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sábado, julho 25, 2009

Alentejo

Brasileiros da Embraer criam base de reparações em Évora

Embraer, Legacy 450
Legacy 450, da Embraer

Embraer inicia construção do centro de excelência em Évora

25.07.2009 - 12h41 - Lusa — A primeira pedra do novo centro de excelência que a construtora aeronáutica brasileira Embraer pretende instalar em Évora será lançada amanhã, prevendo um investimento inicial de 148 milhões de euros e a criação de 570 postos de trabalho directos.

(...) A empresa brasileira pretende instalar duas fábricas no parque industrial aeronáutico de Évora, uma delas de estruturas metálicas (asas) e outra para produzir materiais compósitos (caudas), sendo que as unidades serão dedicadas inicialmente ao suporte logístico de jactos executivos.

Em entrevista à agência Lusa, sexta-feira, no Brasil, o vice-presidente da fabricante aeronáutica, Luís Carlos Affonso, explicou que os primeiros modelos a serem atendidos pela unidade de Évora serão os jactos Legacy 450 e Legacy 500, cujos lançamentos estão previstos para 2011. — in Público.

Vivo em Carcavelos, a escassos 20 minutos do centro de Lisboa. Por cima do terraço do meu apartamento o tráfego de avionetas e sobretudo de jactos privados não pára de crescer desde a Expo 98. O aeródromo de Cascais, situado em Tires, que não aparece nas estatísticas nacionais, é o único negócio aeroportuário em franco crescimento no nosso país: 50% de crescimento positivo em 2008! Se alguém tiver mais números, faça-mos chegar, por favor.

O desconforto actual da companhia Netjets, de onde sairão alguns pilotos e técnicos para a recém instalada, no município de Oeiras, Jet Republic, revela um dinamismo só explicável pela mudança de paradigma no sector de transportes à escala global. Esqueçam todas as asneiras que os mandatados do governo José Sócrates têm vindo a divulgar ao longo dos últimos quatro anos e meio: é tudo mentira, como aliás anunciei a tempo e horas a quem tinha algo a perder ou ganhar neste negócio.

Negócio de jactos de luxo resiste à crise

A aviação de luxo continua a crescer, apesar da recessão. Portugal vai receber a Jet Republic, uma nova companhia de jactos privados que ficará instalada em Oeiras. O aeródromo de Tires registou um aumento de 50% neste tipo de tráfego, em 2008.

O projecto da Jet Republica foi lançado ontem, em Lisboa, embora a empresa ainda não tenha obtido a licença para operar em Portugal por parte do Instituto Nacional de Aviação Civil. De acordo com o responsável de operações em Portugal, Luís Vianna, o pedido será feito em Fevereiro e deverá demorar cerca de três meses. Contudo, só em Outubro a empresa começará a voar com aviões que encomendou à Bombardier. Tratou-se da maior encomenda jactos privados alguma vez feita na Europa - 110 aeronaves Learjet - e obrigou a um investimento de 1,5 mil milhões de dólares (mais de mil milhões de euros). A Jet Republic escolheu Portugal para sede devido às infra-estruturas aeroportuárias, à flexibilidade linguística e às competências do INAC, segundo o presidente da empresa, Jonathan Breeze. Serão criados entre 400 e 500 postos de trabalho. — in JN.

Há anos que eu, devidamente assessorado por amigos especialistas e amantes de aviões, comboios e navios, venho reiterando que o paradigma do transporte aéreo mudou. As cidades aeroportuárias e os mega-aeroportos já não fazem sentido, pois são ineficientes, demasiado caros e não podem satisfazer a democratização económica e espacial da procura. Idem para as companhias de bandeira, politicamente subsidiadas, mal-geridas e ineficientes sob quase todos os pontos de vista. As alternativas que no século 21 irão substituir estes paradigmas obsoletos, chamam-se jactos de luxo e companhias de baixo custo (Low Cost), associados a redes densas de aeroportos ligeiros, com taxas baratas e bem conectados aos principais centros populacionais do planeta, ou a manchas territoriais povoadas de municípios bem ligados por vias rápidas — rodoviárias, ferroviárias e fluviais. Os casos de Bragança, Trancoso, Badajoz, ou de Fátima, são bons exemplos para aeroportos ligeiros e baratos, com grande potencial de estímulo ao desenvolvimento regional.

Só falta mesmo partir a espinha burocrática da ANA, da falida TAP e dos borlistas que há décadas usufruem ilegitimamente das facilidades de transporte aéreo da TAP, à conta do contribuinte e para conforto de uma classe de políticos incompetente e largamente corrupta.

Bem-vinda Embraer! E parabéns ao autarca socialista de Évora, José Ernesto Oliveira. A aposta é estratégica e tem todas as possibilidades de crescer. A encomenda de 110 Learjet à Bombardier, para a Europa, por parte da Jet Republic, elucida bem quais são as tendências deste negócio, à escala global, para as próximas décadas.


OAM 609 25-07-2009 16:23 (última actualização: 26-07-2009 03:33)