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terça-feira, novembro 13, 2018

A raiva aos judeus, outra vez...


A Jewish family pauses in front of a memorial for victims of the mass shooting that killed 11 people at the Tree of Life synagogue in Pittsburgh, Oct. 29, 2018. (Jeff Swensen/Getty Images) [cropped]

“Os missionários da Cristandade disseram: Vocês não têm o direito de viver entre nós como judeus; Os chefes laicos proclamaram: Vocês não têm o direito de viver entre nós; Os nazis alemães no fim decretaram: Vocês não têm o direito de viver.” 
A solidão crescente da Estátua da Liberdade
Esther Mucznik. Público, 12 de Novembro de 2018, 6:45

“President Trump, your words, your policies, and your party have emboldened a growing white nationalist movement,” the petition says. “The violence against Jews in Pittsburgh is the direct culmination of your influence.” 
How the Pittsburgh massacre is driving American Jews apart
By Ron Kampeas. Jewish Telegraphic Letter, October 30, 2018 5:22pm

A nova ascensão da xenofobia, do radicalismo religioso e do anti-semitismo é uma consequência direta de uma nova guerra global pelos recursos que fazem a diferença no bem-estar das nações.

Os perigos desta escalada são agora, porém, maiores do que nos anos 30 (ascensão do anti-semitismo nazi na Alemanha, Áustria e Polónia) do século passado, ou do que no primeiro quartel do século 20 (sobretudo na Rússia, Ucrânia e Polónia).

As razões deste perigo maior são fáceis de entender:

  1. a luta mundial pela energia e pelos recursos naturais imprescindíveis ao bem-estar criado ao longos dos últimos 200 anos não tem uma horizonte de propsperidade pela frente, mas sim de declínio geral da riqueza, empobrecimento das classes médias que suportam as democracias, envelhecimento das populações e recessão, seguida de depressão e depois declínio demográfico absoluto, a partir de 2100, se não antes;
  2. desta vez, os judeus têm em sua defesa um estado fortemente armado para uma mais do que provável guerra assimétrica global, onde a sofisticação tecnológica ditará as primeiras vitórias e um novo status quo... ou a aniquilação da civilização tal qual a conhecemos hoje. 
A chachina de Pittsburgh, antiga cidade industrial americana reconvertida às novas tecnologias durante a década de 80 do século pasado, é certamente mais um mau presságio do que nos espera. Entre outros motivos, porque ameaça dividir a comunidade judaica americana, a maior do mundo (5,7 milhões) depois do Estado de Israel (6,1 milhões).

:(


quarta-feira, agosto 08, 2018

Já começou a III Guerra Mundial?

The Azov Battalion uses the Nazi Wolfsangel symbol as its logo. Its founder Andriy Biletsky (center) has moved to ban “race mixing” in the Ukranian parliament. (Azov/Twitter)

Será muito diferente da Primeira, e da Segunda...


Neo-conservatives are crazy. They think they can win a nuclear war! 
 PAUL CRAIG ROBERTS. 
Israeli arms are being sent to a heavily armed neo-Nazi militia in Ukraine, The Electronic Intifada has learned. 
ASA WINSTANLEY.
Shifting monetary systems: developed to developing nations 
The World Wars of the twentieth century had spawned a US-led monetary structure that came to dominate markets and geopolitics. In 1944, self-interested financial leaders convened at Bretton Woods to craft a monetary system centered on US and European currencies and interests. While Europe rebuilt its war-torn cities, the United States capitalized on its superpower role, and developing countries were overshadowed. 
In contrast, the twenty-first century gave rise to a financial world war. Conjured money was the weapon of choice. Fabricated funds went toward subsidizing the private banking system and buying government debt, corporate debt, and stocks. By providing the grease that kept money flowing, central bankers superseded governments—that set the cost of money and provided the confidence in ongoing liquidity—the world was their battlefield. 
NOMI PRINS, Collu$ion, How Central Bankers Rigged The World, 2018.
ASEAN, China agree 'milestone' text as basis for South China Sea talks 
SINGAPORE (Reuters, August 2, 2018) - Southeast Asian nations and China have reached a “milestone” in talks with China over a code of conduct in the South China Sea with a working text that will serve as a basis for future negotiations, Singapore’s foreign minister said on Friday.
Há qualquer coisa no ar que cheira cada vez mais a desastre, e possivelmente a guerra. Mas, tal como o colapso ecológico provocado pelas alterações climáticas, não será um acontecimento súbito, único e definitivo. Virá sim por vagas, com intervalos cada vez menores, e intensidade crescente. Para todos os efeitos, podemos datar o início da III Guerra Mundial no que quer que tenha acontecido em 11 de setembro de 2001 em Nova Iorque. Trump pode muito bem ser o líder que precipitará a segunda vaga do conflito global que ditará a forma do planeta humano depois da era dos combustíveis fósseis de alta densidade—carvão, petróleo e gás natural— e depois do esgotamento de inúmeros recursos minerais, e da extinção de milhares de espécies animais e botânicas à face da Terra.

Donald Trump, ao disparar em todas as direções lançou uma grande confusão nas relações internacionais, sobretudo na Europa e no Pacífico. Em resposta a esta perigosa desorganização do status quo internacional, a União Europeia decidiu criar proteções legais face às sanções intempestivas do presidente americano contra tudo e contra todos (salvo a sionista Israel, claro). Por sua vez, a China acaba de avançar, com vários países asiáticos, e sem os Estados Unidos, para um Código de Conduta no Mar do Sul da China, num claro desafio à hegemonia imperial americana.

Recomendo, a propósito deste verão quente, os videos que se seguem e dois livros. No seu conjunto dão-nos uma panorâmica bastante detalhada da complexidade económico-financeira, social e geoestratégica resultante do sobre-endividamento de uma super-potência em declínio: os Estados Unidos da América.

Paul Craig Roberts — Deep State and MSM Will Fight to the Death Against Trump, interview by Greg Hunter, USAWatchdog.

Steve Bannon — Steve Bannon interview with Christopher Hope, The Telegraph.

Nomi Prins — All The Presidents Bankers, 2014; Collu$ion—How Central Bankers Rigged The World, 2018.










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sábado, setembro 02, 2017

É a China, estúpido!

Clique para ampliar. In Nikkei Asian Review

Renminbi convertível em ouro desafia fake money de Wall Street. Um novo Tratado de Tordesilhas nunca esteve tão perto, pois uma guerra nuclear global é impensável.


“China is expected shortly to launch a crude oil futures contract priced in yuan and convertible into gold in what analysts say could be a game-changer for the industry.” Nikkei Asian News

A Coreia do Norte não é o maior problema da América. A China é. Na realidade, aquilo a que temos assistido é à transformação da Coreia do Norte numa espécie de Israel à moda de Pequim. Senão vejamos.

O que tem sido, de facto, o estado de Israel desde que foi criado pelos ingleses, sob o comando e inteligência de Lord Balfour e do Barão Edmond de Rothschild? Pois bem, um seguro de vida para as comunidades judaicas, sobretudo Asquenazis (oriundas na sua maioria da Europa Central e Oriental), e um bastião militar da estratégia petrolífera inglesa, e depois, anglo-americana. Basta ler a famosa Balfour Declaration (1917), ou a nota de Lord Rothschild que a precedeu para termos um quadro analítico que dispensa toda a verborreia ideológica. O petróleo foi a energia fundamental da Segunda Revolução Industrial. E quem controlou as principais regiões petrolíferas do planeta dominou o mundo até hoje.

Acontece, porém, que a taxa de crescimento demográfico mundial atingiu o seu pico em meados da década de sessenta do século passado, e o pico do petróleo americano ocorreu no início da década de 1970. Ou seja, os anos dourados do Sonho Americano tinham passado, e a partir daquele momento a hegemonia americana no mundo, conseguida como troféu da sua participação na Segunda Guerra Mundial, começaria a esmorecer. O dólar passou a estar sob pressão, pois a América estava cada vez mais dependente das importações de petróleo do Médio Oriente, do Golfo do México, da Venezuela e de África.

Esta dependência significava trocar petróleo por dólares convertíveis em ouro. Ou seja, a existência da moeda americana como moeda de reserva mundial pressupunha a estabilidade do seu valor real, e não apenas fiduciário, ou seja, implicava a sua convertibilidade no único mineral capaz de garantir a fé no dólar: o ouro.

Esta convertibilidade (1 onça de ouro = 35 USD) foi entretanto destruída por um império condenado a desvalorizar paulatinamente a sua moeda, tal como o Império Romano fez durante a sua longa decadência e colapso.

Nixon, face ao crescente excesso de dólares no mercado (e a correspondente procura de ouro como garantia anti-inflacionista), face à estagflação que se seguiu à criação da OPEP (1960), e face à Guerra dos Seis Dias (1967), viria a declarar sem efeito os Acordos de Bretton Woods, pondo deste modo fim à convertibilidade do dólar.

A Guerra do Yom Kippur (1973), protagonizada pela parceria entre Israel e a aliança anglo-americana, levaria a OPEC a concertar o famoso embargo, e a provocar uma subida do preço do petróleo sem precedentes (de 3 para 12 dólares). Desde então, a hegemonia americana não parou de perder influência, e a bolha fiduciária especulativa alimentada em Wall Street e na City londrina não parou de crescer até hoje.

A Alemanha tentou escapar a esta corrida para o precipício estabelecendo uma agenda económica e diplomática própria. Por sua vez, a implosão da União Soviética e a reunificação da Alemanha forçou a França a negociar com Bona a criação efetiva da União Europeia, um sonho alimentado desde 1952 (Comunidade Europeia do Carvão e do Aço), mas sempre adiado por pressão dos americanos e dos ingleses. O Brexit foi provavelmente a última e desesperada tentativa por parte da coroa britânica e financeiros londrinos de manter um paradigma de domínico há muito insustentável.

Entretanto, a China cresceu!

Mas para crescer, sobretudo depois de também ter chegado o pico das suas reservas petrolíferas, que começaram a ser extraídas por volta de 1959-60, em Daqing, a China viria a tornar-se no terceiro maior importador de crude do planeta, depois da União Europeia e dos Estados Unidos (há quem afirme que já é o primeiro). Ou seja, a disputa estratégica global pelo ouro negro tem três grandes atores, todos eles com demografias de peso e capacidade militar de sobra para destruir o planeta.

Acontece que os americanos, ainda que por razões compreensíveis (ninguém gosta de deixar de ser império), continuam a ignorar a realidade, ao mesmo tempo que se endividam cada vez mais, assistem ao declínio imparável do dólar, e começam a perder o controlo da sua própria estabilidade económica, social, política e cultural.

Chegou, pois, o momento de deixar de depender da moeda americana, e sobretudo de permitir que esta exerça chantagem sobre os países que quer controlar, ou impedir de crescer, recorrendo sistematicamente à prepotência das sanções económicas e financeiras, só possíveis de duas formas: pela manipulação do acesso e uso do dólar, ou pelo uso da força militar.

É neste ponto que importa perceber o real significado da escalada nuclear na Coreia do Norte, na sequência, aliás, de inúmeros incidentes entre americanos e chineses em torno da territorialidade dos Mares de China.

Quer queiramos quer não, o supremo líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, transformou o seu país numa potência nuclear. Ou seja, num país inatacável, ao contrário, por exemplo, da Síria, do Irão, ou da própria Turquia. As consequências são óbvias: se os Estados Unidos forem, como tudo indica, incapazes de impedir o nascimento de mais um país dotado de mísseis balísticos intercontinentais, então é só uma questão de tempo para que a Turquia e o Irão atinjam desideratos semelhantes.

Neste jogo de xadrez, a China levou a melhor, e usou Pyongyang da mesma forma que Washington usou Telavive ou, como alguns preferem, como Telavive tem usado Washington.

Aqui chegados, os Estados Unidos não terão outra opção que não seja negociar uma espécie de novo Tratado de Tordesilhas com Pequim. Desta vez, os meridianos não serão geográficos, mas monetários. Haverá duas moedas. Resta saber se o dólar e o yuan, se o yuan e o euro. Tudo dependerá de quem ganhar a batalha africana.


REFERÊNCIAS

Nota de Lord Rothschild ao então MNE britânico Arthur Balfour

Baron Edmond de Rothschild & Palestine 
Edmond de Rothschild (1845-1934) was the youngest son of James and Betty de Rothschild. He bore the Hebrew name Benjamin. He was born in Paris on 19 August 1845. Edmond joined the Paris Banking House in 1868 becoming a director of the Est railway company and other family concerns, and devoting himslef to art, culture and philanthropic interests.  In 1877, he married Adelheid (1853-1935), the daughter of Wilhelm Carl Rothschild (1828-1901). 
He made journeys to Bukharu to examine the potential of the oilfields of the area. In 1895, he visited Palestine for the first time, and his most outstanding achievements were involved in responding to the threats facing the Jewish people in Europe in the late 19th century by supporting massive land purchases and underwriting Jewish settlements in Palestine and Israel. 
Until his death, 'The Benefactor', as he was known provided support for Jewish colonists, overseeing dozens of new colonies. Rishon le Zion (the First in Zion) was followed by others bearing the names of his parents. In 1923 PICA (the Palestine Jewish Colonisation Association) was formed to oversee his affairs in Palestine. When Edmond died in Paris in 1934, he left a legacy which included the reclamation of nearly 500,000 dunams of land and almost 30 settlements. In 1954 his remains and those of Adelheid were brought to Ramat Hanadiv in Zikhron Ya'akov. 
— in Rothschild Archive

China prepara alternativa ao Banco Mundial

China sees new world order with oil benchmark backed by gold 
Yuan-denominated contract will let exporters circumvent US dollar
DENPASAR, Indonesia -- China is expected shortly to launch a crude oil futures contract priced in yuan and convertible into gold in what analysts say could be a game-changer for the industry. 
The contract could become the most important Asia-based crude oil benchmark, given that China is the world's biggest oil importer. Crude oil is usually priced in relation to Brent or West Texas Intermediate futures, both denominated in U.S. dollars. 
China's move will allow exporters such as Russia and Iran to circumvent U.S. sanctions by trading in yuan. To further entice trade, China says the yuan will be fully convertible into gold on exchanges in Shanghai and Hong Kong. 
"The rules of the global oil game may begin to change enormously," said Luke Gromen, founder of U.S.-based macroeconomic research company FFTT. 
(...)
China has long wanted to reduce the dominance of the U.S. dollar in the commodities markets. Yuan-denominated gold futures have been traded on the Shanghai Gold Exchange since April 2016, and the exchange is planning to launch the product in Budapest later this year.

(...)
Saudi Arabia, a U.S. ally, is a case in point. China proposed pricing oil in yuan to Saudi Arabia in late July, according to Chinese media. It is unclear if Saudi Arabia will yield to its biggest customer, but Beijing has been reducing Saudi Arabia's share of its total imports, which fell from 25% in 2008 to 15% in 2016. 
Chinese oil imports rose 13.8% year-on-year during the first half of 2017, but supplies from Saudi Arabia inched up just 1% year-on-year. Over the same timeframe, Russian oil shipments jumped 11%, making Russia China's top supplier. Angola, which made the yuan its second legal currency in 2015, leapfrogged Saudi Arabia into second spot with an increase of 22% in oil exports to China in the same period.
—in  Nikkei Asian Review, September 1, 2017 8:56 pm JST


Atualizado em 13/9/2017, 00:56, WET

segunda-feira, maio 08, 2017

Macron e Putin

Macron e esposa durante comemoram vitória eleitoral.
Foto: REUTERS/CHRISTIAN HARTMAN


Irá a França aproximar-se da Rússia, como o está fazendo Angela Merkel?


“Os cidadãos de França confiaram-lhe a liderança do país num tempo difícil para a Europa e para toda a comunidade mundial. O aumento das ameaças do terrorismo e dos extremismos militantes é acompanhada pelo escalar de conflitos locais e pelo desestabilizar de regiões”, pode ler-se no telegrama enviado, de acordo com o Kremlin.  
“Nestas condições, é especialmente importante superar a desconfiança mútua e unir esforços para assegurar a estabilidade internacional e a segurança”, disse Putin a Macron.
Putin exorta Macron a “superar desconfiança mútua”.
RTP 08 Mai, 2017, 09:29 / atualizado em 08 Mai, 2017, 10:33

Israel é em grande parte uma construção do Reino Unido e da Rússia. Mais de metade da população judaica de Israel veio da Rússia ou tem origem russa.

Os judeus russos vítimas de perseguição do Czar Nicolau II (Pogroms) 'invadiram' Londres, nomeadamente a caminho da América, criando enormes problemas à comunidade judaica local, onde coexistiam sefarditas e ashkenazi (Disraeli era um judeu sefardita, enquanto Rothschild é considerado um judeu ashkenazi).

A solução encontrada para este êxodo de judeus de origem germânica, habitantes da Rússia, Polónia, Alemanha e Áustria (Ashkenazi), que se acentuaria enormemente com o advento do nacional-socialismo hitleriano, mas também durante a ditadura estalinista—ou seja, a criação do estado Sionista, de origem sobretudo Ashkenazi, de Israel— marca desde então as relações especiais que existem entre a Rússia e Israel.

Sendo Macron um 'discípulo' dos Rothschild, que declaradamente se assumem como membros do grupo dos judeus Ashkenazi, o apelo de Putin ganha especial significado...

quinta-feira, setembro 17, 2015

Síria, uma crise fabricada

Aylan Kurdi. Ilustração @ Antimedia

Quem engendrou e quem quer lucrar com a crise dos refugiados?


O mais deprimente mesmo foi ver como o presidente da União das Misericórdias Portuguesas, e o veterano Rui Marques, e mais não sei quantos espertos da solidariedade saltaram imediatamente para a frente televisiva, cheios de ideias e compaixão pelos refugiados. Na realidade, o que estas criaturas piedosas não deixaram de ver em primeiro lugar foram os milhões de euros que a UE (9.000 euros por refugiado acolhido) e o governo português (aqui o montante não foi ainda anunciado) terão que desembolsar por causa desta crise, criada, em primeiro lugar, pelos belicistas americanos e israelitas, mas com o apoio sonâmbulo, desde o início da guerra civil na Síria, dos indigentes políticos que pusemos à frente dos destinos desta desmiolada Europa.

Não temos 308 governos municipais? Não temos 3.092 freguesias? Não temos centenas de edifícios escolares vazios, abandonados ou à venda? Não contam as nossas Forças Armadas com mais de 3.000 efetivos, boa parte dos quais em estado de prontidão operacional? Não existem várias unidades hospitalares no recém concentrado Hospital das Forças Armadas? Não sai tudo isto dos impostos que pagamos, e da sobre dívida que suportamos? Não é precisamente nestas ocasiões que o estado deve cumprir a sua missão com eficácia e brilho? Então porque é que se levantou o indecoroso circo da desgraça alheia e se escancararam os microfones aos profissionais da piedade remunerada?

A União Europeia está cercada de fogos postos pelos Estados Unidos e por Israel

A colonização americana da Europa ocidental está em pleno curso, por via da tentativa sistemática de destruição do euro, através das guerras artificiais implantadas no Iraque, Afeganistão, Líbia, Ucrânia, Síria, etc., das sanções e tensões artificiais envolvendo o Irão, África mediterrânica, África subsariana, e ainda por meio do grande abraço de urso que é a famosa Parceria Transatlântica (TTIP), de que a frota de empresas globais já desembarcadas na Europa é uma antecipação clara do que nos espera: Standard & Poor's (S&P), Moody's, Fitch, Google, Facebook, Twitter, Microsoft, Apple, Fox, Disney, Remax, Era, Century 21, ou a mais recente e escandalosa Uber!

Na realidade, o que está em curso é a preparação de uma nova divisão do mundo em duas metades: uma metade ocidental liderada pelos Estados Unidos, que inclui todo o continente americano, a Europa ocidental, incluindo a Finlândia, Estónia, Letónia, Lituânia, Polónia, Moldávia, Roménia e Turquia, a península da Arábia e todo o continente africano; e uma metade oriental, com vértice na China e na Rússia, e abrangendo um número indeterminado de países, de que se excluem, para já, o Japão e a Austrália...

A morte de Aylan Kurdi, que na realidade fugia do auto-proclamado Estado Islâmico (ISIS), e não de Bashar al-Assad, tal como a morte de tantos outros meninos e meninas parece, pois, um dos altos preços a pagar por um novo Tratado de Tordesilhas.

Presidente sírio acusa Ocidente de usar dois pesos e duas medidas sobre migrantes
AFP - Agence France-Presse/ Diário Pernambuco, Publicação: 17/09/2015 09:09 
Bashar Al-Assad afirmou que os países ocidentais choram pelos refugiados sírios ao mesmo tempo em que alimentam a guerra que os expulsa para o exílio

"É como se o Ocidente chorasse com um olho pelos refugiados e com o segundo mirasse neles com uma arma", declarou o chefe de Estado sírio, durante uma entrevista à imprensa russa, divulgada nesta quarta-feira.

"O Ocidente (...) apoia os terroristas desde o início da crise e (aponta a responsabilidade do que acontece) para o regime ou o presidente sírio", ressaltou em sua primeira reação à tragédia dos migrantes.

O regime de Damasco chama de "terroristas" todo os seus opositores: dissidentes políticos que escolheram a luta pacífica, rebeldes que pegaram em armas e os jihadistas, incluindo os do grupo Estado Islâmico (EI).

"Se a Europa está tão concentrada no futuro dos refugiados, deveria parar de apoiar o terrorismo", insistiu Assad. Muitos países europeus apoiam a oposição "moderada" a Assad, mas que lutam contra os jihadistas do EI.

Mais de 500 mil migrantes atravessaram as fronteiras da União Europeia entre janeiro e agosto deste ano, contra 280 mil em 2014, segundo a agência europeia Frontex.

Read This Before the Media Uses a Drowned Refugee Boy to Start Another War
Antimedia, Dan Sanchez. September 8, 2015

Warmongers in government and the media are perversely but predictably trying to conscript Aylan’s corpse into their march to escalation. They are contending that Aylan died because the West has not intervened against Syria’s dictator Bashar al-Assad, and that it must do so now to spare other children the same fate.

Um, no, Aylan’s family were Kurdish refugees from Kobani who had to flee that city when it was besieged, not by Assad, but by Assad’s enemy: ISIS.

And ISIS is running rampant in that part of Syria only because the US-led West and its regional allies have given them cover by supporting and arming the jihadist-dominated uprising against Assad.

The West has been intervening in Syria heavily since at least 2012. Indeed, it is Western intervention that has exacerbated and prolonged the conflict, which has now claimed a quarter of a million lives.

quarta-feira, abril 29, 2015

'Si Egipto se derrumba, la región irá al desastre y Europa sufrirá'

Os povos milenares do Mediterrâneo devem retomar o controlo das suas vidas e do seu futuro

A Europa e os principais países do Mediterrâneo: Espanha, Portugal, Itália, Grécia, Marrocos, Argélia, Líbia, Egito, Líbano, Síria (uma vez refeita do desastre), Turquia, Israel, e uma Palestina sensata, que ainda não existe, devem tomar conta do destino deste mar cultural e estratégico milenar, afastando os demónios que há mais de um século trazem conspiração e guerra a estas paragens.

P.- ¿Quién está detrás del autodenominado Estado Islámico (IS)?

Hay una percepción errónea del IS por parte de la sociedad. Los grupos terroristas reciben ayuda bajo la ilusión de un Estado y un sistema. Se olvidan de que el mundo ha cambiado y el islam no es ajeno a ese cambio. No es sólo la religión sino también la necesidad de evolucionar. El islam tiene que progresar. Quienes apoyan al IS no tienen claro el peligro que representan. El IS usa la religión como una herramienta para alcanzar objetivos políticos y ha creado una fuerza incontrolable. Hay que hacer frente a esa realidad y tenemos que estar unidos porque esto afecta al Mediterráneo, a Europa y a todo el mundo. El mapa del terrorismo está creciendo y el esfuerzo que se está haciendo no es suficiente. No sólo es un esfuerzo militar y económico, también de discurso religioso. ¿Están ustedes dispuestos a colaborar?

[...]

P.— Sin embargo, aparte de sus socios en el Golfo Pérsico, en casi dos años de discurso vinculando a los Hermanos con el terrorismo no ha conseguido convencer ni a Estados Unidos ni a la Unión Europea. De hecho, los Hermanos Musulmanes siguen operando legalmente desde su oficina en Londres... ¿No cree que su estrategia para convencerles ha fracasado?

Estimo que los europeos tienen que conciliar muchos factores y quizás necesiten más tiempo para entender lo que sucede en Egipto. En los países europeos hay comunidades musulmanas y elementos en ellas que simpatizan con los Hermanos Musulmanes. La seguridad es su prioridad y entiendo perfectamente su postura [hacia los Hermanos]. Si este Estado se derrumba, la región irá al desastre y Europa sufrirá un daño terrible. Egipto no es ni Irak ni Siria ni Yemen, países que tienen más de 20 millones de habitantes cada uno. Nosotros somos 90 millones.

[...]

P.— En los últimos años ha crecido la emigración de los cristianos egipcios por diversas razones [las trabas de la administración, los ataques sectarios o el desamparo policial, entre otros]. ¿Está usted dispuesto a proteger a la minoría cristiana y a eliminar los obstáculos relativos a la construcción de iglesias?

Me gustaría aclarar algo esencial: en Egipto no existe una minoría cristiana. El término "minoría" no se emplea en nuestra sociedad para referirse a una minoría numérica porque connota una especie de discriminación contra quienes abrazan un credo determinado o pertenecen a otra etnia. Por consiguiente, digo que los cristianos son ciudadanos egipcios que tienen todos los derechos y todas las obligaciones hacia la patria. El nuevo Egipto está muy interesado en enviar un mensaje a la humanidad que exprese los valores de la participación, la justicia, la cooperación y la tolerancia hacia el otro. Son los valores promulgados y recomendados por el islam. Por otro lado, un número importante de coptos optó por emigrar en los dos últimos años porque el sistema gobernante en aquel momento tenía tendencias extremistas y violentas y no reconocía el diálogo como puente de entendimiento. No admitía al otro sino que entraba en un choque frontal contra quienes no compartían su misma ideología o no profesaban el islam. Creo que todos los egipcios, cristianos y musulmanes, sufrieron los aspectos negativos producidos por este tipo de pensamiento que no distingue entre cristiano y musulmán. En lo relativo a la construcción de lugares de culto, es algo que corresponde a una ley que actualmente es un anteproyecto para regular la edificación tanto de templos cristianos como musulmanes. El Estado considera que este proyecto posee una notable relevancia espiritual que necesita un debate parlamentario con el fin de acreditarlo de modo definitivo.

[...]

P.— Con los Hermanos Musulmanes en el poder, ¿la amenaza del yihadismo crecería para Europa?

El peligro sería mucho mayor de lo que se imagina si los Hermanos Musulmanes volvieran a gobernar Egipto. Libia, Siria, Mali, Chad, Etiopía y la península Arábiga... Todo iría a la deriva. Ustedes pueden luchar contra ejércitos regulares pero no contra grupos armados, como hacemos nosotros.

[...]

P— ¿Qué persigue y qué espera con su visita a España?

Creemos en la geografía y el territorio. Estamos hablando del Mediterráneo. Pertenecemos a culturas diferentes pero compartimos sur y norte del Mediterráneo. Queremos que España sea un puente hacia Europa. Tiene que haber comprensión mutua. Deseamos que haya mayor cooperación económica y que se produzca un espaldarazo. Somos un mercado de 90 millones y además tenemos posibilidades de convertirnos en la puerta hacia África. Necesitamos más cooperación en enseñanza y cultura y pretendemos que haya más inversiones españolas en Egipto.

'Si Egipto se derrumba, la región irá al desastre y Europa sufrirá' | Internacional | EL MUNDO

quinta-feira, fevereiro 05, 2015

Grexit? (3)

Topol M ICBM — uma arma nuclear infernal

BCE—0, Grécia—1 


“About 700 units of military equipment, including launchers are deployed in the positioning areas in the Tver, Ivanovo, Kirov, Irkutsk regions, as well as in Altai Territory and the Mari El republic.” 
TASS

Ontem o BCE tentou humilhar a Grécia. Hoje a Rússia forçou o BCE a adiantar 60 mil milhões de euros aos gregos, e de caminho colocou armas nucleares em regime de prontidão em vários pontos do seu território. O casal Merkel-Hollande sai amanhã disparado em direção a Moscovo!

Mais do que uma simples expulsão da Grécia da Eurolândia, o que está em causa é muito maior e muito mais perigoso: trata-se de saber como irá decorrer o braço de ferro entre Moscovo e Washington em volta da magna questão dos corredores do gás natural em direção à Europa.

É hoje evidente que os americanos pretendem isolar a Rússia para tolher a China. E uma das formas de o fazer é atacar as exportações de petróleo e gás natural. Primeiro prepararam um Inferno na Ucrânia, e outro na Síria. Objetivo: cortar ao meio os gasodutos que ligam a Rússia à Europa através do território ucraniano; e depois apoiar o Qatar, a Arába Saudita e Israel a lançarem novos gasodutos em direção à Europa, dificultando ao mesmo tempo a construção do pretendido gasoduto entre a Rússia e a Grécia, com passagem única pela Turquia.

Este garrote, se funcionasse até ao fim, acabaria com Putin e lançaria a Rússia numa nova bancarrota e na agitação social. É este o objetivo da diplomacia levada a cabo pelos emissários de Obama na Arábia Saudita e na Ucrânia—com o apoio óbvio de Israel, que lançou uma ofensiva militar terrorista contra a Palestina. É percebendo esta manobra que se entenderá o aparecimento e ação psicológica global do famoso Estado Islâmico, uma criação, tal como a Al Qaida, dos serviços secretos militares norte-americanos (com a ajuda mais do que provável dos ingleses e dos israelitas).

É possível que Obama tenha um rebuçado para Putin: se deixares cair Bashar al-Assad, essencial à construção dos gasodutos Árabe e Islâmico, deixaremos a Ucrânia em paz e ao teu cuidado.

É neste teatro bélico potencial, a que os dirigentes eurolandeses assistem com ar bovino, que os ortodoxos gregos e os ortodoxos russos se encontram neste momento.

Vladimir Putin, que ameaçou já fechar o fornecimento de gás natural à Europa através da Ucrânia, oferece, porém, uma alternativa: um gasoduto através da Turquia com entrada na União Europeia pela Grécia. Mas se for assim, como poderá a Alemanha deixar cair os ortodoxos gregos?

A Turquia não se oporá, obviamente, à proposta russa.


FILME DO DIA

Rússia avisa EUA que fornecer armas à Ucrânia causará “dano colossal” às relações
Jornal de Notícias
“Nos nossos contactos com representantes da administração norte-americana sempre sublinhámos que as informações sobre a intenção de Washington de entregar a Kiev armas modernas letais nos causam grande preocupação”, disse o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros russo, Alexander Lukashevich.

Merkel, Hollande, Putin to discuss end to Ukraine’s civil war at Moscow talks
RT. Edited time: February 05, 2015 16:26

The French president and the German chancellor are set to visit Moscow on Friday after a trip to Kiev, in order to find a peaceful solution to the escalating violence in Ukraine, the Kremlin has confirmed.

“I can confirm that indeed tomorrow [Friday] Putin, Merkel and Hollande will have talks. The leaders of the three states will discuss what specifically the countries can do to contribute to speedy end of the civil war in the southeast of Ukraine, which has escalated in recent days and resulted in many casualties,” Russian presidential spokesman Dmitry Peskov said.

Putin Invites Tsipras To Visit Russia
Zero Hedge. Submitted by Tyler Durden on 02/05/2015 10:45 -0500

While Greek finance minister Yanis Varoufakis’ comments that “we will never ask for financial assistance in Moscow,” which notably does not deny acceptance of aid if offered, and Greek Minister of Energy Panagiotis Lafazanis adding that Athens opposes the embargo imposed on Moscow, “we have no disagreement with Russia and the Russian people,” it is perhaps not surprising that, as Vedemosti reports, Russian President Vladimir Putin spoke by phone with the new Prime Minister of Greece Alexis Tsipras, congratulated him on taking office, and invited him to Russia.

[ANA]

The situation in Ukraine and other international issues, among them, “the South Stream and Turkish Stream pipeline projects, dominated a telephone call between Russian President Vladimir Putin and Greek Prime Minister Alexis Tsipras earlier on Thursday, the Kremlin announced.

Putin invited Tsipras to visit Moscow on May 9 when celebrations will take place, commemorating the peoples’ victory over fascism. On his part, the Greek prime minister underlined the importance he attributes to the fight against Nazism, expressing his intention to accept the invitation.

The Russian leader’s top foreign policy adviser Yuri Ushakov said that Putin congratulated Tsipras on his victory in last month’s general elections and on the assumption of his duties as the new prime minister of Greece.

The discussion was very warm and constructive, he said, noting that President Putin invited Tsipras to Russia. He also said that the will for a more active development of bilateral relations was reaffirmed.

The Russian ministers of foreign affairs and defence have already invited their Greek counterparts to visit Moscow.

Tsipras talks to Putin while US urges Greece to cooperate with its partners, IMF
ekathimerini, Thursday February 5, 2015 (14:55)

The United States has urged Greece to work closely with its European partners and the International Monetary Fund, a senior American official said late on Wednesday.

“We do believe that in the case of Greece it is very important for the Greek government to work cooperatively with its European colleagues, as well as with the IMF. And we have advised it to do so, and we are hopeful that these conversations are now moving to a place with some cooperation and mutual understanding.” noted the official during a conference call regarding US Vice President Joe Biden’s visit to Belgium and Germany which begins on Thursday.

The comments followed President Obama’s recent remarks with regard to austerity in Greece, in which he argued that countries could not go on being “squeezed.”

Russia Deploys Nuclear ICBM Launchers On Combat Patrol
Submitted by Tyler Durden on 02/05/2015 12:56 -0500

Perhaps it is a coincidence that a day before John Kerry’s arrival in Kiev (a visit which “coincided” with a 35% devaluation of the local currency) where among other things the US statesman discussed the possibility of official (as opposed to unofficial) deliveries of US “lethal support” to the civil war torn and now hyperinflation country, that Russia decided to put its nuclear ICBMs on combat patrol missions in various Russian regions. Specifically, according to Tass, “About 700 units of military equipment, including launchers are deployed in the positioning areas in the Tver, Ivanovo, Kirov, Irkutsk regions, as well as in Altai Territory and the Mari El republic.”

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quarta-feira, fevereiro 04, 2015

Guerra e Gás (IV)

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A corrida dos gasodutos—afinal o petróleo desce por causa do gás!


As guerras, as sanções, as tensões, as degolações espetaculares, em suma, o Inferno que temos visto no Médio Oriente desde as guerras no Afeganistão e no Iraque marcam o início do grande conflito estratégico do século 21: a luta pelo gás natural.

Estão em causa os acessos e o fornecimento de gás natural à Europa, mas também à China, à Índia e ao Paquistão. As maiores reservas encontram-se na Rússia, Irão, Qatar, Turquemenistão, EUA, Arábia Saudita, Iraque, Venezuela, Nigéria, Argélia, em suma, nos sítios do costume.

Neste momento a Rússia compete com os projetados gasodutos Árabe e Islâmico na primazia do fornecimento à Europa — pretendendo chegar à Europa através da Turquia e da Grécia. A guerra de secessão em curso na Ucrânia é imprevisível e poderá acabar na redução drástica da passagem de gás russo por aquele país.

Por outro lado, parece que a Arábia Saudita resolveu dar uma ajudinha à estratégia de Obama e dos caniches europeus, promovendo os interesses estratégicos do Qatar/Irão, mas também de Israel do Egito e os seus próprios na corrida dos gasodutos. O jogo é perigoso, pois Putin pode recordar aos alemães o que lhes sucedeu em Estalinegrado quando intentaram conquistar a Rússia.

Saudi Oil Is Seen as Lever to Pry Russian Support From Syria’s Assad
By MARK MAZZETTI, ERIC SCHMITT and DAVID D. KIRKPATRICKFEB. The New York Times, 3, 2015

WASHINGTON — Saudi Arabia has been trying to pressure President Vladimir V. Putin of Russia to abandon his support for President Bashar al-Assad of Syria, using its dominance of the global oil markets at a time when the Russian government is reeling from the effects of plummeting oil prices.

Saudi Arabia and Russia have had numerous discussions over the past several months that have yet to produce a significant breakthrough, according to American and Saudi officials. It is unclear how explicitly Saudi officials have linked oil to the issue of Syria during the talks, but Saudi officials say — and they have told the United States — that they think they have some leverage over Mr. Putin because of their ability to reduce the supply of oil and possibly drive up prices.

“If oil can serve to bring peace in Syria, I don’t see how Saudi Arabia would back away from trying to reach a deal,” a Saudi diplomat said. An array of diplomatic, intelligence and political officials from the United States and the Middle East spoke on the condition of anonymity to adhere to protocols of diplomacy.

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Sobre este mesmo tema n'O António Maria

quarta-feira, outubro 29, 2014

India and Israel to supply meat and dairy to Russia

AFP Photo / Sajjad Hussain
AFP Photo / Sajjad Hussain

Os portugueses têm que brincar às sanções contra a Rússia, a mando dos idiotas de Washington, mas Israel não!

Four Indian food suppliers have been given access to Russian markets, and Israeli meat and dairy products are expected on Russian shelves as early as in the end of 2014.

India and Israel to supply meat and dairy to Russia — RT Business

sábado, abril 26, 2014

A armadilha ucraniana

Vladimir Putin. AP

Uma nova tragédia em nome de Halford Mackinder?


Há uma teoria do mundo que tem conduzido a enormes desastres humanos. É a chamada Heartland Theory de Halford Mackinder, dogma adotado por Hitler, e mais tarde pelos Estados Unidos.

A mente cinzenta desta visão que há décadas influencia a diplomacia norte-americana é Zbigniew Brzezinski, para quem o império americano morrerá no dia em que Lisboa se ligar económica, diplomática e culturalmente a Vladivostok. Para Brzezinski um tal cenário correria o risco de colocar os caucasianos alemães e russos ao leme do mundo, sobretudo se estes conseguirem estabelecer uma aliança forte com a China, que absorveria entretanto o Japão na sua esfera de influência, e forem capazes de acomodar o Médio Oriente e o norte de África, atrair Israel, e travar os radicais islâmicos onde estejam.

A ladainha de Brzezinski retomada de Mackinder é esta:
“Who rules East Europe commands the Heartland;
who rules the Heartland commands the World-Island;
who rules the World-Island controls the world.”
(Mackinder, Democratic Ideals and Reality, p. 194)/ Wikipedia

O mapa estratégico do mundo segundo Halford Mackinder

Um Zona de Comércio Livre de Vladivostok a Lisboa?

É pelo menos isto que ingleses e americanos, ou pelo os americanos, há muito querem impedir. Mário Soares está do lado desta visão, apesar de ter sido ajudado consistentemente pela França e pela Alemanha desde que a ditadura de Salazar começou a ruir. Talvez seja esta a explicação para as manobras insistentes que tem vindo a desenvolver no sentido de reclamar o derrube violento da atual ordem constitucional. Convém a este propósito lembrar que a direita latifundiária e rendeira que suportou o Salazarismo está intacta e reclama entre dentes a saída do euro. Esta, porém, seria a via direta para a expropriação fiscal violenta e em massa dos portugueses. Mas a Mário Soares tal cenário é-lhe indiferente. Ao personagem interessa-lhe sobretudo o poder da tribo que julga todavia comandar, ainda que em nome do prolongamento, cada vez mais problemático, da Pax Americana.

As manobras de Mário Soares, nomeadamente ao envolver alguns restos indigentes do MFA, são mais finas do que parecem, na medida em que o que está em formação sob as suas declarações aparentemente desmioladas é um verdadeiro bloco de interesses de natureza nacionalista e autoritária, pronto a aproveitar qualquer deslize grave na situação financeira, económica e social do país e, ou, o colapso do euro, para desencadear uma Revolução Cor-de-Rosa amplamente financiada pelo Tesouro americano. Até agora o PCP demarcou-se desta armadilha. Vamos observar com minúcia os próximos passos do “animal político” Mário Soares.

Importante: esta dinâmica, já em curso, levará inevitavelmente a uma cisão no PSD, cuja precária unidade interna será intensamente desafiada pelo CDS de Paulo Portas, e pelo PS de Mário Soares, intelectualmente secundados por Adriano Moreira e pela filha deste, Isabel Moreira.

Russian Prime Minister Vladimir Putin would like to see a free trade agreement between the European Union and Russia. In a Thursday editorial for a German newspaper, he describes his vision of "a unified continental market with a capacity worth trillions of euros."

No more tariffs. No more visas. Vastly more economic cooperation between Russia and the European Union. That's the vision presented by Russian Prime Minister Vladimir Putin in an editorial contribution to the German daily Süddeutsche Zeitung on Thursday.

"We propose the creation of a harmonious economic community stretching from Lisbon to Vladivostok," Putin writes. "In the future, we could even consider a free trade zone or even more advanced forms of economic integration. The result would be a unified continental market with a capacity worth trillions of euros."

Spiegel online, November 25, 2010 – 11:44 AM

sábado, novembro 17, 2012

Israel na compra da TAP?

Aeroporto de Santa Maria, Açores: KLM Royal Dutch Airlines Lockheed L-1049C Super Constellation (PH-TFW/4507). Foto license: cc.

Synergy Aerospace: será que o governo português sabe a quem está prestes a vender a TAP?

i: Onde está sedeada a empresa que vai comprar a TAP?

Efromovich: Somos ligeiros e já estamos a criar a Synergy Portugal… Afinal, estão a corrigir-me, é a Synergy Europa, sedeada no Luxemburgo.

[...] O único candidato à compra da TAP, Germán Efromovich, diz que poderá vender em bolsa entre 10% a 20% da transportadora aérea, caso o governo venha a aceitar a proposta da Synergie Aerospace. A entrevista aqui apresentada resulta da síntese das respostas ontem deu aos jornalistas, em conferência de imprensa.

i online, 16 Nov 2012 - 14:57 | Actualizado há 9 horas 1 minuto

Estarão Bruxelas, Berlim, Londres e Madrid a par desta rocambolesca entrada de Israel na placa giratória estratégica do Atlântico? Não há uma interdição explícita à entrada de companhias extra-comunitárias no setor aeronáutico europeu? E os nossos generais, já acordaram?

Efromovich tem vindo a anunciar que a compradora da TAP é uma tal Synergy Aerospace, ora com sede no Panamá, ora em Bogotá, ora, mais recentemente, no Luxemburgo — mas aqui já deixou de se chamar Synergy Aerospace para passar a ser Synergy Portugal, ou melhor (alertou um assistente de Efromovich na conferência de imprensa), Synergy Europa, sediada no Luxemburgo. Todas estas imprecisões fariam qualquer governo digno da função rejeitar semelhante fantasma negocial.

Em primeiro lugar, não há nenhuma empresa registada com o nome Synergy Aerospace do grupo Synergy que esteja visível nos radares da Internet. A que existe com semelhante designação é uma empresa de engenheiros e consultores de aviação militar, mas americana.

O que há, sim, é uma joint venture entre o Synergy Group dos irmãos Efromovich e a principal empresa israelita de tecnologia militar aeronáutica e espacial, a Israel Aerospace Industries. Daqui talvez a confusão: Synergy Group + Israel Aerospace Industries = EAE Aerospace Solutions, ou, mas aqui deve haver uma enorme trapalhada, Synergy Aerospatial, com sede supostamente no Brasil...


ATENÇÃO AOS OBJETIVOS DA ISRAEL AEROSPACE INDUSTRIES

IAI, Synergy Group Embark on Expansion Plan in Brazil

UPI, April 14, 2011 at 16:00

“IAI and its Brazilian partner Synergy Group have established a unique joint venture structured to expand IAI’s offerings in Brazil through acquisitions of local companies and activities, thus rapidly expanding the combined offerings of IAI and the Synergy Group in Brazil.”

“We entered Brazil with determination to be an active, leading player in the Brazilian defense and security market” said Shamir, “While we are pursuing several defense and security programs in the Brazilian market we are not necessarily waiting for these tenders to mature, or wins to establish our presence here.” IAI regards the growing demand for Homeland Security as a springboard to enter the Brazilian market, said Shamir, “we are crafting our technologies to offer the Brazilian government and federal customers with comprehensive solutions to specific needs, that will eventually improve the security, and emergency response of Brazilian authorities, utilizing mature, efficient and ubiquitous intelligence, situational awareness and information management capability.“

Em forma de conclusão diria o seguinte:
  1. A simples ideia de promover um concurso de privatização para um só concorrente é uma situação espúria e que revela algo muito simples: a compra da TAP na situação em que está é um mau negócio, a não ser que haja outros negócios por trás;
  2. O historial do candidato, nomeadamente no que se refere à questão folclórica da sua nacionalidade, não inspira confiança;
  3. As ligações muito fortes que os irmãos Efromovich e o seu grupo Synergy hoje mantêm com a principal empresa de tecnologia aeronáutica e espacial militar do estado sionista de Israel colocam um problema de segurança estratégica muito sério, não só à cultura de alianças nacional, como à própria segurança estratégica europeia — os interesses estratégicos de Portugal e da Europa não se confundem com os interesses estratégicos do Brasil;
  4. Termos chegado até aqui revela duas coisas: que os estrategas militares portugueses deixaram de ser ouvidos pelo poder político, e que o poder político, incluindo todos os partidos políticos com assento parlamentar, é uma desgraça completa, desde logo começando pelo ministro da defesa em funções, que deveria regressar rapidamente aos seu negócios, em vez de andar mascarado de responsável pela segurança estratégica do país. Quanto ao presidente da república, já todos percebemos que a criatura está doente, e portanto deveria resignar.
POST SCRIPTUM: as missões militares estratégicas há muito que são desempenhadas por lebres civis.

ÚLTIMA HORA: Israel pode estar a preparar-se para um ataque ao Irão!

Se Israel atacar o Irão, este poderá bloquear o Estreito de Ormuz. Se tal acontecer, haverá uma quebra diária de fornecimentos na ordem dos 10 milhões de barris de petróleo e 2 milhões de gás natural. Uma rotura de abastecimento desta dimensão, na ordem dos 10-11% da produção mundial de petróleo, fará disparar automaticamente os preços da energia e dos alimentos para níveis difíceis de calcular. Por outro lado, percebe-se o interesse súbito que Gibraltar e em geral a frente de portos atlânticos da Europa, todo o Atlântico, e o corredor ferroviário entre Luanda e Nacala poderão ter para o mundo. Caro ministro Álvaro Santos Pereira: ponha a linha de bitola europeia entre o Poceirão-Setúbal-Sines e o Caia em construção quanto antes! E liberte-se dos Efromovich !!!
"Pétrole : pourquoi la menace iranienne est prise au sérieux"
Le Monde.fr | 14.11.2012 à 14h14 • Mis à jour le 14.11.2012 à 15h33

Si les pays occidentaux semblent exclure une intervention militaire pour stopper le programme nucléaire iranien, le gouvernement israélien a indiqué qu'au-delà de la fameuse "ligne rouge", il devrait recourir à cette option.

Face à ces menaces, l'Iran a répondu qu'une attaque de ses installations nucléaires constituerait un acte de guerre lui autorisant toute forme de réplique. Pourtant, ce n'est pas vraiment l'éventualité d'une riposte armée qui inquiète le marché du pétrole. C'est le risque de voir l'Iran bloquer le détroit d'Ormuz, c'est-à-dire le rail naval le plus stratégique pour le commerce mondial du pétrole.

Última atualização: 18 nov 2012, 0:13

quarta-feira, maio 25, 2011

O devaneio de Lars von Trier

A arte também escreve direito por linhas tortas


Lars von Trier e Hitler por afpportugues

O devaneio de Lars von Trier foi bem mais oportuno do que a superficialidade patética dos organizadores de Cannes conseguiram entender. Temo bem que a próxima onda anti-judaica comece nos EUA, causada por dois fenómenos interligados:
  • o poder asfixiante e ruinoso para os EUA da mais poderosa organização sionista do mundo — a AIPAC—, sustentáculo crucial do cada vez mais ilegal e criminoso estado de Israel;
  • e o facto dos principais bancos de investimento especulativo e agências de notação financeira envolvidos no descalabro financeiro mundial estarem nas mãos, outra vez, de famílias judaicas que não aprenderam nada com a História!
Não sei bem o que se passa. Mas passa-se alguma coisa e é preocupante.

O caso Strauss-Kahn, um socialista judeu, meio Sefardita, meio Ashkenazi, que por acaso anunciara em fevereiro passado a necessidade de substituir a moeda americana por uma moeda mundial, sugere uma divisão no seio das elites financeiras judaicas mundiais cujos contornos são ainda confusos.

A decisão de Obama de exigir a Israel que regresse às suas fronteiras originais, isto é de 1948, seguida da viagem a uma das suas origens, a irlandesa, e por via desta, ao Reino Unido, sabendo-se que estes três países estão no mesmo estado de falência, crise social e cerco agiota que nós, deixa-me a cogitar.

Os episódios sintomáticos de uma nova crise anti-sionista, mas que poderá transformar-se, como sempre aconteceu ao longo da história humana dos últimos dois milénios e meio, numa nova vaga anti-judaica, sucedem-se. E a causa é, no fundo, a de sempre: povos e nações endividaram-se para além do razoável, socorrendo-se para tal dos famosos money changers. Estes não resistiram à miragem do lucro infinito, ajudando para tal os seus clientes, pobres, remediados, ricos e soberanos, a viverem muito para além das suas possibilidades, numa bolha de liquidez virtual. Acontece, porém, que as balanças desequilibradas terão um dia que regressar ao ponto inicial, de uma forma ou doutra. E aqui, para mal dos inocentes, começam os problemas!



Lembro apenas mais um caso relativamente recente, que passou incógnito entre nós, mas que é sumamente revelador. Refiro-me à demissão forçada de Helen Thomas, a mais prestigiada correspondente da Casa Branca, depois de uma conversa casual com um jovem jornalista e músico da RabbiLive.com —
Thomas retired following negative reaction to comments she had made about Israel, Jews, and Palestine during a brief interview with Rabbi David Nesenoff of RabbiLive.com.[1][41][42][43][44][45] Nesenoff was on the White House grounds for an American Jewish Heritage Celebration Day, and he questioned Thomas as she was leaving the White House via the North Lawn driveway:

    Nesenoff: Any comments on Israel? We're asking everybody today, any comments on Israel?

    Thomas: Tell them to get the hell out of Palestine.

    Nesenoff: Ooh. Any better comments on Israel?

    Thomas: Hahaha. Remember, these people are occupied and it's their land. It's not German, it's not Poland...

    Nesenoff: So where should they go, what should they do?

    Thomas: They can go home.

    Nesenoff: Where's the home?

    Thomas: Poland, Germany...

    Nesenoff: So you're saying the Jews go back to Poland and Germany?

    Thomas: And America and everywhere else. Why push people out of there who have lived there for centuries? See?

    Nesenoff: Are you familiar with the history of that region?

    Thomas: Very much. I'm of Arab background.

    Nesenoff: I see. Do you speak Arabic?

    Thomas: Very little. We were too busy Americanizing our parents... All the best to you.
   
    —May 27, 2010, RabbiLive.com

quarta-feira, julho 22, 2009

Israel

Um bom pretexto

A intensificação da guerra no Afeganistão —uma armadilha que tem atraído o envolvimento crescente dos Estados Unidos e da Europa Ocidental—, somada ao agravamento da crise "interna" iraniana, está a transformar o Médio Oriente num barril de petróleo prestes a explodir. As consequências de um tal desenlace são imprevisíveis e seriam certamente catastróficas. Basta um fósforo chamado Jerusalém para que o pior ocorra.

A recente decisão dos sionistas radicais de expulsarem milhares de palestinos de Jerusalém Oriental, é o género de provocação à paz mundial que poderá facilmente abrir o caminho a uma III guerra mundial. Obama, Putín (Medvedev) e Hu Jintao conhecem perfeitamente o perigo de uma tal situação, caso fique fora de controlo. Ora os racistas que hoje dominam Israel são capazes de quase tudo. Na realidade, parecem-se cada vez mais com aqueles que mais dizem odiar: os nazis!

Playing with fire, by Haaretz Editorial

The controversy surrounding the plan to create a Jewish enclave in the heart of the Palestinian neighborhood of Sheikh Jarrah in East Jerusalem is not another routine expression of the U.S.-Israel dispute over the settlements. The timing of the decision to build dozens of housing units in the Shepherd Hotel complex, at the height of efforts to reach an agreement on limited construction in the settlements, casts doubt over Prime Minister Benjamin Netanyahu's willingness to enter serious negotiations on a final-status agreement. The support he granted the construction project yesterday, despite the vehement condemnations of America and Britain, show he is prepared to endanger Israel's most essential foreign relations for a provocative initiative led by Irving Moskowitz, the patron of right-wing organizations in East Jerusalem.

U.S. President Barack Obama's opposition should not have surprised Netanyahu. The day after Jerusalem Day, when the prime minister declared the city is "Israel's united capital" and would remain forever under Israeli sovereignty, Washington clarified that authority over East Jerusalem would be resolved only through negotiations on a final-status agreement.

... Since 1967 Israel has expropriated 35 percent of East Jerusalem in order to construct 50,000 housing units in neighborhoods intended primarily for Jews. During the same period, fewer than 600 housing units were built for Palestinian residents with government support. — in Haaretz.com (20-07-2009).

De momento parece haver unanimidade mundial na condenação do comportamento provocatório dos sionistas radicais chefiados por Benjamin Netanyahu. Mas se houver uma provocação que force a Rússia, ou os Árabes a reagir, quem controlará a situação?


OAM 607 22-07-2009 01:05

quarta-feira, janeiro 28, 2009

Crise Global 58

Israel: podemos destruir todas as capitais europeias

We have the capability to take the world down with us

Iran can never be threatened in its very existence. Israel can. Indeed, such a threat could even grow out of the current intifada. That, at least, is the pessimistic opinion of Martin Van Crevel, professor of military history at the Hebrew University in Jerusalem. 'If it went on much longer,' he said, 'the Israeli government [would] lose control of the people. In campaigns like this, the anti-terror forces lose, because they don't win, and the rebels win by not losing. I regard a total Israeli defeat as unavoidable. That will mean the collapse of the Israeli state and society. We'll destroy ourselves.'

In this situation, he went on, more and more Israelis were coming to regard the 'transfer' of the Palestinians as the only salvation; resort to it was growing 'more probable' with each passing day. Sharon 'wants to escalate the conflict and knows that nothing else will succeed'.

But would the world permit such ethnic cleansing? 'That depends on who does it and how quickly it happens. We possess several hundred atomic warheads and rockets and can launch them at targets in all directions, perhaps even at Rome. Most European capitals are targets for our air force. Let me quote General Moshe Dayan: "Israel must be like a mad dog, too dangerous to bother." I consider it all hopeless at this point. We shall have to try to prevent things from coming to that, if at all possible. Our armed forces, however, are not the thirtieth strongest in the world, but rather the second or third. We have the capability to take the world down with us. And I can assure you that that will happen before Israel goes under.' — in The war game-The Gun and the Oliver Branch by David Hirst, guardian.co.uk, Sunday 21 September 2003 00.51 BST.

COMENTÁRIO: ora aqui está um recado que a pró-Sionista imprensa portuguesa, e boa parte dos nossos invertebrados comentadores de política internacional, vão gostar de saborear. O incidente entre Erdogan (Turquia) e Shimon Perez (Israel), que marcou a conferência de Davos deste Inverno, testemunha bem a gravidade das feridas deixadas pela recente invasão criminosa da faixa da Gaza pelas forças armadas israelitas.


OAM 526 28-01-2009 02:17 (última actualização: 01-02-2009 18:39)

sexta-feira, janeiro 16, 2009

Crise Global 55

Israel: um estado-hidra

O presidente da Assembleia-Geral da ONU acusa Israel de genocídio, enquanto o quase imbecil secretário-geral da mesma organização permanece nas suas inúteis e hipócritas ladainhas protocolares.

Sejam quais forem os nossos preconceitos sobre este conflito, o mais provável é estarmos mal informados sobre as suas origens e significado, e sofrermos de fortes inclinações para tolerar os crimes de guerra de Israel, submetidos que somos diariamente à propaganda pró-sionista que domina boa parte da desgraçada imprensa escrita e audiovisual portuguesa. Outra circunstância do condicionamento psicológico das nossas mentes distraídas é a chantagem emocional de que continuamos a ser objecto em torno do holocausto. O sionismo alimenta-se das vítimas do holocausto nazi como se de um maná se tratasse para a sua causa política. Ora isto sim, é um desrespeito intolerável pelas vitimas do anti-semitismo genocida do III Reich!

Não houve um holocausto, houve vários, durante a Segunda Guerra Mundial. E o ponto é este: nenhum holocausto passado autoriza os judeus de hoje a infligirem outro holocausto, seja a quem for!

O que Israel pretende e tem feito tudo para conseguir, é expulsar todos os árabes e filisteus da Palestina, transformando esta terra historicamente multi-étnica e multi-religiosa num bunker judeu governado por uma casta de fundamentalistas do judaísmo (os sionistas), cuja força advém não apenas do poderosamente armado e termonuclear Estado de Israel, mas sobretudo do verdadeiro estado-hidra em que se transformou o sionismo mundial, com particulares ramificações nos Estados Unidos e na Europa — mas já não na Rússia, nem na Ásia.

Todas as ofensivas terroristas do Estado de Israel (ditas militares) visam, em primeiro lugar, as populações civis, e só depois a desarticulação física (aliás impossível) dos povos em armas que pretende expulsar da Palestina. Gaza encontra-se submetida a um cerco medieval e a uma invasão pelo terror das bombas (nomeadamente de fragmentação!) em larga escala, completamente ilegal à luz das convenções modernas sobre a guerra. Esta barbarização da violência de Estado é um retrocesso civilizacional muito grave, e augura o pior. Em particular porque Israel não está a ganhar esta guerra, mas a perdê-la a uma velocidade só aparentemente invisível.

A Europa, na sua submissão canina aos falcões de Washington (para que muito tem contribuido o burro lusitano, José Manuel Durão Barroso), acabará por pagar um preço bem alto pela sua falta de estratégia, oportunismo e cobardia.

Na semana em que uma qualquer tenaz do petróleo ou do gás natural apertar a sério a Babélia europeia, saberemos então o preço do nosso desconhecimento sobre as causas das coisas e distracção face ao comportamento dos políticos que elegemos sem nada lhes perguntar, nem exigir. Os Estados Unidos estão a caminho de uma nova era de isolamento defensivo, pelo que deixarão em breve de servir de ama-seca dos europeus. Será o fim da omni-NATO sonhada pelos estrategas do New American Century, e até do apoio sem limites ao terrorismo de Estado israelita. O continente americano e os mares adjacentes serão, a partir de agora, a prioridade absoluta de Washington. E a Eurásia, um sonho... russo, sobre o qual Putin y Hu Jintao já celebraram discretamente os necessários acordos!

A completa imbecilidade política da Europa de Blair e Durão Barroso face ao seu mais importante vizinho estratégico, a Rússia, em matérias tão cruciais quanto a independência forçada do estado falhado do Cosovo, o apoio às operações da CIA na Georgia, que conduziram à guerra com a Rússia, a autorização de colocação de radares e mísseis americanos nas fronteiras russas, etc., vai começar a ser paga com juros. O garrote do gás, que prossegue, é uma amostra do que virá. Imagine-se o humor negro da situação quando um Irão provocado e uma OPEP mais radicalizada pelo desespero mundial em volta da escassez petrolífera, optarem por mexer também nas torneiras do gás argelino, ou impuserem uma cartelização feroz dos preços do crude no limiar, por exemplo, dos 100 euros. Que fará a Europa, lá para 2012, sujeita então aos perigos inimagináveis de uma hiperinflação, sobretudo depois de desmamada por uma América demasiado aflita com a sua própria insolvência económico-financeira? Vamos exibir o comprimento dos nossos pirilaus atómicos? Perante quem? A Rússia? Parece-me que o problema está bem exposto, não?


Referências
Immanuel Wallerstein, "Chronicle of a Suicide Foretold: The Case of Israel"


Última hora
: O Qatar, detentor das terceiras maiores reservas mundiais de gás natural, depois da Rússia e do Irão, anunciou o corte de relações com Israel, na sequência da agressão criminosa deste país à Faixa de Gaza. Sarkozy e Brown dizem que querem ampliar o Conselho de Segurança da ONU. Faltam-lhes, porém, os dentes para fazerem de anfitriões!

Qatar, Mauritania cut Israel ties

16-01-2009 (Aljazeera) — Qatar and Mauritania have suspended economic and political ties with Israel in protest against the war in Gaza, Al Jazeera has learned.

The move announced on Friday followed calls by Bashar al-Assad, the Syrian president, and Khaled Meshaal, the exiled leader of Hamas, for all Arab nations to cut ties with Israel.

Addressing leaders at an emergency Arab summit in Doha, the Qatari capital, al-Assad declared that the Arab initiative for peace with Israel was now "dead".

He said Arab countries should cut "all direct and indirect" ties with Israel in protest against its offensive in Gaza.

OAM 514 16-01-2009 00:20 (última actualização: 16-01-2009 20:21)

quinta-feira, janeiro 08, 2009

Crise Global 53

Calar as armas de Israel
Israel comete crimes de guerra

Ataques de rocket do Hamas

5-01-2009 (Le Monde Diplomatique) ... No seu livro Just and Unjust Wars, o filósofo americano Michael Walzer notava o seguinte: «O tiro aos pássaros não é um combate entre combatentes. Quando o mundo se vê irremediavelmente dividido entre os que lançam as bombas e os que apanham com elas, a situação torna-se moralmente problemática».

Eu sempre gostava de saber porque carga de água a televisão portuguesa e boa parte dos jornalistas pátrios descrevem a invasão criminosa de Gaza —sob as ordens dum sionista corrupto que ainda não está na prisão, nem destituído, por mero conluio da oportunista classe política israelita— como se toda a culpa fosse do Hamas e dos foguetes caseiros que este disparou contra Israel, matando, ao todo, 17 pessoas.

Não sabem que só depois de Israel ter comprovadamente violado as tréguas de Junho de 2008, promovidas pelo Egipto, o Hamas recomeçou a lançar engenhos explosivos vários?

Israel violou este cessar-fogo a 5 de Novembro, e os lançamentos de rocktes do Hamas recomeçaram a 8 do mesmo mês. Estes factos constam do mapa do próprio Ministério dos Negócios Estrangeiros israelita, que acima reproduzimos. Desafio pois o Mário Crespo e outros jornalistas a divulgá-lo.

A propaganda sobre o apoio do Irão ao Hamas é um não argumento. O apoio sistemático e incondicional dos Estados Unidos e do Reino Unido ao Estado-terrorista de Israel é um dado constante há largas dezenas de anos. Quem arma e paga as formidáveis Forças Armadas israelitas? Quem impede nas Nações Unidas uma investigação ao arsenal nuclear, químico e biológico, completamente ilegal, do Estado de Israel? Quem boicota na ONU a investigação dos crimes de guerra das FFAA israelitas? Então, depois de tudo isto, alguém acha ainda que o Hamas está interdito de procurar aliados para se defender de Israel?

Israel tem vindo a violar o direito humanitário e a cometer crimes de guerra ao longo de décadas, como demonstra Gilles Devers no seu blogue Actualités du droit, num texto intitulado «O que é um crime de guerra?» («Qu’est-ce qu’un crime de guerre?», 30 de Dezembro).

«Cada um analisará como entender os acontecimentos de Gaza, nas suas implicações militares, diplomáticas e de política interna. Não é esse o meu objectivo. Mas há realidades objectivas que estão aí, aos olhos de todos. Esclareço: Israel está a controlar as imagens, mas a televisão Aljazeera transmite toda a informação que é suficiente para dizer que é evidente que nestes dias Israel está a cometer crimes de guerra em Gaza.»

«E é um caso de reincidência. A Convenção de 1949 sanciona além disso no seu artigo 49 a construção de colonatos nos Territórios Ocupados, e no artigo 53 a destruição de propriedades na ausência de imperativos militares. A instalação de colonatos e a edificação do muro em território palestiniano também são contrárias à Convenção, como afirmou o Tribunal Internacional de Justiça numa deliberação de 9 de Julho de 2004. O massacre de Sabra e Chatila de Setembro de 1982 – para citar apenas um – nunca foi julgado.»

Obama quebrou finalmente o seu pesado silêncio sobre a agressão assassina de Israel. Sabemos todos, e ele também, que o cerco criminoso e agressão militar a Gaza por parte dos sionistas de Israel, irá ser (já está a ser) a primeira, e porventura decisiva, prova de fogo do mandato do novo presidente eleito dos Estados Unidos. O sinal dado por Obama em direcção à suspensão imediata da agressão e ao retomar do diálogo entre judeus e palestinianos chegou tarde, mas foi suficiente para transmitir ao lóbi judeu mundial, e em particular, americano, que o sucessor de Bush II não estará porventura disposto a tolerar a cobrança e usura antecipadas pela não obstrução do voto judeu à sua eleição.

O tempo joga contra Israel, não porque seja impossível a convivência entre judeus, árabes, filisteus e católicos nas terras da Palestina, onde convivem há milhares de anos, mas porque o sionismo que se erigiu em Estado de Israel apostou em destruir e/ou expulsar os palestinianos das suas terras, para aí instaurar a lei judaica e a sua corrupta democracia militar.

O pêndulo dos equilíbrios tectónicos da geopolítica mundial desloca-se cada vez mais em direcção ao Oriente. É lá que está o dinheiro, o trabalho produtivo e quase tudo o que consumimos! É uma viragem de ciclo cujo alcance está longe de ser intuído pela generalidade dos políticos em exercício. Na realidade, o ciclo da supremacia Ocidental, iniciado em 1415, com a conquista de Ceuta ao Islão pelos portugueses, e o começo do primeiro ciclo de globalização, chegou ao fim. Precisamos de um Novo Tratado de Tordesilhas!

A segunda globalização não é bem aquilo que muitos de nós pensam. Na realidade, a globalização de que se fala, com início na queda do Muro de Berlim e na implosão da União Soviética, foi até agora apenas o preâmbulo da deslocação tectónica do epicentro mundial do poder, da Euro-América para a Ásia. O pico do abalo deverá ocorrer por volta de 2015-2020, se até lá os falcões do Ocidente, de que o sionismo mundial é protagonista de topo, não resolverem precipitar o planeta num novo holocausto.

A hegemonia Ocidental no Médio Oriente acabou. Todo o gasto inútil para segurar esta areia movediça apenas contribuirá para a nossa ruína. Parecemos cada vez mais um bando de fantasmas a caminho da penúria resultante da armadilha do consumismo e da substituição do nosso tecido económico pelo transe da especulação financeira e da criação imparável de dívidas individuais e colectivas.

É por esta razão que teremos que calar as armas de Israel quantos antes!

Silence has become complicity
By Paul Woodward, War in Context, December 29, 2008

Rocket fire did not resume until Israel broke the truce on November 5.

What we now know, is that Israel did not view the truce as a means to bring calm to southern Israel but instead used it as an aid for gathering intelligence in preparation for war.

ÚLTIMA HORA

Jimmy Carter, que teve uma importância decisiva no estabelecimento do cessar-fogo entre o Hamas e Israel, desfeito por mais esta ofensiva do genocídio planeado pelo sionismo mundial contra as populações palestinianas, acaba de publicar um artigo no Washington Post, que faz um ponto simultaneamente crítico e independente sobre os crimes de guerra israelitas.

An Unnecessary War, By Jimmy Carter
Thursday, January 8, 2009; Page A15

I know from personal involvement that the devastating invasion of Gaza by Israel could easily have been avoided.

After visiting Sderot last April and seeing the serious psychological damage caused by the rockets that had fallen in that area, my wife, Rosalynn, and I declared their launching from Gaza to be inexcusable and an act of terrorism. Although casualties were rare (three deaths in seven years), the town was traumatized by the unpredictable explosions. About 3,000 residents had moved to other communities, and the streets, playgrounds and shopping centers were almost empty. Mayor Eli Moyal assembled a group of citizens in his office to meet us and complained that the government of Israel was not stopping the rockets, either through diplomacy or military action.

Knowing that we would soon be seeing Hamas leaders from Gaza and also in Damascus, we promised to assess prospects for a cease-fire. From Egyptian intelligence chief Omar Suleiman, who was negotiating between the Israelis and Hamas, we learned that there was a fundamental difference between the two sides. Hamas wanted a comprehensive cease-fire in both the West Bank and Gaza, and the Israelis refused to discuss anything other than Gaza.

We knew that the 1.5 million inhabitants of Gaza were being starved, as the U.N. special rapporteur on the right to food had found that acute malnutrition in Gaza was on the same scale as in the poorest nations in the southern Sahara, with more than half of all Palestinian families eating only one meal a day.

... Since we were only observers, and not negotiators, we relayed this information to the Egyptians, and they pursued the cease-fire proposal. After about a month, the Egyptians and Hamas informed us that all military action by both sides and all rocket firing would stop on June 19, for a period of six months, and that humanitarian supplies would be restored to the normal level that had existed before Israel's withdrawal in 2005 (about 700 trucks daily).

We were unable to confirm this in Jerusalem because of Israel's unwillingness to admit to any negotiations with Hamas, but rocket firing was soon stopped and there was an increase in supplies of food, water, medicine and fuel. Yet the increase was to an average of about 20 percent of normal levels. And this fragile truce was partially broken on Nov. 4, when Israel launched an attack in Gaza to destroy a defensive tunnel being dug by Hamas inside the wall that encloses Gaza.

... After 12 days of "combat," the Israeli Defense Forces reported that more than 1,000 targets were shelled or bombed. During that time, Israel rejected international efforts to obtain a cease-fire, with full support from Washington. Seventeen mosques, the American International School, many private homes and much of the basic infrastructure of the small but heavily populated area have been destroyed. This includes the systems that provide water, electricity and sanitation. Heavy civilian casualties are being reported by courageous medical volunteers from many nations, as the fortunate ones operate on the wounded by light from diesel-powered generators.

REFERÊNCIAS

Recomendo vivamente à desmiolada e subserviente imprensa portuguesa que leia os artigos seguintes:
  • Wikipedia — Gaza–Israel conflict
  • A história de Israel-Palestina num PDF indesmentível
  • Le Monde — GAZA: Minute par minute : le suivi des événements
  • Wikipedia — Violence in the Israeli–Palestinian conflict (2000-2008 Total Death Toll)
  • 2006 — Palestinian death toll triples this year

    30-12-2006 (The Independent) — The number of Palestinians killed by Israeli security forces in the West Bank and Gaza Strip tripled this year, according to an Israeli human rights organisation. B'Tselem said 660 Palestinians had been killed during 2006, including 141 minors. The report claimed that at least 322 of those killed were not fighters.

    At the same time, B'Tselem recorded a drop in the number of Israelis killed during the year. Palestinians killed 17 civilians, including one minor, and six members of the security forces.

    In Gaza alone, since the kidnapping of Corporal Gilad Shalit in a cross-border raid on 25 June, Israel has killed 405 Palestinians, including 88 minors. Of this total, 205 were defined as non-combatants. B'Tselem said the number of civilians killed showed a "deterioration in the human rights situation in the occupied territories". That impression was reinforced by the demolition of 292 homes, housing 1,769 people, 279 of them in the Gaza Strip. Israel also demolished 42 Arab homes in East Jerusalem built without a permit.

  • 2002 — Palestinian death toll mounts

    7-04-2002 (BBC News) — The Israeli army says it has killed at least 200 Palestinians in its sweeping 10-day offensive in the West Bank.

    Reports have spoken of dozens of dead bodies lying in the streets of Jenin refugee camp where the army met much stiffer resistance than expected from Palestinian fighters. Seven of its own soldiers have died there.

  • The Angel of Death, by Elaine Supkis Meinel (uma excelente introdução histórica aos equívocos sobre os judeus e o Estado de Israel inoculados na consciência ocidental pela propaganda sionista internacional, senhora dalguns dos mais importantes órgãos de comunicação de massas mundiais.)

    "Israel won’t protect Jews from annihilation. Love of humanity, the desire to share, the feelings of mercy and the desire to save, not steal: this is the golden key to Life. Picking up the sword and killing everyone in the way in the Middle East and beyond will only sow dragon’s teeth. The Bible itself is quite clear about this. Even the Death God mentions it, occasionally."

OAM 510 08-01-2009 00:22 (última actualização: 20:46)