sexta-feira, agosto 03, 2012

TAP: Turkish Airlines Portugal

Papinha de plástico da Turkish Airlines. Vê alguma diferença?

TAP vale mais, ou menos, do que o Pavilhão Atlântico?

Privatização da TAP prevê aumento de capital e venda de acções aos trabalhadores

As duas fases podem ocorrer ao mesmo tempo ou “em momento anterior ou posterior entre si”, esclarece o Governo num comunicado. Na primeira fase, para além da alienação de acções a quem quiser comprar a TAP, haverá “uma ou mais operações de aumento de capital”. A última injecção de capital que a transportadora recebeu do Estado foi em 1994 — in Público.

Turkish Airlines não exclui entrar na corrida à privatização da TAP

A companhia aérea da Turquia quer acelerar o seu crescimento e a aquisição de companhias aéreas está nos seus planos para atingir esse objectivo. Depois de ter desistido de adquirir a polaca LOT, a Turkish Airlines continua atenta ao mercado europeu. Ao Negócios, fonte oficial da transportadora aérea turca revelou que não exclui a participação na privatização da TAP. "O conselho de administração não tomou qualquer decisão nesse sentido", referiu a mesma fonte — in Negócios.

Um governo de cabeça perdida. Basta ler a notícia do Público, que nada diz e tudo diz, para perceber a confusão e desorientação completas que vão no governo sobre a batata queimada que é a TAP.

Na realidade, a TAP vale ainda menos do que o Pavilhão Atlântico!

O seu valor real são dívidas e responsabilidades, que andam mais perto dos seis mil milhões de euros, do que dos mil e duzentos milhões anunciados enigmaticamente pelo Público.

Entre sucata com contratos de leasing sediados em paraísos fiscais, empréstimos por pagar, dívidas a fornecedores, e responsabilidades assumidas por compras futuras (doze Airbus A350), aquilo que eu vejo é uma enorme cratera.

Como se isto não bastasse e assustasse qualquer um, a TAP apenas detém um ativo estratégico com algum valor: o célebre mini hub português dos voos entre o Brasil e a Europa, que passam pela Portela e com menor frequência pelo aeroporto Sá Carneiro. Tudo o resto ou está a perder terreno para as companhias Low Cost, ou dá prejuízo, como a insustentável estrutura de custos com pessoal, os negócios ruinosos da Groundforce, entretanto vendida à Urbanos, ou a brasileira TAP Maintenance&Engineering, verdadeira sugadora de proveitos que ainda ninguém teve a coragem de investigar a sério.

A ideia do bundle dois-em-um —TAP+ANA, incluindo terrenos da Portela?— com opção futura para retomar o socratino três-em-um —TAP+ANA, incluindo terrenos da Portela+NAL da Ota em Alcochete— é previsivelmente um dos ases que continua a ser jogado debaixo de uma mesa de negociações itinerante que até hoje não apresentou resultados.

Dadas as limitações impostas pela UE em matéria de controlo acionista das companhias aéreas europeias, o célebre road show de ASP não tem passado de uma encenação para entreter as televisões e o contribuinte. A companhia aérea turca já faz parte do universo da TAP e do universo alemão da Lufhtansa (codeshare agreement), mas não pode, por a Turquia continuar fora da UE, adquirir a maioria do capital da TAP. Logo resta quem? Só se for a própria Lufthansa...

É uma boa hipótese para ir abatendo a dívida à senhora Merkel.

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