democraticamente. De acordo com fonte oficial socialista, esta posição foi transmitida por António José Seguro logo na intervenção de abertura da reunião — in  Assis: “Não sou nenhum troca-tintas”, 15:52 Observador, 30/5/2014.

Não se conhece António Costa pelas ideias, mas ficámos a saber que desta vez vai obedecer ao Tio Mário. A castanha, porém, poderá estourar-lhe na boca. A criatura Costa é ambiciosa, mas de líder partidário nada tem. Logo, o mais provável é o atual presidente da autarquia lisboeta perder mais este confronto com António José Seguro, seminarista que conhece bem as manhas com que se tece uma máquina partidária, e que teve, inesperadamente para muitos, nestas eleições europeias, uma janela de oportunidade em matéria de governabilidade à esquerda da atual coligação: Marinho Pinto (1).

Foi, aliás, isto mesmo que Mário Soares farejou imediatamente, e o que fez tocar o telemóvel do Costa, com a abrupta ordem de marcha! Acontece que esta nova tentativa de remover à bruta o atual líder eleito do PS, pela forma imposta por Mário Soares, mas sobretudo pela corja que representa, a ter sucesso, representaria o regresso ao passado do PS, e não a tentativa, titubeante, é certo, de renovar o partido que levou o país à falência.

O erro de António José Seguro foi, como então aqui se escreveu, não ter criticado abertamente Sócrates, assumindo as culpas do PS na situação desgraçada a que chegámos, mas prometendo ao mesmo tempo emendar os erros e inovar a praxis 'socialista'.

E no entanto, o Tozé ganhou mesmo as eleições!

Vejamos os resultados das eleições europeias em 2009 e 2014 no que toca aos níveis de abstenção e aos resultados dos partidos do arco governamental:

Abstenção — 2009 | 2014
  • 63,22% | 66,16%

PS — 2009 | 2014
  • 946.818 (26,53%) | 1.033.110 (31,46%)

PSD+CDS — 2009 | 2014
  • 31,7%+8,36% (40,06%) | 27,71%

Tal como na fábula do lobo e do cordeiro, o Tozé é culpado de não ter "ambição para lá de ganhar eleições". E o que é extraordinário e acresce à frase inconcebível do senhor Soares, é que atrás desta profissão estalinista de fé se perfile já uma bicha de energúmenos ideológicos para quem só conta o que conseguem sacar ao tacho do regime.

O PS de Seguro teve mais 4,93% do que Sócrates. E a coligação de governo teve menos 12,35%. Como é possível apear um líder partidário com estes números. Que dizer então de mon ami Hollande?!!!

Do ponto de vista formal, Seguro tem a lei e a lógica do seu lado. Do ponto de vista político, tem 40 mil novos militantes e uma geração de jovens dirigentes que só com ele poderão medrar. Finalmente, do ponto de vista democrático, António José Seguro tem um partido novo (o MPT) com o qual se poderá coligar em caso de vencer as próximas legislativas. Foi isto que fez Soares saltar do sofá!

Na realidade, o que se vai passar no PS é irrelevante para o país. Importante, importante, é saber como irão evoluir o MPT e António Marinho Pinto.

Sobreviverá o inseguro Seguro à incumbência imposta por Soares a António Costa? Serão os jovens turcos do PS assim tão fracos? Amanhã saberemos.

PS: Qual a solução que convém mais à coligação governamental? A manutenção do Tozé, ou um António Costa inspirado pela transfiguração estalinista de Mário Soares? Creio que o Passos de Coelho vai ajudar o Tozé!

NOTAS
  1. Todos percebemos que a atual coligação poderá até ganhar as próximas eleições, mas está tão acossada pela realidade, que dificilmente sobreviverá a nova legislatura. Por outro lado, a possibilidade de o PS arrancar uma maioria absoluta nas próximas eleições legislativas não existe. Que alternativas restam, então?

    Se não houver novidades na frente partidária, o PS, se ganhasse as próximas eleições, teria que aliar-se ao próprio partido derrotado, PPD/PSD, pois a formação de um governo com o PCP estaria sempre fora de causa, e o Livre não é galinha que voe.

    Esta grande aliança, ou governo de emergência nacional, sob a canga insuportável do serviço da dívida e de uma dívida que continua a crescer, teria, porém, o grave inconveniente de propiciar o aparecimento de alternativas radicais e populistas cada vez mais atraentes, à esquerda e à direita.

    É aqui que o joker Marinho Pinto e  MPT aparecem como a carta fora do baralho que poderá propiciar uma alternância renovada no sistema político português, com a inevitável revisão da atual Constituição que, como está, imobiliza o país de tal forma que as possibilidades de sairmos do buraco da dívida se esfumam a cada dia que passa, abrindo caminho a um muito perigoso fascismo fiscal.

    Como é bom de ver, se for António José Seguro a protagonizar estes desenvolviemntos, adeus soarismo, adeus socratismo, adeus velha guarda maçónica do PS. Se, porém, o Costa fizer o que lhe mandaram, e tiver sucesso, o pior do 'socialismo' indígena triunfará. Ou melhor, Marinho PInto triunfará, sobre o campo de batalha de um partido, o PS; que há muito perdeu a bússola da estratégia, da honestidade, da coragem e do bom senso.
Atualizado: 31/5/2014 10:12

quarta-feira, maio 07, 2014

O fim do crescimento, seguido de deflação e...


Medina Carreira precisa de mudar de discurso

The Death Cross Of American Business
Submitted by Tyler Durden on 05/06/2014 17:44 -0400 | ZeroHedge

So much for the recovery... As WaPo reports, the American economy is less entrepreneurial now than at any point in the last three decades. A rather damning new Brookings Institution report shows that US businesses are being destroyed faster than they're being created. As the authors of the report ominously explain: If the decline persists, "it implies a continuation of slow growth for the indefinite future," as new business creation has been cut in half since 1978.

O suicídio da capitalismo americano não vai ser bonito de ver.
Desde 2008 que mais empresas morrem por ano do que aquelas que nascem. Ou seja, depressão económica inevitável.

O Medina Carreira deveria começar a olhar para as estatísticas de outros países, e depois tentar perceber o que se passa, coisa que ainda não consegue, de todo!

Mas eu explico-lhe numa frase: sem petróleo barato, que acabou de vez, o crescimento capitalista acelerado e anormal dos últimos 120 anos (i.e. acima dos 2-3%) morreu. O que vimos de 1996 para cá foram bolhas financeiras e endividamento desenfreado desenhados com o único propósito de esconder e atrasar o inevitável, i.e. a chegada de uma nova era de equilíbrio macro-económico, precedida embora por um período de colapso, depressão e deflação, que irá desgraçar todos os indivíduos, empresas, especuladores e estados sobre-endividados.



É aliás esta a explicação simples para o insucesso a que a 'esquerda' idiota que temos, a começar pelo PS do acólito Seguro, está inexoravelmente condenada. A 'esquerda' indígena, ou ganha juízo, ou vai pulverizar-se rapidamente, com possíveis erupções extremistas episódicas e sem qualquer hipótese de êxito, pela explicação sociológica dada em post anterior.

Recomendo a todos a leitura de The Great Wave, de David Hackett Fischer.

quarta-feira, abril 09, 2014

Que diz o PS? Nada, presumo...

Manuel Valls, novo PM francês

Menos Estado, mais economia e mais solidariedade. Simples, não é? Mas ouviram António José Seguro propor algo assim tão simples para Portugal? Eu não :(

França apresenta uma “verdadeira revolução” fiscal - Negócios, 09 Abril 2014, 14:17

“As linhas gerais do programa de reformas de Manuel Valls passam pelo corte de 30 mil milhões de euros em impostos sobre o trabalho e empresas até ao ano de 2016. Para a protecção das famílias mais carenciadas Valls anunciou a intenção de cortar 5 mil milhões de euros nos impostos aplicados a “famílias modestas”.

Outra das medidas, que passa pela necessidade de consolidação orçamental, prende-se com uma redução de 50 mil milhões de euros do orçamento do Estado até 2017. Esta redução far-se-á com cortes de 19 mil milhões de euros nos gastos da máquina do Estado, 10 mil milhões em despesas com a Saúde e 10 mil milhões nos gastos com os governos locais. Os restantes cortes não foram especificados.”

quarta-feira, março 26, 2014

Seguro avisa que quem não votar é "cúmplice do Governo"

A chantagem da corja 'socialista' 

Eu digo: não votar é a única atitude decente, até que o regime mude


O secretário-geral do PS disse hoje que quem não votar nas eleições Europeias de maio será "cúmplice da política do Governo", acusando os candidatos do PSD/CDS-PP de pretenderem apoiar as políticas da ´troika' no Parlamento Europeu.

Não votar é a única maneira legal que temos para forçar uma diminuição do dinheiro dos contribuintes que vai parar ao financiamento dos partidos sentados na Assembleia (+MRPP).

O financiamento dos partidos resulta de uma fórmula de cálculo que parte do número de votos entrados nas urnas, independentemente da sua natureza e inclinação. Todos os votos, brancos, nulos ou nos partidos concorrentes, valem para dar dinheiro aos partidos que conduziram Portugal, pela terceira vez em menos de 40 anos, silenciosamente ou com fanfarra populista, à bancarrota.

Estamos a caminho do FASCISMO FISCAL, cortesia da irresponsável corja partidária aninhada no Orçamento de Estado há quase quatro décadas.

Antes de imporem mais sacrifícios, reduza-se para 100 o número de deputados da AR, cuja laboração é paupérrima e está minada até à medula pela corrupção dos lóbis que por lá fazem o seu 'trabalho' clandestino. Não é só um sinal que se envia à democracia, é também um problema de racionalização e limpeza de um órgão de soberania infestado pela indigência, pela incompetência, pela leviandade (o que eles se riem!) e pela corrupção.

Antes de imporem mais sacrifícios ao país, concentrem as autarquias. Há 37 câmaras municipais nas cidades-região de Lisboa e Porto que poderiam ser bem geridas por apenas DOIS GOVERNOS METROPOLITANOS, onde cada um dos municípios atuais teria a sua representação através de uma única ASSEMBLEIA METROPOLITANA eleita por todos os munícipes, de 5 em 5 anos. Não se trata de acabar com os municípios, mas de alterar radicalmente a forma democrática de os governar.

Antes de imporem mais miséria material e moral ao país, faça-se a reforma do Estado, retirando do seu corpo obeso e arrogante tudo o que dele não deve fazer parte, ou porque ainda é herança indecorosa do Salazarismo, ou porque lá foi posto apenas para angariar votos e apoio aos aparelhos partidários, ou porque a nossa economia não é capaz de suportar sem se endividar de forma criminosa.

Antes de empurrarem Portugal para uma situação de pré-guerra civil, estimulando outra vez sonhos ditatoriais, ponham as corporações profissionais e sindicais, a corja das PPP, os bancos e os oligopólios na ordem, acabando-lhes com privilégios inaceitáveis, e introduzindo transparência total relativamente às suas relações com o Estado.

Enquanto não forem dados passos neste sentido, a gangrena continuará a alastrar com tudo o que tal significará para a sobrevivência do regime democrático.

Não é com manifestos idiotas de economistas indígenas ou estrangeiros, que não previram nada, nem aconselharam nada, antes de o Suprime rebentar debaixo da sua farisaica hipocrisia, que resolvemos os nossos problemas.

Noticias ao Minuto - Seguro avisa que quem não votar é "cúmplice do Governo"

segunda-feira, março 24, 2014

Quem é António José Seguro?

Parem os cortes de dois milhões previstos para depois das eleições europeias, clama Seguro


E que solução propõe o secretário-geral do PS? Reduzir o estado obeso a uma dimensão justa e comportável? Diminuir as rendas excessivas da Mota-Engil, EDP e quejandos? Parar o assalto fiscal ao trabalho e à economia? Punir os bancos e os corruptos? Não, nada disto. Quem é António José Seguro? Ninguém!

As palavras deste Tozé Ninguém
O secretário-geral do PS, António José Seguro,
disse este sábado que o Governo tem uma "agenda escondida de cortes" na
ordem dos "dois mil milhões de euros", acreditando que esta será
aplicada após as eleições europeias.
"Nós queremos parar com os cortes, que
já deviam ter parado há muito tempo, e iniciar a recuperação dos
salários e das pensões portugueses. Ao invés, o Governo não pára de
cortar e tem uma agenda escondida de cortes de cerca de dois mil milhões
de euros que se prepara para aplicar após as eleições europeias", disse
o secretário-geral do PS.

Seguro: “Governo tem uma agenda de cortes escondida de dois mil milhões de euros” - Política - Jornal de Negócios

segunda-feira, fevereiro 03, 2014

Os filhos de Sócrates | iOnline

Seguro, não te preocupes com o Pinóquio!

Para esquecer o Pinóquio que arruinou o país, a Seguro bastará deixar o governo, o PSD e o CDS exporem o estendal de irresponsabilidade, corrupção e crimes da era Sócrates, reafirmando apenas que para o PS, de que o país voltará a precisar em breve (pois a deserção das alternativas é cada vez mais evidente), a democracia terá que garantir ao mesmo tempo sustentabilidade nas finanças públicas e solidariedade social, transparência e tolerância zero face a corrupção, e uma fiscalidade amiga da economia e do emprego.

Para afastar Seguro, os socratinos teriam que fazer uma autocrítica sincera e em fila indiana dos erros e patifarias cometidos, o que só acontecerá quando os porcos voarem!

Quanto ao Bloco desmiolado de professores e aparentados capitaneados pelo trotskysta Louçã e pelo maoista Fazenda, aconteceu-lhe o que há muito previ e anunciei. Morreram politicamente de morte politicamente natural.

PS: Pinóquio Sócrates Pinto de Sousa treina-se diante do espelho antes de qualquer aparição pública. O gaiato Galamba treina-se vendo o guru das Beiras no Youtube.

O PS precisa de uma definição: ou esquece o ex-PM ou afasta Seguro. 

Os filhos de Sócrates | iOnline

sábado, fevereiro 01, 2014

Seguro sob novo aviso interno lança farpas aos "últimos quatro governos" - RTP

Até que enfim: Seguro percebe finalmente que ou deixa cair a corja socratina ou não terá PS para ganhar eleições nos próximos 500 anos!
António José Seguro: “Os últimos quatro governos prometeram todos que não aumentavam impostos e, quando chegaram ao governo, aumentaram esses impostos”, assinalou.

João Galamba (escuteiro de José Sócrates): “No início, o PS fez uma escolha estratégica na qual não me revejo que foi dar por perdido o debate na opinião pública sobre os méritos ou deméritos da governação de José Sócrates”, considerou João Galamba, para então estimar que “o PS perdeu a sua capacidade de afirmação política no curto e no longo prazo ao escolher não combater a narrativa da direita”.

Seguro sob novo aviso interno lança farpas aos "últimos quatro governos" - Política - Notícias - RTP:

O líder do PS renovou na última noite as suas críticas ao incumprimento de promessas eleitorais no capítulo dos impostos, mas estendeu-as aos “últimos quatro governos”, do Executivo de Durão Barroso ao de Pedro Passos Coelho, sem pôr José Sócrates a salvo. Defendendo “um Estado transparente”, António José Seguro afiançou mesmo estar preparado para assinar “por baixo” de “todas as promessas” que faz. Uma postura que pode esbarrar em avaliações como a de João Galamba. Em entrevista à rádio TSF e ao portal Dinheiro Vivo, o deputado socialista avisa que há muito a fazer para que o maior partido da oposição se torne “uma verdadeira alternativa”.