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segunda-feira, julho 06, 2015

A rebelião do Norte

Rui Moreira, presidente independente da Câmara Municipal do Porto


Norte inicia guerra pela defesa da propriedade pública da água. E eu apoio!


Quando o Norte se levanta, São Bento, o Terreiro do Paço e Belém devem mesmo coçar a cabeça, porque alguma coisa acabará por mudar em Portugal num horizonte relativamente próximo


Desconheço os pormenores de mais este processo de concentração capitalista, rentismo financeiro, expropriação fiscal e centralização político-partidária. Mas que cheira mal à partida, cheira!

Rui Moreira, presidente independente da câmara do Porto

Tal como já se provou (...), ao contrário do anunciado pelo Governo, não haverá economias de escala na fusão dos subsistemas.

Pode o Estado, por decreto, violar o código das sociedades comerciais? Talvez o possa fazer, e só os tribunais o poderão impedir. Mas, em qualquer caso, fica o aviso para qualquer investidor. O Estado Português é um mau sócio, e pouco fiável, porque altera, por decreto e a seu bel-prazer, as regras do jogo, a meio do campeonato. Num Estado de Direito, o Governo deve zelar pelo cumprimento da lei e deve ser, eticamente, exemplar. Quando dá este mau exemplo, quando abusa do poder legislativo para comprometer os seus compromissos, é caso para dizer que, infelizmente, não é confiável, e isso exigiria, é claro, que também a presidência da República se interessasse por este caso, se para isso tivesse tempo entre os muitos e variados comentários sobre o caso grego.

Ler mais em Correio da manhã


O Porto é cada vez mais a capital do noroeste peninsular. Pode e deve atrair a Galiza para uma cooperação estratégica cada vez maior com Portugal, reforçando desde logo todas as pontes com o norte do país. O contrário, portanto, da política imbecil dos últimos governos das galdérias e galdérios acomodados em Lisboa, que tudo têm feito para boicotar as ligações naturais entre os dois países ibéricos, apesar de todas as evidências económicas.

Uma das consequências da crise sistémica do capitalismo em curso, que no essencial significará o fim do capitalismo da abundância, o fim inevitável do bem estar improdutivo e discricionário, e o fim da hipertrofia burocrática dos estados, das economias e das corporações profissionais, é também o fim de certos patamares de confiança e delegação de poderes em entidades que revelaram incompetência extrema na administração do bem comum e doses ruinosas de corrupção.

As criaturas de São Bento, do Terreiro do Paço e de Belém vão, pois, ter que provar mais e melhor, na sequência da pré-bancarrrota para que conduziram o país, cada investimento e cada decisão que tomem. O instituto dos referendos nacionais, regionais e locais deve, pois, ser rapidamente consagrado como praxis constitucional comum no país.

Por fim, deveremos tratar de rapidamente desenhar e levar a referendo a criação de duas novas regiões autónomas no país: a região de Lisboa e a região do Porto. Esta será a forma mais racional e desejável de melhorar a democracia e a gestão destes dois pilares fundamentais do país, mas também um caminho desejável para a diminuição da macrocefalia desmiolada dos senhorios partidários acampados em Lisboa.