domingo, maio 24, 2009

Portugal 105

Corrija o seu voto!

Depois de interagir com o Eu-Profiler, descobri que continuo a situar-me entre socialistas e algumas novas estirpes de democratas e liberais de esquerda. Não sou populista. Não sou conservador. E sou definitivamente europeísta. Os partidos portugueses de que estou mais próximo são o Partido Socialista (75,5%), o Partido Humanista (72,9%), o Movimento Esperança Portugal (67,1%) e o Movimento Mérito e Sociedade - 50,7%. O Bloco de Esquerda, cujo voto continuo a recomendar, apenas para retirar a maioria absoluta ao PS, não coincide em mais do que 46,3% com as minhas efectivas prioridades políticas.

Mas a descoberta mais surpreendente do perfil obtido depois de percorrer a trintena de perguntas colocadas pelo Eu-Profiler é que os partidos do meu coração não existem ainda em Portugal, mas já mexem e bem noutros países europeus: o Parti Démocratique do Luxemburgo, o Socialdemokratiska arbetarepartiet da Suécia, o Partij van de Arbeid holandês, o Social Democratic and Labour Party da Irlanda do Norte, o Socialdemokraterne da Dinamarca, o Demokratik Sol Parti e o Milliyetçi Hareket Partisi da Turquia. Todos estes partidos, e ainda o Hrvatska socijalno liberalna stranka da Croácia, o Eestimaa Rohelised e o Eestimaa Rahvaliit da Estónia, estão mais próximos do meu pensamento do que qualquer partido português! Façam o teste e surpreendam-se.

Votar é um hábito democrático. E como todos os hábitos tende a sofrer dos males da inércia que afecta tanto os sistemas físicos, como os intelectuais. Um dia votámos no PS, no PSD ou no CDS, e assim ficamos para toda a vida. Errando e dando tiros no pé, por preguiça e inconsciência pura, mas vendo bem, sem desculpa!

Se alguém nos disser, ou descobrirmos subitamente, que o nosso pensamento evoluiu, ou simplesmente mudou, e por conseguinte aquele partido em que nos habituámos a votar já nada tem que ver connosco, ou até contraria os nossos renovados interesses, convicções e desejos, que deveremos fazer? Persistir num hábito que perdeu forma e sentido? Ou experimentar novos caminhos?

Pois bem, a tempo das próximas eleições europeias surgiu uma Aplicação de Aconselhamento Eleitoral — Voting Advice Application (VAA) — desenvolvida por um consórcio independente formado pela Robert Schuman Centre for Advanced Studies (RCAS), integrado no European University Institute (EUI); Kieskompas e NCCR Democracy (University of Zurich/Zentrum für Demokratie Aarau)/Politools network. Chama-se Eu-Profiler. Esta divertida aplicação é seguramente pioneira no caminho que todos começamos a percorrer em direcção às democracias virtuais.

É tempo de corrigir o sentido de voto, e de começarmos a pensar em novos partidos!


OAM 587 24-05-2009 13:50

domingo, maio 17, 2009

Defender o Tejo

Alegre, não penses nas presidenciais, pensa em Portugal!

Querem destruir um rio, e não dizes nada?!


O governo espanhol do cândido Zapatero quer esvaziar de vez o rio Tejo para alimentar campos de golfe e queimar o resto da Andaluzia com agricultura intensiva de regadio, enquanto o nosso indescritível Pinóquio corre quilómetros, para as câmaras de televisão, e distribui portáteis vestidos e baptizados por uma das muitas empresas do bolso sem fundo da tríade de piratas que um dia comeu o PS, e hoje quer engolir Portugal!

Vila Nova da Barquinha, Santarém, 17 Mai (Lusa) - A Rede Cidadã para uma Nova Cultura da Água convidou hoje os portugueses a participarem, dia 20 de Junho, numa manifestação em Talavera de La Reina contra a política de transvases que, alega, está a matar o rio Tejo.

Soledad de La Llama, da Rede Cidadã, participou hoje, em Vila Nova da Barquinha, na iniciativa "Salvar a Terra e a Água", promovida pelo Instituto Democracia Portuguesa (IDP) com o apoio da Fundação D. Manuel II, da COAGRET e da autarquia local, e que contou com a presenças de D. Duarte Nuno e do arquitecto Gonçalo Ribeiro Telles.

A manifestação que se vai realizar em Talavera de La Reina visa reivindicar "água para o rio Tejo", ou seja, a fixação de caudais e evitar que sejam autorizados novos transvazes e a passagem a escrito das concessões dos transvazes actuais, Tejo-Segura e Tejo-Guadiana, por um período de 75 anos, afirmou Soledad de La Llama.

"Portugal não pode ficar alheio", disse Pedro Couteiro, da Coordenadora de Afectad@s pelas Grandes Barragens e Transvazes (COAGRET), afirmando que está em negociação o aluguer de uma carruagem do Lusitânia, que pára na estação de Talavera, para que os cidadãos das zonas ribeirinhas do Tejo, desde a fronteira até Lisboa, se juntem aos espanhóis neste protesto (www.pornuestrosrios.org).

Soledad de La Llama afirmou que a manifestação visa impedir que a lei que está em preparação no Parlamento espanhol, e que deverá sair em Setembro, ignore a importância do rio para cidades como Talavera e Lisboa e que fixe os caudais do rio.

"O Tejo está a morrer no mediterrâneo espanhol", afirmou, denunciando o facto de 80 por cento do caudal do Tejo estar a ser desviado para as regiões de regadio, que "estão a crescer com uma água que não é sua".

Se se concretizar o novo transvase, o Tejo Médio "morre", advertiu, pedindo a fixação de caudais e que o Tejo "continue a chegar a Portugal e a 'morrer' em Lisboa". — in Expresso (17-05-2009)

Quem especulou no BPP (e os supostos depósitos com retorno garantido não passam disso mesmo — de especulação) não tem que ser ressarcido pelo Estado. Quem roubou no BCP, no BPP e no BPN deve ser julgado e preso se for o caso.

O senhor Alberto Costa, pelo que supostamente tem andado a fazer desde Macau, há muito que merece um bom processo-crime em cima do lombo.

O senhor Cavaco, se não tem coragem para empurrar o senhor Loureiro para os braços da Justiça, que se demita! Pode aliás ter a certeza que o seu dilecto conselheiro de Estado já é, de facto e para todos os efeitos eleitorais futuros, uma corda apertada em volta da sua ambicionada reeleição presidencial.

A vergonhosa propaganda da EDP dirigida pelo petulante Mexia, em volta do programa de construção da dezena de novas barragens em rios portugueses — que para nada servem, a não ser disfarçar a enorme dívida acumulada da principal empresa energética portuguesa, e às escondidas privatizar o acesso à água (Nuno Melo investiga mais este dossier, por favor!) — deve ter uma resposta rápida e inflexível: renacionalizar a EDP e despedir o insolente Mexia!

Finalmente, Manuel Alegre, em vez de jogares ao gato e ao rato com os Portugueses, assume as tuas responsabilidades, que são muitas e devidas, e mostra um cartão vermelho à tríade de piratas que tomou de assalto o teu partido, e defrauda em cada dia que passa, criminosamente, as expectativas de quem acreditou nas virtualidades de uma esquerda moderada para conduzir a nau portuguesa a bom porto. Não penses nas presidenciais, pensa em Portugal!

Post scriptum — O senhor Louçã e o senhor Miguel Portas afirmam, ou dão a entender, que querem governar, ou ajudar a governar, Portugal. Como ainda não desisti da Esquerda, o fiasco Alegre empurra-me inevitavelmente para vós! Votarei pois, se não fizerdes nem disserdes demasiadas asneiras no que resta de ano, no Bloco de Esquerda. Recomendo-vos, entretanto, que leiam o que fui escrevendo desde 2006 neste blogue, pois encontareis seguramente matéria suficiente de reflexão. Coisa para que geralmente os afazeres partidários deixam pouco tempo.


OAM 586 17-05-2009 19:35

segunda-feira, maio 11, 2009

Portugal 104

Prendam-nos a todos!

A Caixa Geral de Depósitos, além de apoiar por debaixo da mesa o BCP e Joe Berardo, entre outros grandes especuladores da nossa praça, está a usar o falido e corrupto BPN para financiar às escondidas as grandes construtoras e cimenteiras deste país (Mota-Engil, Visabeira, Grupo Lena), bem como as empresas públicas do Bloco Central da Corrupção (Parpública, CP, Metro, TAP, etc....), ao mesmo tempo que anda com o presidente da Eclipse Foundation e do falso banco privado português ao colo. É um escândalo! Prendam o Loureiro, prendam o Rendeiro, e ponham a banca em quarentena, quanto antes, antes que seja tarde demais.

Quando ouvimos o Pinóquio, o inenarrável dromedário da Ota, o motorista do BES, o genial criador do aeromoscas de Beja e putativo urbanista do Campo de Tiro de Alcochete, ou ainda o famoso cavador de buracos negros, Basilio Horta, palrarem sobre grandes investimentos e grandes obras, como se não devessem nada a ninguém, e Portugal não estivesse a resvalar rapidamente para um buraco de dívidas sem fundo, apetece-me gritar: ENVIEM ESTES PANTOMIMEIROS PARA O AFEGANISTÃO!

E no que respeita aos padrinhos do Bloco Central da Corrupção, que andam muito agitados ultimamente, talvez fosse bom recolherem as garras estaladiças e os dentes amarelos, por óbvia impossibilidade de escangalharem mais do que já escangalharam o brinquedo da democracia.

Estado não paga às construtoras
por ILÍDIA PINTO (Diário de Notícias)

11-05-2009. O presidente da Federação da Construção Civil e Obras Públicas alerta para os "graves problemas de liquidez" das empresas. Em dívida estão mais de 1,8 mil milhões. Metade é das autarquias, que deviam ter começado a pagar em Março. Mas também não receberam.

As empresas de construção civil e obras públicas continuam à espera que o Governo e as autarquias paguem o que devem. A federação do sector, a Fepicop, assegura que, apesar dos muitos anúncios relativos à regularização de dívidas das administrações Central e Local, os mais de 1850 milhões de euros permanecem por liquidar. Destes, 950 milhões correspondem às facturas das autarquias. O Ministério das Finanças havia anunciado que os primeiros pagamentos ocorreriam durante o primeiro trimestre mas, até agora, Reis Campos, presidente da Fepicop, garante que nada foi pago.

A situação é grave, garante Reis Campos, pois provoca "graves problemas de liquidez" às empresas e torna-se "mais preocupante ainda" porque, com o agravar da conjuntura económico-financeira mundial, estas têm grandes dificuldades nas relações com a Banca. "É que o Estado tem, com as empresas, uma posição completamente unilateral. Não paga o que deve, mas exige os impostos na hora e até às empresas credoras de IVA que prestem garantias bancárias para receberem os reembolsos, esquecendo que os bancos, não só não dão crédito, como querem é receber", critica.

(...)

Banco Privado deve mais de dois mil milhões aos credores (Diário Económico)

11-05-2009, Maria Ana Barroso — Banco de Portugal deve entregar hoje nas Finanças a proposta final para a resolução do problema do BPP. Governo tem cinco dias para responder.

Se for à falência, o Banco Privado Português (BPP) não terá capacidade para fazer face a metade das suas responsabilidades para com os vários credores. A saber: do total de dois mil milhões de euros de dívida (a clientes, trabalhadores, Estado, bancos financiadores, entre outros), o banco só tem mil milhões de euros de activos disponíveis.

Uma realidade descrita no documento com o plano de recuperação e saneamento do BPP, entregue dia 24 de Abril ao Banco de Portugal, a que o Diário Económico teve acesso. "Caso o BPP seja objecto de um processo judicial de insolvência, a venda forçada de activos, implicará um ‘gap' entre activos e passivos de aproximadamente 995 milhões de euros).

Tendo em conta que as dívidas ao BCE, a outras instituições financeiras e ao Tesouro (no âmbito dos 450 milhões de euros de empréstimo concedido em Dezembro) têm subjacentes garantias reais, na sua maioria, ficariam para último na lista, sem garantias de retorno do dinheiro os clientes de retorno absoluto e os clientes com depósitos à ordem e a prazo. O documento fala em 741 milhões de euros ainda a haver, nesta altura, pelos clientes de retorno absoluto e em 418 milhões de euros de depósitos.

Solar
Empresa de energia apadrinhada por Sócrates e Pinho perde certificação (Público)

Construtoras inundam BPN com centenas de pedidos de financiamento nos últimos três meses

08.05.2009 - 19h56 — Público
Por Cristina Ferreira, Ana Brito
Nos últimos três meses o Banco Português de Negócios (BPN) foi inundado de pedidos de financiamento (e algumas propostas de reavaliação de dívidas), por parte de empresas, muitas delas imobiliárias e de construção, ligadas aos grupos Mota Engil, Lena e Visabeira. Estes três grupos têm empréstimos a correr no BPN de 86,5 milhões de euros, 74 milhões de euros e 42 milhões de euros, respectivamente.

Em causa estão centenas de pedidos de financiamento que também envolvem accionistas da SLN (que antes da nacionalização detinha o BPN) e até de entidades públicas, como a Parpública, a CP, o Metro do Porto a Empodef e a SPdH. Mas também de clubes de futebol e de autarquias.


OAM 585 11-05-2009 09:45 (última actualização: 11:26)

sábado, maio 09, 2009

Portugal 103

Colocar a banca na ordem, assegurar Portugal!

Chávez nacionaliza 60 empresas do setor petrolífero

Os processos de nacionalização e controlo nacional dos sectores estratégicos da economia regressaram à ordem do dia. Não voltaremos tão cedo à ideologia das privatizações oportunistas e neoliberais. Isto é verdade para a China, Índia, Rússia, Venezuela, Líbia, Irão, Arábia Saudita, Emiratos Árabes Unidos, Angola..., mas também para a América de Barak Obama!

A emergência de novas formas de proteccionismo é igualmente inevitável.

Em suma, uma nova filosofia de delimitação dos sectores públicos e privados é a mais necessária e urgente das decisões a tomar em boa parte dos países ocidentais.

Se se estudar com atenção o desastre a que a cobiça, ganância e desprezo criminoso dos irresponsáveis económico-financeiros lusitanos da EDP, TAP, BCP, BPN, BPP, MOPCT e governo PS em geral, conduziram o país, perceberemos rapidamente que fará todo o sentido:
  1. parar imediatamente o uso de dinheiros públicos no salvamento dos accionistas da falida banca privada portuguesa, com particular destaque para o BPN, BPP, BCP e Finantia (1);
  2. retomar o controlo estratégico e a supervisão apertada da escandalosamente endividada EDP, bem como da GALP;
  3. estancar imediatamente as hemorragias da TAP, CP e Metro de Lisboa, pondo fim à libertinagem administrativa destas empresas públicas, e ao matrimónio que mantiveram durante décadas com o Bloco Central da Corrupção;
  4. reformular drasticamente o falacioso plano de construção de novas barragens, posto em marcha pela EDP, por iniciativa do seu feérico presidente, António Mexia;
  5. adiar a decisão de construção do novo aeroporto de Lisboa (NAL) até 2015, mantendo aberta a opção de Rio Frio-Alcochete;
  6. adaptar no prazo de 1-2 anos a Base Aérea do Montijo para as companhias Low Cost;
  7. avançar com o LAVE/AVE entre Pinhal Novo e Caia, para transporte rápido de pessoas e mercadorias entre as duas capitais ibéricas, como primeiro passo de ligação de Portugal à rede ferroviária europeia de Alta Velocidade/Velocidade Elevada;
  8. abandonar a ideia peregrina de construir a linha férrea Sines-Casa Branca-Évora-Elvas-Badajoz, uma opção redundante a partir do momento em que a linha AV/VE entre Pinhal Novo e Caia, para pessoas e mercadorias, esteja lançada;
  9. rever o traçado da linha ferroviária de AV/VE entre Lisboa, Porto e Valença;
  10. abandonar definitivamente a opção da TTT pelo corredor Chelas-Barreiro, e estudar uma solução mais racional e menos dispendiosa, articulada com um novo traçado da linha AV/VE entre Lisboa e Porto;
  11. desencadear os necessários processos-crime contra os piratas do BPN, do BPP e das demais entidades bancárias atoladas em dívidas e ludibrio de clientes;
  12. lançar um ambicioso plano de eficiência energética à escala nacional, do qual deverão fazer parte integrante programas de reabilitação urbana devidamente articulados com a prioridade que deve ser dada à eficiência energética do país (2) ;
  13. criar de uma vez por todas as regiões metropolitanas de Lisboa e Porto, conferindo-lhes as mesmas características institucionais e políticas das regiões autónomas insulares, associando a este projecto, com claras implicações constitucionais, a criação de duas grandes cidades-região eco-sustentáveis, onde a recuperação estratégica das respectivas cinturas agrícolas assuma máxima prioridade;
  14. manter e reforçar o Estado onde é efectivamente necessário, reforçando a liberdade cidadã e empresarial onde a mesma é muito mais eficaz que o Estado e pode contribuir decisivamente para libertar Portugal do pendor centralista, burocrático, clientelar e conservador que alimentou as preguiçosas nomenclaturas endogâmicas que há séculos sugam o país das suas evidentes potencialidades.
A melhor forma de forçar esta agenda começa na imprescindível derrota do Bloco Central da Corrupção nas eleições do ciclo eleitoral de 2009, o qual terá início já em Junho, com as eleições europeias.

A previsível perda de influência da nomenclatura que ao longo dos últimos 30 anos acabou por levar Portugal à cauda de todas as estatísticas, a ponto de objectivamente ameaçar a viabilidade do presente regime constitucional, é uma boa notícia!
  • Vote-se pois contra o populismo atroz da actual maioria e contra o Pinóquio que a protagoniza!
  • Vote-se contra quem defender o Bloco Central da Corrupção — Cavaco Silva, obviamente incluído!
  • Vote-se em Manuela Ferreira Leite, em Paulo Rangel e em Francisco Louçã (parece estranho mas não é; é um jogo de estratégia!)
  • Vote-se nas candidaturas independentes, contra as coligações autárquicas oportunistas
É fundamental derrotar José Sócrates e a tríade de Macau nas próximas eleições europeias!

NÃO DEIXES DE VOTAR!


NOTAS
  1. O financiamento encapotado (via BPN!!!) de empresas tecnicamente falidas do sector privado, e público, por parte da Caixa Geral de Depósitos (a mesma que executa hipotecas imobiliárias sem dó nem piedade a quem deixou de poder pagar as prestações de casa própria, leiloando os prémios da sua cobiça em sórdidos leilões de vampiros e hienas por esse país fora), é um escândalo que revela à evidência o irremediável cancro da corrupção que devora rapidamente Portugal. É preciso dizer basta à canalha que nos governa, e pôr na prisão todos os piratas! É preciso confrontar os partidos com assento parlamentar com as suas próprias responsabilidades democráticas. Ou fazem o que devem e aquilo para que foram eleitos, ou espera-os um fim inglório. O populismo não é mais do que a baba segregada pela própria indigência intelectual, cobardia moral e corrupção das democracias degeneradas.

    Construtoras inundam BPN com centenas de pedidos de financiamento nos últimos três meses

    08.05.2009 - 19h56 — Público
    Por Cristina Ferreira, Ana Brito
    Nos últimos três meses o Banco Português de Negócios (BPN) foi inundado de pedidos de financiamento (e algumas propostas de reavaliação de dívidas), por parte de empresas, muitas delas imobiliárias e de construção, ligadas aos grupos Mota Engil, Lena e Visabeira. Estes três grupos têm empréstimos a correr no BPN de 86,5 milhões de euros, 74 milhões de euros e 42 milhões de euros, respectivamente.

    Em causa estão centenas de pedidos de financiamento que também envolvem accionistas da SLN (que antes da nacionalização detinha o BPN) e até de entidades públicas, como a Parpública, a CP, o Metro do Porto a Empodef e a SPdH. Mas também de clubes de futebol e de autarquias.

  2. O grande problema da reabilitação urbana (fora do simples discurso retórico) é encontrar a rentabilidade da ideia, i.e. formas de convencer o Capital a investir num parque habitacional saturado, descompensado e onde as mais valias estão quase sempre na especulação imobiliária (dos terrenos e do mercado de compra-e-venda)

    No entanto, se atrelarmos a reabilitação urbana à prioridade energética (não à construção de mais barragens, parques eólicos e quintas solares — tudo isso já está feito q.b.), poderemos envolver uma apreciável parte da sociedade, e a vocação do Capital, numa vasta operação quinquenal (perdoem-me a graça ;-) destinada a baixar drasticamente a insustentável intensidade energética da nossa economia e da nossa cultura

    Colocar a intensidade energética do país na média europeia seria uma operação económica maior do que todas as grandes obras públicas juntas... e seria sobretudo uma disseminação sem precedentes de capital produtivo pelo conjunto da economia e da sociedade... Trata-se, de facto, de uma verdadeira Bala de Prata para a actual crise!

OAM 584 09-05-2009 02:41 (última actualização: 23:58)