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sexta-feira, maio 27, 2016

Tempo novo ou estado novo em modo 'drag queen'?


A confusão entre público e estado


Governo: PGR confirma que os contratos de associação não garantem novas turmas 
Adicionalmente, sustenta o ministério, "o parecer reafirma que a celebração de contratos de associação tem de ter em conta as ‘necessidades existentes’ de estabelecimentos públicos de ensino". Negócios, 27/5/2016

Já estamos habituados à indigência reverente dos nossos juízes. Não mudaram muito desde Salazar.

O que sintomaticamente está em causa nesta tempestade política é saber se o direito ao ensino básico e secundário, universal e gratuito, pode ou deve sequer confundir-se com ensino de estado, ou se, pelo contrário, é o hipertrofiado estado central e o seu todo poderoso e burocrático ministério de educação quem deve suprir as insuficiências de cobertura do ensino público, devidamente regulamentado e adequadamente subsidiado, desenvolvido por empresas, autarquias e associações sem fins lucrativos.

Será que o PS, o PCP e o Bloco defendem que a banca privada e a dita pública podem exaurir os cofres do estado em mais de 15 mil milhões de euros, mas não há 139 milhões para apoiar as entidades do ensino particular e cooperativo? Que houve 2.400 milhões de euros para 'requalificar' 180 escolas (cortesia do governo 'socialista' de José Sócrates) que agora não têm recursos para pagar a fatura elétrica mensal, mas não há 33 milhões de euros (o corte decidido pela austeridade das esquerdas) para um novo ciclo de contratos de associação enquanto se procede a uma verdadeira reforma do nosso sistema de ensino, claramente insustentável e cada vez mais caro para quem dele necessita?

Alguém calculou previamente os custos potenciais desta guerra ideológica?

A voragem burocrática em curso, além de ruinosa a médio prazo, reaviva as tristes experiências do chamado 'socialismo real'. Todos os que por esta via enveredaram falharam estrondosamente, com criminosos custos para a liberdade e a democracia dos povos que sofreram tais experimentos de marxismo degenerado, levado a cabo por milhões de oportunistas por esse mundo fora e alguns facínoras que a história ainda não julgou devidamente.

sábado, maio 14, 2016

Ensino, público ou privado, não é a questão

Colégio Moderno, Lisboa (fundado em 1936)


Um provinciano de esquerda, ainda por cima desastrado, na Educação


António Costa admite compensar colégios com novas parcerias no pré-escolar 
Marcelo Rebelo de Sousa sublinha que, a mês e meio do fim do ano lectivo, o Governo e a Associação de Estabelecimentos de Ensino Particular e Cooperativo têm de falar e que importa chegar a uma solução rápida e clara, acrescentando que “na educação são essenciais a previsibilidade e a certeza para alunos, famílias, professores e restante comunidade escolar”. 
Económico

Não foi Álvaro Cunhal professor no Colégio Moderno, propriedade da mui republicana e socialista família Soares? Não continua este colégio privado a ser uma referência educativa, nomeadamente para inúmeras famílias da classe média lisboeta, de esquerda? Então a que se deve a tempestade levantada em volta dos chamados contratos de associação celebrados entre um estado que ao fim de 40 anos de democracia ainda não conseguiu criar uma rede escolar básica cobrindo todo o país, e instituições particulares que suprem tão descaradas necessidades?

Comecemos pelo princípio: todo o ensino obrigatório é por definição, laços e obediência, público.

Pode ser prestado por entidades do estado central e autarquias, por fundações, misericórdias, cooperativas e outras associações sem fins lucrativos, ou ainda por empresas privadas cuja rentabilidade é o mais determinante critério de sobrevivência—ao contrário das escolas do estado que conseguem sobreviver mesmo quando reina o absentismo, a incompetência, a indolência burocrática, a falta de rendimento escolar e o despesismo. Sabem, a propósito, qual é a reforma média dum professor do ensino básico e secundário?

Os contratos existentes entre o estado e algumas escolas particulares não oferecem, se não numa diminuta parte, dúvidas de governação, mas nem assim deixaram de provocar o regresso inopinado de uma querela ideológica de índole jacobina.

Esta tempestade num copo água revela infelizmente uma espécie de deriva sul-americana no interior da atual coligação parlamentar. Foi como se, de repente, um provinciano de esquerda e desajeitado ministro da educação (que ainda troca os bês pelos vês) enunciasse que Portugal é finalmente uma jangada de pedra navegando para Caracas!

É a segunda bez que Tiago Brandão Rodrigues mete a pata na poça. À terceira, que não tardará a ocorrer, seria bom que António Costa entregasse o Ministério da Educação ao Bloco de Esquerda, e já agora, a Economia ao PCP.