sexta-feira, fevereiro 28, 2014

Dívida da EDP dispara em yuans

Especulação com moeda chinesa ameaçada pelo Banco Central da RPC


Desvalorização agressiva da moeda chinesa trava especulação cambial, mas faz disparar a colossal dívida da EDP quando convertida em yuans.


Yuan Turns Worst Emerging Carry Trade on PBOC’s Actions
Feb 27, 2014 9:05 AM GMT+0000

The yuan has gone from being the most attractive carry trade bet in emerging markets to the worst in the space of two months as central bank efforts to weaken the currency cause volatility to surge.
[...]
The trades involve borrowing funds in a nation with low interest rates to purchase higher-yielding assets elsewhere.

China Currency Plunges Most In Over 5 Years, Biggest Weekly Loss Ever: Yuan Carry Traders Crushed
Submitted by Tyler Durden on 02/27/2014 23:18 -0500, ZeroHedge.

...What is more notable is that the move, while certainly intending to shake out the carry traders bent on riding the USDCNY ever lower, is starting to appear borderline erratic. As a reminder, and as we posted yesterday before the FT picked up the story earlier today, there is a lot of pain in store for those betting on a stronger Yuan, because while the move may not seem dramatic (by USDTRY standards), the reality is that the carry trade positions have massive leverage associated with them, with the pain level on $500 billion in existing carry trades beginning to manifest once the Yuan enters the 6.15-6.20 gap and becomes acute once the European Knock-In zone of 6.20 is crossed (see first chart below) and rising exponentially from there. In fact as we explained, should the renminbi break past 6.20 per dollar, which it is very close to right now, banks would be forced to call in collateral, accelerating the Yuan plunge, at which point the drop would become self-sustaining. The pain from that point on is around US$4.8 billion in total losses for every 0.1 above the average EKI.

Afinal de contas, mesmo com rendas excessivas, a verdade é que a crise económica e financeira em curso e as suas graves repercussões num país de piratas e desmiolado como Portugal, que se traduzem numa dívida pública, empresarial e doméstica insustentável, e na consequente quebra de rendimentos e consumo a partir do momento em que os credores impõem a repressão orçamental e fiscal aos devedores, está a contribuir para o rápido colapso da própria bolha energética especulativa em que a empresa dirigida pelo cabotino Mexia se meteu e meteu o país — com a colaboração de uma vasta simbiose de indigentes políticos e de banqueiros corruptos e ignorantes.

Negócio da China na EDP
27 Fevereiro 2014, 19:10 por Agostinho Pereira de Miranda - Jornal de Negócios.

...se a Galp, o BES ou uma qualquer outra empresa portuguesa quiserem investir no setor energético chinês não podem esperar as garantias legais que a CTG tem na EDP. Daí a pergunta: como foi possível à empresa chinesa ter conseguido fazer o investimento na EDP através de uma "shelf company" sediada no Luxemburgo? A Parpública, o ministério das Finanças e os seus consultores perceberam o que Portugal ia perder com esse artifício jurídico? Fizeram alguma coisa para o contrariar? Parece que alguém estava a dormir aos comandos desta operação de venda.

A China terá conseguido blindar a sua posição de quase-monopólio no fornecimento de energia elétrica em Portugal quando comprou a posição dominante na EDP com a colaboração dos testas de ferro do Bloco Central encarregados do chorudo negócio. Mas de nada lhe valerá se, por um lado, o yuan continuar a cair, e se, por outro, como já está a acontecer, os portugueses deixarem de consumir, deixarem de pagar as contas, e regressarem às candeias de azeite e de petróleo, bem como à queima de pinheiros e eucaliptos, já não para falar da produção de energia off-the-grid!

Na realidade, Mexia, Sócrates e Manuel Pinho (o dos chifres) caíram ou quiseram cair na armadilha montada pela Goldman Sachs quando esta impingiu à EDP as ventoinhas da Horizon Wind Energy, em 2007, por 2,15 mil milhões de dólares. Quem financiou a operação? Que gabinetes de advogados indígenas estiveram metidos na operação? Onde estavam os deputados e os economistas da tugalândia? Quem transporta desde então uma dívida e um serviço de dívida que não param de crescer? A Goldman Sachs sabia que os subsídios à energia eólica iriam acabar, e acabaram nos Estados Unidos em janeiro de 2014! O argumento das cláusulas contratuais já se evaporou na América. Que veio o senhor Sr. Cao Guangjing, do Comité Central do PC Chinês, fazer a Portugal? Protestar? Exigir? Mas como e porquê se a cratera cresce sobretudo na América, e não certamente em Portugal? Pretenderá o senhor Cao enganar o seu governo? É que a nós, portugueses, não engana!

US suspends wind power subsidies, for now
By Ivan Couronne (AFP) – Jan 15, 2014 

Washington — Historic subsidies propping up US wind energy ended on January 1 and Congress refused to renew them, despite supporters arguing that the aid has made renewable power cheaper than coal.

The United States has subsidized wind-sourced electricity since 1992 to promotes the use of green energy and crack America's dependence on the fossil fuels blamed for climate change.
Last year, billions of dollars in wind production tax credits, or PTCs, amounted to some 2.3 cents per kilowatt hour for an industry that has struggled to compete against oil and gas.

But winds of change are blowing. The repeatedly renewed credits expired at the end of 2013, along with many other renewable energy benefits.

Wind energy is now an industry that can "stand on its own," argued Senator Lamar Alexander and other anti-tax-credit lawmakers last month.

Deixo um conselho à EDP e ao senhor Cao Guangjing das Três Gargantas, e membro do PC Chinês: parem imediatamente as obras das barragens do Sabor e do Tua, engulam o prejuízo, e não se fala mais nisso. A alternativa sair-vos-à muito mais cara. Façam bem as contas!

terça-feira, fevereiro 25, 2014

China Starts To Make A Power Move Against The U.S. Dollar

A Chimerica (acrónimo criado por Niall Ferguson) tem os dias contados, na medida em que o pequeno veneno virtuoso da simbiose oportunista entre ambos os países atingiu já uma volume que tende a ser letal para ambos...

A China começou a comprar ouro em doses maciças, fabrica bitcoins em Hong Kong, estabelece acordos bilaterais em yuans por toda a parte e, last but not least, começou a desfazer-se do Evereste de papel higiénico verde que os americanos lá foram despejando ao longo dos últimos vinte anos.

A turbulência ao longo deste ano vai dar indicações preciosas sobre o próximo Tratado de Tordesilhas (2.0) em preparação....

China Starts To Make A Power Move Against The U.S. Dollar

segunda-feira, fevereiro 24, 2014

A tatuagem da crise

Imagem enviada para a web por uma fã de tatuagens.

Declínio económico, envelhecimento demográfico, tatuagens e obesidade

The number of women with tattoos quadrupled between 1960 and 1980. While no one listed in People magazine’s 1980 “Who is the most beautiful woman?” survey had a tattoo, seven of the ten women listed by the international men’s monthly FHM as “sexiest women in the world” in 2008 did.

[...] Among American adults between twenty-four and seventy, the percentage of those who are overweight jumped from 44.8 percent in 1960 to 66 percent in 2004, with those being obese increasing from 13.3 percent to 32.1 percent during the same period. By 2012, 35.7 percent of US adults and 10.9 percent of children qualified as obese.

[...] ... obesity is a consequence of a lifestyle while tattoos are an advertisement of it, but the phenomenon at heart is the same.

—Brandon Adams, Setting Sun, the end of U.S. economic dominance
© 2013 Brandon Adams
Em 2010 a taxa de poupança da China, segundo o EconStats (FMI), era de 52,89%, nesse mesmo ano a taxa bruta de poupança da Alemanha era de 23,72%, a da Espanha, 18,7%, a dos Estados Unidos andava nos 12,53%, a do Reino Unido, pelos 12,06%, e a de Portugal, que em 1980 era de 31,01% caiu para 19,81% em 1999, ano da entrada no euro, e para 9,945% em 2010, tendo começado a recuperar apenas em 2011, encontrando-se em 2013, segundo o IGCP (Sol), nos 13,6%, depois de toda a recessão e desvalorização fiscal sofridas.

Estes números são uma radiografia da nossa situação e, em geral, da situação dos chamados países desenvolvidos do Ocidente quando comparados com a China. Esta, não só cresce a mais de 7% ao ano, não só tem uma balança comercial e de pagamentos excedentária, não só acumula reservas cambiais e de ouro a um ritmo sem paralelo no resto do planeta, como a sua dívida pública atingiu um pico de 33,54% do PIB em 2010, tendo começado a descer desde então. Qual é a principal explicação para este fenómeno?

Segundo Brandon Adams a grande vantagem da China sobre o resto da concorrência é a sua aposta num gigantesco, e aparentemente inesgotável, fundo (soberano) de poupança para acudir a contingências futuras.
China's human rights record and its failure to provide income or health care support is not just a moral issue; it's a political stability issue. Op. cit., p.55.
Vale a pena ler o livrinho deste académico de Harvard. São 115 páginas de pura fruta, com o estímulo de entrar também no terreno sempre espinhoso das causas culturais do colapso orçamental em curso, quer do American way of life, quer, em geral, das sociedades viciadas na proteção social, no consumo, no espetáculo, nos empregos faz de conta (nomeadamente de boa parte das burocracias), na formação sem fim, e no ócio. O Capitalismo industrial, urbano e financeiro produziu um ser inconsciente, desamparado, sem qualidades, viciado na gratificação imediata dos desejos, egoísta, sem saber que há um nexo causal e filosófico na grande tapeçaria que a vida tece há milhares de milhões de anos, raramente solidário, aturdido.

A civilização moderna é uma civilização recente e acelerada, que precisa de liberdade e de alguma democracia para funcionar, mas que depende, como do pão para a boca, de tecnologia, dum sistema financeiro sofisticado, de energia barata, e de recursos naturais abundantes associados à crescente sobre exploração do trabalho humano. As liberdades estão a recuar no Ocidente e já não chegarão a impregnar as culturas das suas antigas colónias. A democracia moderna, racional e humanista, que só existia na América do norte e na Europa ocidental, entrou em declínio e tem vindo a ser substituída por uma espécie de super estado sombra que, na realidade, manda nas democracias, incluindo a suíça! A tecnologia, apesar da propaganda, começou a desacelerar o ritmo das invenções úteis. O sistema financeiro especulativo estourou e será provavelmente substituído por algo diferente nos próximos anos. Energia barata e recursos abundantes foi chão que deu uvas. E quanto à sobre exploração de quem até agora nos tem plantado o café e as bananas, colhido o algodão e o linho, ou fabricado quase tudo o que levamos vestido, nos pés, e pendurado, já para não mencionar o computador e o rato que estou neste momento a usar, ou os maravilhosos smartphones a que milhões de pessoas se agarraram como lapas, sem se perceber muito bem porquê, ou para quê, está também por um fio. Quem quer trabalhar, se puder não trabalhar, ou trabalhar menos, ou viver de subsídios e da segurança social ou, pelo contrário, chegar à conclusão que, afinal, a exploração asiática, que já desembarcou nos Estados Unidos e na Europa, mata e não traz qualquer felicidade?

A procura agregada supera a oferta agregada, e numa sociedade onde abunda a informação, quem é escravizado pelo trabalho, seja nas maquiladoras mexicanas, ou nos escritórios financeiros da City londrina, tende a pensar se, ou até que ponto, valerá a pena continuar. Numa sociedade filosoficamente sem futuro, apenas contam o dia de hoje, as pipocas e a Coca Cola antes de mais um filme, a próxima sessão de tatuagem...

A procura empurra os preços para cima, mas o aumento paulatino dos preços da energia e das matérias primas —que exigem cada vez mais trabalho e investimento para serem conseguidos— a par da desvalorização do trabalho humano, por compensação negativa da subida dos restantes fatores de produção (em que também entram cada vez mais criticamente os custos fiscais, legais e de segurança das operações), acaba por induzir um abrandamento da procura e a subsequente acumulação ruinosa dos stocks, das matérias primas e dos produtos transformados ou semi-transformados, levando à ruína milhões de empresas, a mais desemprego, a maior pressão sobre os salários, a menor poder de compra per capita e, por fim, a uma menor diversidade e qualidade dos produtos lançados no comércio mundial.

Este pára-arranca é um círculo vicioso destrutivo, do qual decorre uma pressão suplementar e brutal sobre os orçamentos públicos das sociedades dotadas de fortes mecanismos de segurança social.

É por esta falta de competitividade aparentemente sem saída airosa que as dívidas públicas, quer nos Estados Unidos, quer na Europa, e noutras partes do mundo, continuam fora de controlo.

Cyniconomics — “Reviving the ‘Real World’ Scenario That’s Disappeared from Government Reports”

A dívida pública americana em 2013 não foi de 72% do PIB como rezam os documentos do Congresso, mas andou perto dos 101%. Por sua vez, a projeção fiável para daqui a 10 anos (2024) também não são 79%, nem 92% do PIB, mas 133%. Resta saber quem irá financiar tamanho buraco negro.

Começamos a perceber agora claramente que os PIIGS têm sido afinal uma espécie de laboratórios onde se têm vindo a realizar experiências financeiras, sociais e políticas, simulando as grandes tempestades que se vislumbram no horizonte.

Brandon Adams sobre a insustentável dívida pública americana, a que se somam não menos gigantescas dívidas domésticas e empresariaias, é taxativo:
For Peter Warburton, there are only “four resolutions to unmanageable debt.” These are: clemency, or to beg forgiveness; bankrupcy, to default on one’s obligations; paternalism/socialism, finding a benefactor, who will carry the debt for you; and, finally, inflation/debauchery/theft, the debasement the currency in which the debt is measured. It’s often better for all parties except the lender to find a resolution to the debt. Op. cit., p. 107, 108.
E vaticina uma solução, a qual levará décadas a desenrolar-se: pagamento parcial da dívida, acompanhado de um perdão parcial, de uma bancarrota parcial, de um fiador que leve parte da dívida às costas, e, por fim, de uma desvalorização da moeda em que está subscrita a dívida. O que parece fora de causa é mesmo o pagamento integral e com juros da dívida!

Será possível corrigir a tragédia resultante de décadas de incontinência orçamental, egoísmo democrático e corrupção, através de uma espécie de Jubileu mitigado das impagáveis dívidas soberanas europeias e americana? Será possível fazê-lo sem uma reestruturação que penalize os credores? Há quem diga que sim, e proponha soluções. O plano PADRE é um deles, e aponta para o papel decisivo do BCE na acomodação/reestruturação das dívidas públicas europeias que jamais serão integralmente pagas se seguirmos apenas os procedimentos até agora utilizados.

E sobre os efeitos potencialmente perniciosos do alívio causado pelo PADRE junto dos pecadores da dívida, a proposta previu uma cavilha de segurança:
Then comes the crucial issue of moral hazard. If debt restructuring can be painless, will that not become an incentive for governments to accumulate again and again unsustainable public debts? Moral hazard can be contained, indeed eliminated, if implementation is subject to some conditions. The first condition is a tight and precise covenant. The PADRE plan specifies that, should a country accumulate debt again, the ECB is obligated to swap the zero-interest national perpetuities back into interest-yielding bonds. Such an action, which is bound to trigger strong market reactions, should deter governments from sliding again into fiscal indiscipline.

The PADRE plan: Politically Acceptable Debt Restructuring in the Eurozone
Pierre Pâris, Charles Wyplosz, 28 January 2014 | Vox

Portugal tem um sério problema pela frente, atingida que foi a fadiga fiscal do país: ou redefine rapidamente as funções do estado, retirando-o de tudo o que não for essencial proteger em sede dos direitos, liberdades e garantias fundamentais das pessoas e das atividades económicas e culturais, levando a cabo uma revisão profunda da Constituição; ou limita drasticamente o peso dos setores neo-corporativos e rentistas aninhados no Orçamento de Estado e alapados nas secretarias do poder; ou reduz claramente a burocracia e o peso dos partidos na sociedade, ou sofreremos todos a breve trecho uma surpresa terrível quando todos percebermos que não há sequer dinheiro para pagar os juros da imparável dívida pública e privada em que deixámos cair o país.

Vamos assistir a um longo período de ajustamento das economias, finanças e regimes constitucionais de um número indeterminado de países, com resgates e reestruturações inevitáveis das dívidas públicas e privadas. Com crescimentos negativos em tantos países, com um crescimento mundial que dificilmente superará de modo consistente os 3% (apesar da dança de gráficos do FMI), a alternativa à paciente e negociada reestruturação e perdão parcial das dívidas dos países é o seu colapso violento, de que as tragédias grega, islandesa, cipriota ou ucraniana são claras demonstrações.

Mandado de captura contra Ianukovich por "homicídio em massa" - PÚBLICO






Segunda Guerra Fria no horizonte?


A teoria de que a situação na Ucrânia é mais uma vez resultado da conspiração americana não pega. A chantagem energética de Putin sobre a Europa usando a Ucrânia como pião das nicas é a verdadeira origem da micro guerra civil que se desenrolou na Praça da Independência de Kiev. A rejeição do acordo de parceria entre a Ucrânia e a UE, obviamente ditada por Putin, foi a provocação que deu no desastre que ameaça transformar a Ucrânia num estado dividido ao meio, reiniciando deste modo uma guerra fria entre a Rússia e a Europa. É certo que aos Estados Unidos e à Inglaterra uma nova guerra fria lhes viria mesmo a calhar, na medida em que de uma só cajadada travariam o novo ascenso da Alemanha e as aspirações imperiais da China. Esperemos que Putin meça bem o seu próximo passo diplomático, para além de enviar mais navios de guerra e submarinos invisíveis para o Mediterrâneo. Os rendimentos do petróleo e do gás natural não chegam para alimentar uma nova corrida aos armamentos sem reconduzir a Rússia para uma nova rampa inclinada em direção à miséria e ao despotismo mais violento.

Mandado de captura contra Ianukovich por "homicídio em massa" - PÚBLICO
Snipers em ação contra os manifestantes em Kiev - Euronews.

domingo, fevereiro 23, 2014

Mais portugueses!

À entrada do congresso do PSD. Foto: Jornal de Negócios


O primeiro crescimento que temos que cuidar é o crescimento demográfico


A preocupação com a natalidade é tardia, mas mais vale tarde que nunca.

Que vamos a caminho de reduzir a população portuguesa para os níveis da Catalunha é algo que vem em todas as previsões demográficas. Que é possível mitigar o desastre combinado do envelhecimento e simultânea perda de população, é. Mas temos que agir com clareza, determinação e sem mais demora.

Algumas ideias simples:
  1. abertura de uma conta de obrigações de dívida pública em nome de cada nova pessoa nascida em Portugal a partir de dezembro de 2014, no valor de 2000 euros, com rendimento garantido de 3 a 4%, e senioridade perante qualquer hipotética reestruturação da dívida. Estes dois mil euros seriam divididos em títulos a 10 e 20 anos, resgatáveis a favor exclusivo dos seus titulares.
  2. atribuição de um abono de família equivalente a metade do chamado rendimento de inserção social por cada um dos três primeiros filhos biológicos do agregado familiar.
  3. isenção total de taxas moderadoras na prestação de cuidados de saúde até aos 14 anos.
  4. escolaridade obrigatória totalmente gratuita, incluindo todos os manuais escolares, que deverão ser digitalizados, acessíveis online, e produzidos segundo economias tecnológicas e de escala favoráveis à sua atualização permanente e baixo custo de produção.
  5. favorecer a formação profissional e académica superior privilegiando um amplo e rigoroso sistema de bolsas atribuíveis apenas em função do mérito dos candidatos.

Esta medidas devem ser aplicadas independentemente dos níveis de rendimento dos agregados familiares, e devem abranger apenas os primeiros três descendentes de cada agregado familiar.

Esperemos que as palavras de Pedro Passos Coelho não tenham saído da sua boca como mera propaganda eleitoralista.


POST SCRIPTUM

A notícia que entretanto veio nos jornais
Incentivo a natalidade proposto por Passos Coelho exige mais emprego e mudanças na lei laboral — Público, 23/02/2014 - 23:14.

Não se conhecem ainda os pormenores, mas o anúncio de Pedro Passo Coelho, neste domingo, no congresso do PSD, mostrou-se ambicioso quanto baste: criar uma comissão multidisciplinar, chefiada por Joaquim Azevedo, da Universidade Católica, para, em três meses, preparar um plano de acção na área da natalidade
Última atualização: 24/2/2014 12:38 WET

Francisco Assis é cabeça de lista do PS às europeias - Expresso.pt

Francisco Assis, candidato 'socialista' às Europeias

O diálogo entre gerações é fundamental


Assis pelo PS no parlamento europeu é uma boa escolha, tal como Rangel continua a ser uma boa aposta de Passos Coelho. A velha guarda tem que dar lugar aos mais novos, e estes serão naturalmente responsáveis pelo difícil equilíbrio entre os baby boomers que já não terão as reformas que esperavam, e as gerações seguintes. É fundamental conseguir equilíbrio, justiça relativa, e estratégias acertadas na dolorosa travessia da dívida total do país, que nos espera por mais duas décadas, pelo menos.

O lugar da presidência da república deverá ser reservado, por esta mesma necessidade de equilíbrio, a candidatos naturais como António Guterres ou Rui Rio. O comentador Marcelo está muito bem assim, como provocador oficial da corte.

Francisco Assis é cabeça de lista do PS às europeias - Expresso.pt

sábado, fevereiro 22, 2014

Este país não é para velhos, nem para mulheres?

Economist — contador da dívida pública global


O congresso do PSD e a tensão no interior do PS mostram um conflito de gerações inevitável, e revelam as direções partidárias como covis de machos incompetentes

Os órgãos nacionais do PSD – a mesa do congresso, a presidência e as vice-presidências – não incluem qualquer mulher. A comissão política nacional conta apenas com quatro mulheres (24%). No conselho de jurisdição nacional aparecem apenas duas mulheres (22%). E o caso mais chocante é o do conselho nacional, que entre os seus 74 membros acolhe apenas oito mulheres (11%).

O congresso do PSD e as mulheres - PÚBLICO

Na verdade, as mulheres estão a ocupar os nós decisivos da sociedade. Basta pensar na atual ministra das finanças. Aos machos incompetentes resta-lhes um refúgio chamado órgãos dirigentes dessas coisas decadentes a que chamam partidos políticos. Por sua vez, no interior destes cadáveres adiados já não se passa nada de importante a não ser duas coisas tristes: a expulsão dos velhos que pretendem continuar a ser bem remunerados com os impostos pagos pelos jovens ativos, e que por isso lutam desesperadamente para manter algum poder partidário; e o contínuo assalto partidário à poupança nacional, que no caso vertente já é também um saque canino à dívida pública, cujo pagamento e encargos endossam à passividade dos contribuintes em geral e às gerações futuras.

Não vejo grandes saídas nesta encruzilhada que não passem por uma metamorfose dolorosa do sistema. A tensão vai continuar, mas é preciso negociar, defendendo princípios e cooperando ao mesmo tempo.

A velha guarda dos partidos e a nomenclatura do regime não perceberam a tempo, ou ainda não perceberam verdadeiramente o alcance da crise sistémica que estamos a viver.

Acabei de ler um livrinho de um jovem professor de Harvard chamado Brandon Adams. A prosa de Setting Sun, ao longo de apenas 115 páginas de escrita corrida, é límpida como a água, mas tem a energia dum maremoto anunciado. Reparem nesta frase aterradora sobre o welfare state americano:
“The extent of the total unfunded liabilities in Social Security, Medicare, and Medicaid is somewhere around $45.9 trillion.” — Brandon Adams, Setting Sun (2013).
Na realidade, esta estimativa peca por defeito, pois não incorpora ainda o aumento estimado da esperança de vida nos EUA, a qual deverá chegar aos 85 anos em 2030. Ou seja, temos uma situação de endividamento global galopante que se traduz numa despesa orçamental que só nos Estados Unidos já equivale a mais de metade do PIB mundial. E temos ainda um buraco negro global formado por derivados financeiros especulativos (Swaps, CDO, CDS, etc.) cujo valor nocional supera em 10x o PIB mundial.

Não admira, assim, que as explosões sociais, os colapsos financeiros de países inteiros, e gravíssimas crises políticas, constitucionais e de regime proliferam em todos os continentes.

Não estamos a assistir ao fim do 'estado social ', mas a um ajustamento violento do mesmo, atingindo naturalmente a geração dos chamados 'baby boomers', e todas as que se lhe sucedem. Em Portugal, este ajustamento violento começou quando Manuela Ferreira Leite era ministra das finanças, acelerou durante o consulado de José Sócrates, continua forte e feio no governo laranja de Pedro Passos Coelho, e prosseguirá quando António José Seguro for primeiro ministro.

Os velhos barões cor-de-laranja e cor-de-rosa têm reagido sem ponderação, movidos apenas pelo egoísmo geracional, contra a nova geração do poder. Erro de palmatória, como o congresso em curso do PSD veio claramente mostrar.

No que toca à sub-representação partidária das mulheres nos órgãos partidários laranja, o problema será, no entanto, outro. Há centros de poder muito mais importantes que os diretórios partidários. É verdade hoje, sê-lo-à ainda mais no futuro.

Última atualização: 22/2/2014 15:34 WET

sexta-feira, fevereiro 21, 2014

Metamorfose dolorosa


O problema já não é de 'esquerda', nem de 'direita'


Os gráficos não são muito diferentes nos EUA e na Europa.

O crescimento pseudo-keynesiano conduziu, a partir de meados da década de 1970, as duas zonas mais ricas do planeta à desindustrialização, à destruição da poupança, à criação de empregos virtuais e/ou improdutivos, e ao sobre endividamento.

As principais bolhas, imobiliária; automóvel; do acesso gratuito ou quase gratuito ao ensino público, à saúde e outros bens sociais, como os prolongados subsídios de desemprego, ou as pensões e as reformas sem capitalização suficiente; da expansão das burocracias, nomeadamente públicas; e da especulação financeira, servida por uma monumental inflação monetária, com criação de dinheiro a partir do nada, estão a rebentar uma a uma, deixando estes centros económicos e as periferias de que se alimentaram até agora em estado de choque.

O problema criado não tem sequer uma origem ideológica.

Liberais e sociais-democratas jogaram ambos a mesma carta da expansão monetária, do crédito barato e do crescimento da dívida privada e pública. As democracias populistas, com os seus grupos de pressão bem organizados e representados, não deixaram outra saída. Teria sido necessária muita imaginação para escrever o necessário texto de um novo contrato social à luz da globalização objetiva e à luz da chamada 'tragédia dos comuns' que resulta da escassez dos principais recursos energéticos e naturais que alimentaram a civilização industrial da abundância.

A procura agregada mundial, quer por efeito do crescimento demográfico, quer por efeito de uma redistribuição mais ampla e menos injusta das infraestruturas e dos bens de consumo entre países desenvolvidos e países sub ou menos desenvolvidos, já não pode ser satisfeita pela oferta agregada mundial. Se aumenta a pressão da procura sobre a oferta, os preços inevitavelmente sobem, a menos que haja almofadas financeiras a mascarar a realidade (endividamento). Porém, se os preços sobem —e quando os níveis de endividamento privado e público se tornam insustentáveis, os preços sobem mesmo—, os países entram imediatamente em processos de recessão. Em sentido amplo estamos, pois, num processo irreversível de empobrecimento que é e será inevitavelmente desigual e potencialmente explosivo.

Como temos visto desde os saques de Londres e da Primavera Árabe, às tragédias de África, da Líbia, no Egito, na Síria, na Tailândia, na Venezuela ou na Ucrânia, a revolução está na rua. Falta-lhe, porém, um manifesto ideológico internacional convincente. E a pergunta a fazer é esta: porque não aparece esse manifesto?

Porque é que a revolta que alastra pelo mundo não tem ideologia, nem rumo, nem redenção possível? A minha resposta é esta: porque a metamorfose social necessária vai custar ainda muito sangue, suor e lágrimas, e provavelmente implicará a destruição/implosão dos edifícios financeiros, burocráticos e constitucionais que nos habituámos a considerar indiscutíveis e eternos.

quinta-feira, fevereiro 20, 2014

oftwominds-Charles Hugh Smith: Banks Are Obsolete: The Entire Parasitic Sector Can Be Eliminated

Os bancos são desnecessários, e em breve todos perceberemos, a começar pelos banqueiros retardatários, que quem oferecer serviços financeiros transparentes, como hoje ocorre no setor da comunicação entre pessoas, comunidades e organizações, e o fizer à escala planetária dos Google, Facebook, Paypal, e-Bay, Kickstarter, etc., encostará paulatinamente os bancos tradicionais às boxes.

Em 1994 mostrei a Francisco Pinto Balsemão o que iria suceder à imprensa. Hoje, pela tecla inteligente de Charles Hugh Smith, fica o aviso sobre o fim dos bancos e dos banqueiros que conhecemos desde a Florença do século XV até à Wall Street de 2008.

oftwominds-Charles Hugh Smith: Banks Are Obsolete: The Entire Parasitic Sector Can Be Eliminated: Kickstarter

The Chinese Dominoes Are About To Fall: Complete List Of Upcoming Trust Defaults | Zero Hedge

File:China-Today oil reserves and demand-en.svg

China: a prosperidade infinita afinal é finita


Mais precisamente, começou com a descoberta/exploração das grandes reservas petrolíferas de Daqing, em 1960, mas 50 anos depois, a China tornou-se o segundo maior importador mundial de petróleo, o maior importador mundial de carvão e importa em massa muitas outras matérias primas. Ou seja, o seu crescimento passou a depender criticamente de países terceiros, não apenas enquanto importadores dos seus produtos transformados com custos laborais e sociais mínimos (1), mas também enquanto exportadores de recursos vitais que não tem, ou está a ver desaparecer a um ritmo galopante.

Para segurar uma população que começou a diminuir e a envelhecer sem qualquer rede social de proteção, para segurar uma população ativa urbana sujeita aos ciclos cada vez mais rápidos de expansões curtas e recessões longas, para continuar a crescer, em suma, a ritmos superiores a 4%, a China está já a transformar-se num enorme incómodo planetário. O choque com o Japão é iminente, um choque maior com a Índia, Vietname e Indonésia está claramente no horizonte, os atritos com a Rússia vão acabar por ocorrer à medida que os chineses entram pelo território siberiano abandonado pela declinante população russa, em suma, África e a América Latina acabarão por dar azo a disputas intestinas de recursos.

China? Um Panda com pés de barro.

The Chinese Dominoes Are About To Fall: Complete List Of Upcoming Trust Defaults | Zero Hedge


NOTAS
  1. China: salário mínimo mensal: 119 a 190 euros; salário médio: 357 euros.

Ucrânia: lembram-se de Tianamen?


Tragédia da Ucrânia é uma fabricação de Putin


Meu caro Vladimir Putin, és o principal responsável pela tragédia que se abateu sobre a Ucrânia. Julgava-te inteligente e sagaz. Afinal, não passas de mais um autocrata da longa linhagem de assassinos que impediram um país gigantesco de aceder à civilização. Empurras, de novo, a Rússia para a Idade das Trevas. Acontece, meu burro Putin, que o teu país está a morrer demograficamente. E assim sendo, só tens duas opções: sujeitar a Rússia à pesada pata do Panda de Pequim, que já pressiona a leste, ou abrir a tua fraca mente à Europa. Em breve saberemos, pelos piores motivos, para onde se inclinou a tua mente psicopata. Acreditei em ti quando em Mafra falaste de uma Europa de Lisboa até Vladivostoque. Não passou, pelos vistos, do sonho de uma noite de verão :(

A Europa hesita em reagir, mas deve reagir. Desde logo congelando os milhares de milhões de euros que tu e a maioria dos cleptocratas sob tua proteção, na Rússia e na Ucrânia, têm depositados nos bancos e paraísos fiscais europeus. É simples, e deve ser feito. O resto ficará a cargo do teu próprio povo quando este se fartar.

PS: como sempre, a esquerda fandanga indígena fica queda e muda perante a barbárie 'de esquerda', seja ela maoista, chavista, ou neo-estalinista. Percebe-se a lógica deste comportamento indigente. Para o marxismo oportunista, a rejeição da violência é um preconceito humanista burguês. No fundo,  para esta 'esauerda', a democracia é uma ilusão em que jamais axcreditaram, e que aceitam, incomodados, como um pequeno preço a pagar pelo paraíso comunista que um dia há-de chegar. A diferença para o paraíso dos bombista suicidas do Islão e que estes últimos, coitados, ainda acreditam que as virgens esperam por eles!

Rede de gasodutos que transporta gás natural da Rússia para a Europa

Ukraine – The Funding Begins – Gun Shots Starting in Kiev


Posted on February 20, 2014 by Martin Armstrong   

BOTH the USA and EU will now fund the rebels as Russia will fund Yanukovych. At the political level, Ukraine is the pawn on the chessboard. The propaganda war is East v West. However, those power plays are masking the core issue that began with the Orange Revolution – corruption. Yanukovych is a dictator who will NEVER leave office. It is simple as that. There will be no REAL elections again in Ukraine. This is starting to spiral down into a confrontation that the entire world cannot ignore.

[...]

BOTH the USA and EU will now fund the rebels as Russia will fund Yanukovych. At the political level, Ukraine is the pawn on the chessboard. The propaganda war is East v West. However, those power plays are masking the core issue that began with the Orange Revolution – corruption. Yanukovych is a dictator who will NEVER leave office. It is simple as that. There will be no REAL elections again in Ukraine. This is starting to spiral down into a confrontation that the entire world cannot ignore.

Medidas para garantir sustentabilidade do sector eléctrico “são insuficientes” - PÚBLICO

Por onde anda a famosa 'esquerda' indígena?


Se este governo indigente não consegue ser forte com os fortes, mas apenas forte com os fracos, não nos resta outra esperança que não seja apelar à Troika, a Bruxelas, ao BCE e à tia Merkel. Quem diria!
O relatório da Comissão Europeia relativo à décima avaliação do programa de ajustamento considera que as medidas anunciadas pelo Governo para reduzir a dívida tarifária até 2020 e garantir a sustentabilidade do sector eléctrico “são insuficientes”.
Ana Brito, Público, 20/02/2014 - 15:01

Medidas para garantir sustentabilidade do sector eléctrico “são insuficientes” - PÚBLICO

“Eu sou ministro da energia, não sou ministro das energias renováveis” - PÚBLICO

Um passo na direção certa


JORGE MOREIRA DA SILVA (ministro): “No que tem a ver com a micro-geração, avançaremos, nas próximas semanas, com o regime do auto-consumo, de modo a que cada um de nós possa, em nossa casa, produzir para consumo próprio electricidade e não estar apenas ao abrigo de um regime de venda desta electricidade à rede, como era o regime da micro-geração. Esta aposta vai não apenas fomentar a aposta nas energias renováveis, na medida em que será utilizada para auto-consumo, mas vai dinamizar a actividade económica dos pequenos e médios instaladores, do cluster do fotovoltaico.”

“Eu sou ministro da energia, não sou ministro das energias renováveis” - PÚBLICO

Voos baratos ameaçam rendeiros do regime

Imagem de lançamento dos voos Ryanair Lisboa-Porto, Porto-Lisboa: €19,99

Ryanair encurta preço/tempo entre Lisboa e Porto, com perdas evidentes para a TAP, CP e Brisa (foram avisados a tempo...)


Automóvel privado: +2h 45mn ; gasolina+portagens+seguros+impostos+automóvel: +95€

Sempre que vou ao Porto de carro, saindo de Carcavelos, gasto no trajeto principal de ida, 314Km, portagens incluídas, mais de 75 euros. Centenas de funcionários públicos e executivos de empresas públicas e privadas realizam semanalmente este percurso por razões de ordem profissional. O tempo perdido na deslocação automóvel para quem conduz é de, pelo menos, seis horas.

Alfa Pendular:  +2h 44mn ; +30€

Se a alternativa for o comboio pasteleiro a que chamam Alfa Pendular (que não pendula quase nada, nem corre à velocidade que em teoria pode, por causa de desatrosas decisões governamentais, nomeadamente do tempo Cravinho), as quase três horas e meia de viagem (Carcavelos-Cais do Sodré-Santa Apolónia-Campanhã) podem ser parcialmente aproveitadas para trabalhar, e o preço anda pelos 37 euros.

Ryanair: +1h 24mn ; 48€

A Ryanair oferecerá voos entre Lisboa e Porto, e vice-versa, na ordem dos 48 euros, sendo que a promoção de lançamento é de cerca de 20 euros apenas!

TAP: +1h 55mn ; 62€ a +150€

Ryanair vai voar Porto - Lisboa e Faro - Lisboa
Por Patrícia Carvalho, Carlos Cipriano, Raquel Almeida Correia
Público, 19.02.2014

Novas rotas domésticas estreiam em Abril. Ryanair lançou ainda três novas ligações internacionais ao Porto.

[...] De segunda a sexta-feira há um avião que sai do Porto em direcção à capital às 6h40, já a partir de 2 de Abril. Para deixar Lisboa em direcção a Norte, os passageiros têm voos às 7h55 (às segundas, quintas e sextas-feiras), às 8h (às quartas-feiras) e às 8h05 (às terças-feiras).

Horários que poderão afastar clientes da área de negócios, já que a escolha da Ryanair obrigará, necessariamente, à permanência de uma noite numa das cidades. Luis Férnandez-Mellado reconheceu essa limitação, mas salientou que este horário é “experimental”. “Quando começamos a voar para Faro também nos criticaram e disseram que não iríamos ter passageiros, e afinal correu bem”, disse.

CP realça "vantagens" do comboio face aos voos da Ryanair
Jornal de Negócios, 19 Fevereiro 2014, 16:03 por Alexandra Noronha

Empresa diz estar atenta ao "mercado da mobilidade", sem se referir directamente ao anúncio da Ryanair, que vai passar a ligar Porto, Lisboa e Faro.

A CP pode ser uma das principais prejudicadas pelas novas rotas da Ryanair, entre o Porto e Lisboa e Faro. Mas a empresa não está preocupada. Questionada pelo Negócios, fonte oficial da transportadora ferroviária disse apenas que a empresa está atenta a todo o "mercado da mobilidade" e realçou as vantagens do comboio onde não há "check-in", a estação é no centro das cidades e o limite de malas é mais flexível, entre outras coisas.

quarta-feira, fevereiro 19, 2014

Iberdrola chief ‘shocked’ by Davey’s political interference - FT.com

Rendas excessivas da EDP terão que baixar, a bem ou a mal.


Assim como aqui se escreveu que não haveria novo aeroporto na Ota, nem sequer em Alcochete, assim como aqui se disse que, mais cedo ou mais tarde, a prioridade dos investimentos públicos recairia nos portos de águas profundas e na criação de uma rede ferroviária de bitola europeia, também já dissemos e repetimos: as rendas leoninas da EDP irão necessariamente baixar, se não enquanto forem protegidas pelo traste de Belém, logo que o traste saia e comece a prestar contas sobre as ações do BPN e sobre a compra da sua casa no Algarve.

Eu se fosse o presidente Xí Jìnpíng, perguntaria ao presidente das Três Gargantas e membro do PCP Chinês, Cao Guangjing, o que se passa em Portugal, como pensa tapar o buraco financeiro de mais de 21 mil milhões de euros da EDP, e se não é altura de abandonar o prejuízo anunciado das novas barragens do Sócrates Pinto de Sousa. Há excesso de produção elétrica, o consumo continua a cair, e subsidiar as ventoinhas com a energia de barragens reforçadas e novas barragens, impondo preços de saque à economia que pretende sair da Unidade de Cuidados Intensivos, é um sonho húmido, e inviável.

O exemplo da intervenção política nos Estados Unidos nesta matºeria, em Espanha e agora também no Reino Unido, são mais do que suficientes para percebermos a tendência.

Será que o pacóvio do PS já leu ou ouviu alguma informação honesta sobre isto?

Iberdrola chief ‘shocked’ by Davey’s political interference

By Guy Chazan — FT, 19/02/2014

The head of Iberdrola, owner of Scottish Power, has sharply criticised the UK coalition government for “interfering” in the work of Ofgem, saying it was undermining the energy regulator’s independence.

Ignacio Sánchez Galán, chairman and chief executive of the Spanish utility, was speaking two weeks after Ed Davey, energy secretary, attacked the profits made by UK gas suppliers.

[...]

This month, the Spanish government cut disbursements for electricity distributors to help reduce a huge deficit in the energy system that built up in part as a result of generous subsidies to the renewables sector.

[...]

Iberdrola said it would progressively reduce its investment in Spain until the business climate improved. Like many European incumbents, it has offset headwinds at home by expanding abroad: it said that of the €9.6bn it intended to invest over the next three years, 41 per cent would be in the UK, nearly 23 per cent in Latin America and 17 per cent in the US.

[...]

Iberdrola reported net profit of €2.57bn for 2013, down 7 per cent on a year ago. It blamed the drop on the impact of fiscal measures and energy reform in Spain, adding that levies on the company increased by 33 per cent in 2013 to €1.577bn, of which €1bn were in Spain.

The company set a goal of reducing its debt by €1.8bn to €25bn by 2016 and cutting its gearing from 43 per cent to 40 per cent. It said it would divest €500m of assets over the three years.

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E mais:

FMI alivia pressão sobre custos laborais e aponta para rendas na energia e nos portos

Por Rui Peres Jorge — Jornal de Negócios, 19/02/2014
“Embora fosse possível fazer mais para melhorar o funcionamento do mercado de trabalho e as oportunidades de emprego, a redução de outros custo de produção talvez seja ainda mais importante”, analisa Subir Lall, num comentário no blogue do FMI que acompanha a publicação do relatório da 10ª avaliação, uma posição que confirma um alívio da pressão do Fundo sobre a reforma do mercado de trabalho e um maior enfoque nas rendas excessivas, nomeadamente na energia e nos portos.

Segundo o chefe de missão do FMI, “por um lado, os custos laborais representam apenas cerca de 30% dos custos operacionais”, e “além disso”, defende, “é importante garantir que o peso do ajustamento não recaia demasiado no trabalho e seja contrabalançado com ajustes em outras áreas”, pelo que sublinha a urgência de  “aumentar a concorrência e a reduzir as rendas no sector não transaccionável”.

Ler mais

E mais ainda:

Novas medidas para as rendas da energia serão discutidas nas próximas semanas

19 Fevereiro 2014, 12:34 por Miguel Prado, Jornal de Negócios.

A 11ª avaliação da troika a Portugal, que se inicia esta quinta-feira, irá debater “outras opções para equilibrar melhor” o ajustamento do sector eléctrico, por via da eliminação de rendas excessivas que ainda existem. A correcção das distorções no mercado de serviços de sistema, dominado pela EDP, é uma das matérias que o Governo terá de resolver nos próximos meses.

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terça-feira, fevereiro 18, 2014

Vergonha transgénica. Barroso, rua!

Governo português e PS coniventes com assalto americano à soberania alimentar europeia!


A invasão da Europa com OGMs tem o apoio dos lóbis financeiros da agro-indústria espanhola e o apoio tácito indigente do governo português. É preciso dizer NÃO aos transgénicos, pois o único objetivo de mais esta ofensiva americana (perdida a guerra contra o euro) é ocupar a terra arável da Europa e controlar a produção e distribuição dos alimentos e da água!!!

Pelos vistos, a Universidade de Évora já anda metida com transgénicos... da Monsanto!

E para o controlo da água industriaram os governos 'socialistas', fazendo passar na sonâmbula Assembleia da República o sinistro Programa Nacional de Barragens de Elevado Potencial Hidroelétrico, a par da criação da infame Águas de Portugal (empresa participada pela Parpública —81%— e pela Parcaixa—18%.





The Greens, other MEPs and environmental organisations were outraged by the Commission’s decision to move ahead and authorise the GMO maize crop Pioneer 1507, despite the opposition of 19 member states which voted against on Tuesday (11 February).

In a wave of reactions on Wednesday, Green MEPs poured scorn on the EU executive, calling its decision “a disdain for the democratic process”.

Daniel Cohn-Bendit, the co-president of the Greens group in Parliament, said in a statement: “if the Commission doggedly pursues the authorisation … we will launch a motion of censure in the European Parliament.”

Such a motion, which can be tabled by a minimum of 77 MEPs, could – after several steps – mount up to a resignation of the entire Barroso II commissioners team. According to the rules of procedure, at least one tenth of MEPs have to support the motion. If tabled, it is likely to make the agenda at the EP’s plenary session on 24-27 February.

A motion of censure requires approval by two-thirds of all 766 MEPs. An approval would also force the EU Commission to step down. This would be the first time in EU history: in 1999, the EU Commission led by Jacques Santer faced such a censure, but decided to resign before the motion was tabled.

Insiders in The Greens group described the threat as a “warning shot”, hoping the Commission would cave in and redraw its proposal. If not, they claim they will table the motion.

The Greens are also looking into legal action against the proposal, arguing that the EU executive changed its proposal before the Council vote, effectively sidestepping a second reading in the Parliament’s responsible committee.

Ler mais aqui.

segunda-feira, fevereiro 17, 2014

Inovar o consumo de energia

UK: dos velhos contadores com moedas aos cartões recarregáveis


Cartões recarregáveis para a eletricidade e gás, porque não?

Portugal com segunda maior queda da UE no consumo de energia entre 2006 e 2012

Não é novidade que Portugal apresenta uma tendência de queda no consumo de energia. O que é novo é que o país marcou a segunda maior redução, em termos relativos, no consumo energético em toda a União Europeia entre 2006 e 2012. Pior, só mesmo a Lituânia.

Jornal de Negócios, 17 fevereiro 2014, 11:48.

Mais uma razão para todos percebermos que a construção de novas barragens, tal como antes a construção de novos aeroportos e cidades aeroportuárias são meros embustes e esquemas ordinários para aldrabar as contas públicas (assim foi no tempo do execrável governo 'socialista' de José Sócrates), roubar os contribuintes e empobrecer os portugueses.
Governo grego fornece luz grátis para lutar contra os 'Robin dos Bosques'

O Governo grego pretende fornecer energia grátis às famílias incapazes de a pagar, numa medida de combate aos movimentos sociais que estabelecem ligações ilegais e que agora desconfiam da nova iniciativa do executivo.

Com o frio do inverno a aproximar-se e ao fim de seis anos de crise, os problemas de milhares de famílias gregas para fazer face à factura de electricidade tornaram-se mais prementes.

Em 2013, segundo dados da operadora grega de distribuição de electricidade HEDNO citados pela agência EFE, concretizaram-se 350.000 interrupções de abastecimento por falta de pagamento pelos clientes.

Sol, 14 dezembro 2013.
Esta é uma situação bem provável em Portugal se o Bloco Central da Corrupção não for obrigado a renegociar todas as PPP, incluindo as PPP das barragens, além de todos os contratos de concessão abusivamente desenhados, e se não acabarmos de vez com os penduras atrelados às faturas da energia: RTP, regiões autónomas e municípios.

Esta fatura anuncia o colapso a prazo do atual modelo de produção/distribuição/consumo elétrico em Portugal

Nas nossas faturas de eletricidade, no verso, por baixo da linha da quantia Total, podemos ler, em letra pequena, quanto se paga de CIEG (Custos de Interesse económico geral). São rendas que já atingem, por ano, 2500 milhões de euros. Uma distorção do real preço da energia que é intolerável.

Na fatura da eletricidade exibida podemos confirmar que os CIEG atingem quase 69% da fatura paga: 43,46 €.

Temos vindo a reiterar que o modelo das rendas oportunistas e excessivas na energia, nas autoestradas e no fascismo fiscal em curso, está esgotado e, mais do que isso, que é explosivo, podendo arrastar sucessivos governos para a fossa, e até colocar em xeque o desmiolado e corrupto regime constitucional que nos trouxe até aqui.

O boom do gás e do petróleo de xisto é temporário, mas já deu cabo dos subsídios às eólicas nos Estados Unidos, em Espanha e, em breve, também em Portugal.

As outras energias supostamente limpas, como a hidroelétrica, estão igualmente sob pressão. Na realidade, tanto as turbinas como as barragens e respetivos acessos são sistemas de produção energética que consomen grandes doses de energia fóssil na fase de implementação e que, mesmo na fase de exploração, causam danos e custos ambientais que só por oportunismo e corrupção não são computados quando se avaliam os resultados.

As ventoinhas prejudicam os ecossistemas próximos, e as barragens são responsáveis por graves problemas de eutrofização das águas retidas nas albufeiras, pela destruição dos organismos vivos que são os rios, e pela retenção maciça de materiais orgânicos imprescindíveis à saúde das orlas marítimas.

Como se a soma de todos estes custos visíveis e escondidos não fosse já temível, acresce que a diminuição do consumo de energia, por causa da grave e prolongada recessão em curso, acaba por ser mais um custo, a prazo insuportável, no capítulo dos serviços das enormes dívidas de empresas como a EDP. Sem subsídios garantidos, sem rendas excessivas garantidas, empresas como a que o cabotino Mexia dirige verão agravados os seus problemas de insolvência anunciada. Numa primeira fase tentarão repercutir os custos das suas más decisões e da sua arrogância e cobiça financeira sobre os consumidores e sobre os contribuintes. Os governos, dominados por gentinha miserável a soldo dos grandes lóbis, tendem a deixar passar esta transferência ilegal de custos para os seus eleitores. Mas o embuste tem limites. Limites que já aí estão. E assim, mais cedo do que mais tarde a EDP e similares terão que recuar, a bem ou a mal. Talvez fosse bom, dadas as circunstâncias, que vieram para ficar, apostarem na busca de estratégias de mitigação criativas e socialmente civilizadas.

Eu vejo três:
  1. acabar com os oligopólios da produção e com o monopólio da distribuição da energia, nomeadamente da energia solar, da energia eólica, da energia resultante da reciclagem de resíduos e das mini-hídricas. O sistema energético deve ser simultaneamente centralizado e descentralizado. Qualquer indivíduo ou comunidade em condições de produzir energia para consumo próprio e para as suas atividades económicas deve poder fazê-lo sem entraves, observando naturalmente as regras de segurança, de concorrência livre e de sustentabilidade ecológica democraticamente consagradas em legislação simples e clara.
  2. adotar um plano nacional, mas descentralizado, de eficiência e inovação energética.
  3. introduzir sistemas tecnológicos que favoreçam a otimização dos consumos domésticos de energia, por exemplo, através de contadores de gás e de energia elétrica com dispositivos de pré-pagamento eletrónico.
Entretanto...

Associação exige IVA da eletricidade a 13%

A Associação Portuguesa de Direito do Consumo vai exigir ao Governo que baixe o IVA da eletricidade para o seu valor intermédio, 13%, e pedir também uma maior transparência nas faturas da luz. JN, 18/2/2014, 10:32.

Última atualização: 18/2/2014, 11:25

Fraude, ditadura e sangue na Venezuela de Maduro

Corram com o ditador Maduro, já!



Venezuela a ferro e fogo. Um governo, o de Nicolás Maduro, que assassina os seus estudantes merece o nosso irrevogável desprezo. Qual é a posição do governo português sobre esta ditadura falida que ascendeu ao poder por meio de uma escandalosa fraude eleitoral?

Que posição tomaram ou tencionam tomar o primeiro e o vice-primeiro ministros de Portugal sobre esta intolerável situação?!

Qual é a posição do civilizado Poiares Maduro, membro do governo encarregue de proteger a RTP como ferramenta de propaganda nacional, sobre o que se está a passar na Venezuela. Onde está a informação?!

Maduradas: vídeos sobre a intolerável ditadura de Nicolás Maduro.

Foreigners Bought Half Of All London Homes Selling For Over £1 Million | Zero Hedge

A UE e o euro são as únicas vias de futuro à disposição dos europeus


Está em curso uma deslocação extraordinária de riqueza das periferias, parte delas em decomposição, para a Europa. O ritmo deste aluvião só poderá acelerar nos próximos anos. Prevejo que a decomposição das periferias chegue aos Estados Unidos antes de 2020, e que portanto o afluxo de liquidez à zona euro venha a adquirir então proporções gigantescas.

Temos pois que preparar as nossas economias para acomodar tamanho tsunami. Setores a privilegiar:
  1. defesa desburocratizada, descentralizada e eficiente do bem comum;
  2. garantir a segurança, a solidariedade e a paz social na Europa;
  3. reforçar as liberdades democráticas e o sistema de justiça europeu;
  4. instaurar rapidamente a união bancária e defender intransigentemente o euro como moeda de reserva mundial;
  5. modernizar radicalmente as infraestruturas de transportes;
  6. promover a eficiência e inovação energéticas na Europa, a par do desenvolvimento de uma política de paz no acesso às fontes primárias de energia fóssil;
  7. defesa da água, da terra e da qualidade ambiental como bens estratégicos inalienáveis de primeira importância
  8. alívio fiscal e recuperação dos danos causados às classes médias durante a grande crise sistémica do Capitalismo iniciada em 2007-2008. 
PS: a libra, tal como ocorreu ao franco suíço, será em breve indexada ao euro ;)
Foreigners Bought Half Of All London Homes Selling For Over £1 Million | Zero Hedge

Actually, according to the first detailed estimate of international
purchase activity in London by Knight Frank, the percentage of all
central London homes that sold for more than 1 million pounds to
foreigners in the 12 months through June 2013, was 49% to be exact. And
as we showed yesterday when we put China's loan creation in the context of US and Japanese QE, keeping in mind the use of proceeds of
all this newly created inside money has to ultimately go somewhere -
that somewhere in this case being London and other global luxury real
estate, said percentage is only going to get higher. Especially when one
adds Russian, the middle east and other various regions whose oligarchs
are desperate to park their money in "safe" havens.

Ainda sobre este mesmo tema
Com que rapidez a sorte dos mercados emergentes mudou. Até há bem pouco tempo, eram tidas como a salvação da economia mundial - os motores dinâmicos de crescimento que iriam dar conta do recado à medida que as economias dos Estados Unidos e da Europa se engasgavam. Os economistas da Citigroup, McKinsey, PricewaterhouseCoopers e de outras empresas previam uma era de crescimento ampla e sustentada, da Ásia até à África.

Mas agora, a depressão dos mercados emergentes está de volta. A grande derrota que as moedas destes países sofreram quando a Reserva Federal dos EUA começou a apertar a política monetária é apenas o começo; para onde quer que olhemos, ao que parece, há problemas profundos.

in Dani Rodrik, Morte por causas financeiras, Público, 16-02-2014.

O magnetismo do euro sobre os países petrolíferos e emergentes deve-se também a algo que poderá em breve reforçar ainda mais os investimentos estrangeiros na Europa. Refiro-me concretamente ao fim da progressão rápida do crescimento nos países emergentes.

in O António Maria, Seguramente um zero à esquerda (24-01-2014).

Última atualização: 17 fev 2014, 16:17 WET

Dinheiro da troika para a banca retido até aos exames do BCE - Jornal de Negócios

Vem aí uma grande tesourada!

Dá-me um certo gozo, no meio do pandemónio de brutalidades governamentais e de fascismo fiscal em curso, ver os banqueiros começarem a molhar-se pelas pernas abaixo. Foram avisados, nomeadamente por este blogue, mas preferiram continuar o festim da especulação e o concubinato partidário e governamental. Preferiram continuar a aldrabar os livros. Espera-os agora uma máquina zero financeira, a começar pela Caixa—onde estão os milhões emprestados para a tomada de assalto cor-de-rosa do BCP? BES e BCP serão os primeiros a poder ver as suas imparidades transformadas em insolvência. Banif e bancos fantasma do estado são para encerrar, com pesadas perdas, claro. De que estamos à espera para levar os responsáveis a tribunal?

Dinheiro da troika para a banca retido até aos exames do BCE - Ajuda Externa - Jornal de Negócios

A parte do empréstimo externo dedicada aos bancos vai continuar guardada até praticamente o fim do ano. Restam cerca de seis mil milhões de euros.

domingo, fevereiro 16, 2014

Where Europeans go on vacation, once they leave their country - Quartz

Turismo: da fantasia à realidade


Enquanto a grande porca do orçamento e os porcos, porquinhos e leitões continuam viciados no leite grátis que sai das tetas fiscais que asfixiam milhões de portugueses e conspiram novos embustes para roubar os euros da comunidade destinados ao progresso do país —distribuindo ciosamente o mal pelas aldeias da nomenclatura corrupta e indolente que desgraçou Portugal—, ora em nome do mar, ora em nome do turismo, e sempre, sempre, em nome da lenga lenga mentirosa da criação de empregos, a realidade, essa, entra pelos olhos dentro de quem quiser vê-la.

Por exemplo, o mapa recentemente publicado por um estudo da União Europeia prova à saciedade que a única medida estratégica em matéria de transportes que Portugal precisa urgentemente de encetar é a recuperação da sua ferrovia, para mercadorias e para passageiros. Uma ferrovia que não existe, que tem que ser erguida quase do zero, para ligar em rede capilar todas as capitais de distrito do país entre si, e a rede, por sua vez, a Espanha-França-Itália, etc.

Criação de emprego? Aqui sim, há uma oportunidade de criação de emprego sustentável e durável. Portugueses, acordem e sacudam do vosso bolso a sarna que vem devorando a vossa carne e que se aproxima perigosamente dos vossos ossos!

O turismo europeu move-se assim, e não como anunciam as carraças indígenas
Many people’s dream vacations involve travel to distant, exotic lands. But the reality is that most people take their holidays close to home. Europeans, for example, tend not to stray very far, generally seeking out the nearest sunny spot at home or in the near abroad.

A new survey by the European Commission found that EU residents generally stay in their home country during their time off—57% of people in the EU last year took a trip within their own country. More than 80% of Greeks, Croatians, and Italians took time off close to home in 2013, while Maltese, Belgians, and Luxembourgers were much more keen to go abroad, with fewer than 30% reporting that they took a domestic holiday last year. 

Where Europeans go on vacation, once they leave their country - Quartz

Why is the US helping China look for oil in the South China Sea? - Quartz

É a energia móvel, estúpido! 


Para perceber o mundo moderno só é necessário saber uma coisa: onde estão as principais fontes de energia fóssil: carvão, petróleo e gás natural. Tudo o resto vem depois: a miséria ou a prosperidade, a paz ou guerra, a arrogância ou calvário cultural, as migrações modernas, etc. Esta era começou por volta de 1830, atingiu o seu apogeu por volta de 1970 e começará a decair rapidamente por volta de 2030.  O regresso à poupança individual e familiar, o empobrecimento geral das maiorias demográficas e a mutação das democracias seguindo as derivadas da chamada Tragédia dos baldios (The Tragedy of the commons) é o modelo de transição que já começámos a provar. A civilização tecnológica poderá sobreviver e até prosperar, mas as democracias e as classes médias afluentes morreram em 2008.  comportamento humano está dividido entre aqueles que correm atrás do último atum, e aqueles que começam a dolorosa metamorfose para uma nova vida, não necessariamente pior do que a anterior.
Political tensions in the South China Sea have seldom been higher, with China’s  “marine identification zone” deemed a provocative threat to peace by neighboring countries and the United States. The vast area, variously claimed by China, the Philippines, Vietnam, and other southeast Asian countries, is hotly contested in part because it is thought to hold vast reserves of oil and natural gas.

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Why is the US helping China look for oil in the South China Sea? - Quartz

quinta-feira, fevereiro 13, 2014

New Study Finds that the Price of Wind Energy in the United States Is Near an All-Time Low « Berkeley Lab News Center

A EDP está entalada. Parar as barragens do Pinóquio Sócrates é a única alternativa racional. Governo e chineses deveriam tomar um chá prudente sobre esta fruta podre que pode contaminar o futuro do casamento ainda fresco.

New Study Finds that the Price of Wind Energy in the United States Is Near an All-Time Low « Berkeley Lab News Center

But continued Federal policy uncertainty and low natural gas prices create headwinds for the sector — august 06, 2013.

Annual wind power additions in the United States achieved record levels in 2012, while wind energy pricing is near an all-time low, according to a new report released by the U.S. Department of Energy and prepared by Lawrence Berkeley National Laboratory (Berkeley Lab).

The Golden Age of Gas... Possibly: An Interview With The IEA | Zero Hedge

Mais um argumento pesado a favor da paragem do Programa Nacional de Barragens de Elevado Potencial Hidroelétrico... que a EDP e a Iberdrola em breve mendigarão do governo, não sem antes fazerem o bluff do pedido de indemnizações por suspensão dos contratos. Marinho Pinto, aqui tens um bom naco de matéria jurídica para pegar pelos cornos!

The Golden Age of Gas... Possibly: An Interview With The IEA | Zero Hedge

OP: How is the shale
boom reshaping the global financial and economic system? Who are the winners and losers in this emerging scenario?


IEA: One of the key messages of our World Energy Outlook-2013 is that lower energy prices in the United States mean that it is well-placed to reap an economic advantage, while higher costs for energy-intensive industries in Europe and Japan are set to be a heavy burden.

Natural gas prices have fallen sharply in the United States – mainly as a result of the shale gas boom –  and today they are about three times lower than in Europe and five times lower than in Japan. Electricity price differentials are also large, with Japanese and
European industrial consumers paying on average more than twice as much for electricity as their counterparts in the United States, and even Chinese industry paying  almost double the US level.

Looking to the future, the WEO found that the United States sees its share of global exports of energy-intensive goods slightly increase to 2035, providing the clearest indication of the link between relatively low energy prices and the industrial outlook. By contrast, the European Union and Japan see their share of global exports decline – a combined loss of around one-third of their current share.

Pires de Lima: Preços da energia só descem quando Portugal e Espanha acederem ao mercado europeu - Dinheiro Vivo

Conversa da treta para não dizer que tem  medo de agir contra a EDP

Pires de Lima: Preços da energia só descem quando Portugal e Espanha acederem ao mercado europeu - Dinheiro Vivo: O ministro da economia sublinhou hoje a importância de Portugal e Espanha deixarem de ser mercados de energia fechados como a solução para preços mais baixos e competitivos para os consumidores.

À margem da IX Conferência da COTEC, que juntou na Fundação Champalimaud representantes de Portugal, Espanha, Itália e da Comissão Europeia, Pires de Lima garantiu que "é preciso ligar os sistemas de energia que existem em Portugal e Espanha aos países do centro da Europa para que aumente a concorrência e a competitividade para permitir às pessoas terem maior oferta" nesta área.

quarta-feira, fevereiro 12, 2014

Iberdrola vende 2,097% do capital da EDP e prepara saída da eléctrica | iOnline

As vacas leiteiras da EDP ou já secaram ou estão a secar. Capice?


A espanhola Iberdrola (Ibertrola, como lhe chamam em Espanha, e que significa embuste ibérico) abandonou as centrais térmicas a Gás na Figueira da foz, onde perdeu 8 milhões de euros, e não consegue financiamento para as barragens do Tâmega que lhe tocaram no famoso, aldrabão e ruinoso Programa Nacional de Barragens de Elevado Potencial Hidroelétrico (PNBEPH) do socratino Sócrates. Tal como as cidades aeroportuárias do adiantado Mateus, e as SCUT afinal com custos insuportáveis para o utilizador, a construção das barragens vão acabar por parar uma a uma. A partir do momento que perceberem, e já perceberam, que não podem contar com as rendas dos contribuintes engendradas pela corja partidária do governo, dos parlamentos, das autarquias, e correspondentes gabinetes de advogados, só têm um caminho a seguir: encerrar os negócios sem futuro, ou então...
No total, as operações renderam à Iberdrola 222,22 milhões de euros e geraram mais valias brutas de 44,48 milhões de euros

A espanhola Iberdrola anunciou a venda de 2,097% do capital que detinha na EDP em duas operações distintas e vai sair totalmente da elétrica portuguesa até maio, segundo um comunicado enviado ao regulador do mercado espanhol (CNVM).

A Iberdrola Energia alienou um pacote de 72.360.357 ações representativas de 1,979% do capital social da EDP, a um preço unitário de 2,90 euros, numa operação de "colocação acelerada" junto de investidores institucionais qualificados, mediada pela UBS Limited, que rendeu 209,84 milhões de euros e gerou mais valias brutas de 42,08 milhões.

Iberdrola vende 2, 097% do capital da EDP e prepara saída da eléctrica | iOnline

Autarcas e empresários de acordo com ferrovia Aveiro-Vilar Formoso - JN

Quem tem o dinheiro manda!


Os autarcas finalmente acordaram para a dura realidade: ou ligamos por via férrea os portos do norte-centro do país (Leixões-Aveiro-Figueira da Foz), e do Sul (Lisboa-Setúbal-Sines) à nova rede ferroviária de bitola europeia que Espanha tem vindo a construir em modo acelerado para se ligar à Eurásia, ou Portugal transforma-se numas segundas Desertas do arquipélago da Madeira.

E já agora não se cometa mais um assalto aos bolsos dos portugueses construindo linhas que não estejam preparadas para transportar passageiros a velocidades competitivas com o avião.  O problema de saber que Carochas e Ferraris circularão nestas novas linhas não será do estado português, nem das suas finanças, mas de quem tiver guitarra e unhas para a tocar na nova bitola.

O estado português, neste caso, fortemente subsidiado pela UE, apenas tem que garantir a construção das linhas e dos correspondentes sistemas de alimentação elétrica e de sinalização. O resto serão concessões a ser entregues a quem ganhar os concursos de exploração. Pelo que temos visto ultimamente, para além dos naturais interessados, com economias de escala adequadas aos negócios em perspetiva —Alemanha, Espanha, França e Reino Unido—, haverá ainda que contar com o interesse dos chineses, brasileiros, angolanos e árabes na formação dos consórcios cujo principal investimento recairá no chamado material circulante (locomotoras, carruagens, etc.) e nos recursos humanos qualificados.

A ideia de usar bi-bitolas para atamancar e proteger mais uma vez os indigentes rendeiros que temos deve ser afastada desde já, pois tais fantasias e engenharias à LNEC apenas poderão redundar em novos SWAPs e em novas PPP ruinosas. Continuaremos atentos!
O anúncio foi feito após o encontro que, para além de vários autarcas das duas regiões (como do Porto, Braga, Viseu e Guarda), reuniu esta terça-feira, no centro de congressos do Europarque de Santa Maria da Feira, o presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Norte, o seu homónimo no Centro, o secretário-geral do Eixo Atlântico, vários especialistas em transportes e os responsáveis máximos da Associação Empresarial de Portugal (AEP), da Associação Industrial do Minho e do Conselho Empresarial do Centro.

Terminado o encontro, o presidente da AEP, José António Barros, declarou que "este corredor entre Aveiro e Vilar Formoso deve ser a prioridade do país, com as devidas ligações aos quatro portos existentes entre Viana do Castelo e a Figueira da Foz".

Autarcas e empresários de acordo com ferrovia Aveiro-Vilar Formoso - JN

Estudo: Nomeações no Estado estão directamente ligadas a interesses partidários - Jornal de Negócios

Não é, como se vê, só um problema de perceção.

Claro que conclusões destas, mesmo sendo claras e objetivas, para a partidocracia, para o neo-corporativismo e para o rentismo que arruinaram o país, são manifestações de populismo. Tenciona votar nas próximas eleições nalgum dos partidos da nomenclatura que enterrou o país? Eu não!
Investigadora da Universidade de Aveiro foi analisar as nomeações feitas entre 1995 e 2009 e conclui que estas são, sobretudo, uma recompensa por serviços prestados.

Uma investigadora da Universidade de Aveiro analisou 10.482 escolhas para dirigentes no Estado entre 1995 e 2009. Por trás delas detectou dois tipos de motivações: o controlo de políticas públicas e a recompensa por serviços prestados anteriormente ou em antecipação aos mesmos.

O estudo, realizado por Patrícia Silva, é divulgado esta quarta-feira, 12 de Fevereiro, pelo Público e pelo Diário de Notícias e as conclusões são transversais a vários Governos, de Cavaco Silva a António Guterres, Durão Barroso e Santana Lopes.

Estudo: Nomeações no Estado estão directamente ligadas a interesses partidários - Política - Jornal de Negócios

Alberto da Ponte: RTP cortou custos 70 milhões de euros nos últimos três anos - Jornal de Negócios

Cortar não é o mesmo que reformar, privatizar, ou colocar a RTP num plano de igualdade concorrencial com as empresas privadas. O Almerindo Marques também disse que tinha cortado, mas a hidra do pseudo serviço público voltou a multiplicar cabeças, cabecinhas, braços, pernas e perninhas, cuja fatura indecente foi, é e continuará a ser apresentada aos indígenas, até que estes desliguem de vez a luz!

Alberto da Ponte: RTP cortou custos 70 milhões de euros nos últimos três anos - Media - Jornal de Negócios

terça-feira, fevereiro 11, 2014

El transporte aéreo retrocede en España al nivel post 11-S

A propósito da famosa saturação da Portela...

Onde está a sapiência do LNEC e daquela voz do dono que agora manda nos engenheiros deste país? E já agora, para que serve o INE? Onde estão as estatísticas dos transportes desde 2008? Se serve para tão pouco, o melhor mesmo é vendê-lo ao EUROSTAT!
    El avión fue, sin duda, el gran perjudicado por los efectos de la crisis económica en el transporte durante 2013. Su demanda de viajeros se desplomó un 14% hasta los 28,7 millones, casi cinco millones menos que el año pasado. Se trata del nivel más bajo del sector desde 2002, es decir, después del desplome que sufrió tras los ataques terroristas del 11 de septiembre de 2001 y la psicosis posterior.

    El resto de medios de transporte también bajaron su demanda, según los datos publicados este lunes por el Instituto Nacional de Estadística (INE). Por ejemplo, un 4,5% el popular Metro y un 1,5% de media el autobús, si bien en los trayectos de larga distancia la caída llegó al 7,2%. La causa la hayamos en el fuerte tirón de la demanda registrado por las líneas ferroviarias de alta velocidad, más conocidas como AVE.
El transporte aéreo retrocede en España al nivel post 11-S

sexta-feira, fevereiro 07, 2014

German Top Court Finds ECB's OMT Is Illegal, Then Promptly Washes Its Hands Of Final Decision | Zero Hedge

Oops! 

Tribunal constitucional alemão rejeita OMT, ou pelo menos afirma que a dita enteléquia inventada por Mário Draghi —“Within our mandate, the ECB is ready to do whatever it takes to preserve the euro”— não cabe no mandato do BCE:
“There are important reasons to assume that [the OMT] exceeds the European Central Bank’s monetary policy mandate and thus infringes the powers of the member states, and that it violates the prohibition of monetary financing of the budget,” the German court said Friday. “Subject to the interpretation by the Court of Justice of the European Union, the Federal Constitutional Court considers the OMT decision incompatible with primary law,” the German court said.

German Top Court Finds ECB's OMT Is Illegal, Then Promptly Washes Its Hands Of Final Decision | Zero Hedge
O BCE respondeu poucas horas depois ao pronunciamento do tribunal constitucional alemão reafirmando que está no seu mandato preservar a estabilidade do euro, e que para isso o OMT (Outright Monetary Transactions) é uma arma que pode e será usada usada se for preciso.

O tit-for-tat prossegue.

Scandal: Bank Of England Encouraged Currency Manipulation By Banks | Zero Hedge

Banco de Inglaterra no topo da manipulação cambial que tem vindo a destruir empresas, poupanças, bancos, governos, economias, países e regiões inteiras. Anda tudo ligado e é cada vez mais assustador.

"If the BOE did not encourage currency manipulation by bankers, then the world would have crashed"

Scandal: Bank Of England Encouraged Currency Manipulation By Banks | Zero Hedge: "If the BOE did not encourage currency manipulation by bankers, then the world would have crashed"

On Portugal, PSI and a national salvation pact | Macropolis

O xeque-mate já foi jogado há muito, mas os partidos do regime estenderam uma cortina de fumo que não deixa ver o colapso que aí vem :(

A circunstância de David Salanic, presidente executivo e fundador da Tortus Capital, ser um especulador profissional não retira valor aos seus argumentos. Muito pelo contrário. Na realidade, o caminho da União Europeia e da sua moeda é estreito, e Portugal continuará a viver em permanente sobressalto durante os próximos anos. O melhor, pois, é aprendermos a desconfiar metodicamente do Estado e da nomenclatura partidária enquanto não aparecer nenhum sinal de verdadeira mudança e verdadeira esperança no horizonte. O melhor mesmo é defendermos o que temos e buscarmos entre os familiares e amigos estratégias de partilha e colaboração.
Troika reviews, and particularly the IMF DSA (debt sustainability analysis), although considering that the debt overhang is highly vulnerable, concluded for its sustainability. You refer that the main arguments for that conclusion are misconceptions. Can you summarize the main reasons why the Portuguese debt is not sustainable?

A sovereign, just like a corporation or an individual, needs to be able to service its debt at some point in the future. Today, servicing Portugal’s debt costs €7.2 billion in interest payments a year and this number will grow every year. In order to service its debt, Portugal would need to be able to generate cash flow before interest expense (called a primary budget surplus) of €7.2 billion a year or whatever amount the interest will have grown to in the future.

Will it be possible?

That will never happen. This would imply a primary budget surplus of 4.3% of GDP. Portugal has had a negative primary budget balance for over 15 consecutive years. The highest primary budget surplus ever realized over the past 36 years for which we have data is 3% of GDP. Portugal’s current primary budget balance is negative 1.6% of GDP. In order to get to a 4.3% primary budget surplus, Portugal would need to improve its annual primary budget balance by €10 billion. Any attempt by the Portuguese government to extract an additional €10 billion annually from the economy, would destroy the economy and the social fabric of the country. - See more at:

Troika
reviews, and particularly the IMF DSA (debt sustainability analysis),
although considering that the debt overhang is highly vulnerable,
concluded for its sustainability. You refer that the main arguments for
that conclusion are misconceptions. Can you summarize the main reasons
why the Portuguese debt is not sustainable?


A sovereign, just like a corporation or an individual, needs to be able
to service its debt at some point in the future. Today, servicing
Portugal’s debt costs €7.2 billion in interest payments a year and this
number will grow every year. In order to service its debt, Portugal
would need to be able to generate cash flow before interest expense
(called a primary budget surplus) of €7.2 billion a year or whatever
amount the interest will have grown to in the future.


Will it be possible?

That will never happen. This would imply a primary budget surplus of
4.3% of GDP. Portugal has had a negative primary budget balance for over
15 consecutive years. The highest primary budget surplus ever realized
over the past 36 years for which we have data is 3% of GDP. Portugal’s
current primary budget balance is negative 1.6% of GDP. In order to get
to a 4.3% primary budget surplus, Portugal would need to improve its
annual primary budget balance by €10 billion. Any attempt by the
Portuguese government to extract an additional €10 billion annually from
the economy, would destroy the economy and the social fabric of the
country.

- See more at: http://www.macropolis.gr/?i=portal.en.the-agora.928#sthash.E9WsPrji.dpuf
Troika
reviews, and particularly the IMF DSA (debt sustainability analysis),
although considering that the debt overhang is highly vulnerable,
concluded for its sustainability. You refer that the main arguments for
that conclusion are misconceptions. Can you summarize the main reasons
why the Portuguese debt is not sustainable?


A sovereign, just like a corporation or an individual, needs to be able
to service its debt at some point in the future. Today, servicing
Portugal’s debt costs €7.2 billion in interest payments a year and this
number will grow every year. In order to service its debt, Portugal
would need to be able to generate cash flow before interest expense
(called a primary budget surplus) of €7.2 billion a year or whatever
amount the interest will have grown to in the future.


Will it be possible?

That will never happen. This would imply a primary budget surplus of
4.3% of GDP. Portugal has had a negative primary budget balance for over
15 consecutive years. The highest primary budget surplus ever realized
over the past 36 years for which we have data is 3% of GDP. Portugal’s
current primary budget balance is negative 1.6% of GDP. In order to get
to a 4.3% primary budget surplus, Portugal would need to improve its
annual primary budget balance by €10 billion. Any attempt by the
Portuguese government to extract an additional €10 billion annually from
the economy, would destroy the economy and the social fabric of the
country.

- See more at: http://www.macropolis.gr/?i=portal.en.the-agora.928#sthash.E9WsPrji.dpuf
On Portugal, PSI and a national salvation pact | Macropolis