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domingo, setembro 04, 2016

Do Bloco Central à Frente Popular Pós-Moderna

in Council on Foreign Relations, Geo-Graphics blog


A austeridade de esquerda pouco difere da austeridade de direita


1

Incêndios — os lesados da catástrofe natural beneficiam de um apoio governamental/comunitário de 4 milhões de euros. Mas o aluguer de dois Canadair, desde maio de 2015 até agosto deste ano, custou 5 milhões de euros (Expresso). Ou seja, os incêndios continuam a ser um bom negócio para todos menos para aqueles que veem a sua propriedade reduzida a cinzas.

Fundos comunitários desbloqueados até maio último: 200 milhões de euros. Vêm aí +400 milhões de euros. Total: 600 milhões de euros. Tudo é relativo quando falamos de milhões. O buraco negro da Caixa Geral de Depósitos somará em breve 6.700 milhões de euros, ou seja, quase 12x o investimento comunitário previsto para este ano.

Dívida Pública continua a crescer: 240,9 mil milhões de euros em julho de 2016. Por sua vez, a dívida líquida subiu 2300 milhões de euros em junho (YOY), nomeadamente para garantir o serviço da dívida em 2017, agravando assim as responsabilidades dos próximos governos e gerações.
(Económico, 01 Set 2016)

Restruturação da dívida pública? Mariana Mortágua diz que sim, mas não sabe como.
Que aconteceria à exposição do Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social à divida pública portuguesa (75% dos seus ativos!), aos Certificados de Aforro e do Tesouro (+ de 20.000 milhões de euros) e à exposição bancária indígena ao 'papel comercial' do Estado (10% dos respetivos ativos) se houvesse uma restruturação da dívida portuguesa? Que percentagem da dívida seria renunciada em nome da restruturação? Quem definiria a senioridade dos créditos? A menos que houvesse um ato unilateral do Estado português, seria seguramente o BCE e o FMI (principais credores) a fazê-lo. Como pensa então Mariana Mortágua restruturar a dívida portuguesa, condição sine qua non, afirma, para retomar o investimento público e o crescimento? Qual a sua receita para não voltar a espoliar os já espoliados aforradores portugueses?

Bancos — Exposição dos bancos portugueses à dívida pública representa 10% dos respetivos ativos. Esta percentagem subiu a pique desde 2009 (ver gráfico).
Portugal Gaining on Italy in the Banking ‘Doom Loop’. CFR, August 11, 2016
The graphic also shows that Portugal’s doom loop metric has soared over the past two years. Portuguese banks have been gorging on Portuguese sovereign debt, taking it from 7 percent of total assets to 10 percent—the same level as Spain. If they continuing loading up at this pace, they will reach Italian levels by 2018. CFR
Negócios, 20/7/2015
Público 23/02/2015 - 13:05

Estado — administrações públicas, empresas públicas e PPP— não pode continuar a consumir mais de 50% do PIB

Impostos — Só 26% dos portugueses pagaram impostos em 2015, ainda por cima de forma muito desigual, nomeadamente devido ao labirinto das isenções, reduções e descontos, quer em sede fiscal, quer em rendas e consumos de transporte, energia, água e telecomunicações (uma sangria fiscal injusta).

Económico
O Insurgente

Crescimento — metade das previsões dos dois cenários do OE2016: 1,8% (0,9%) / 1,6% (0,8%)

Demografia: daqui a uma década e meia teremos menos 500 mil residentes; e em 2050 poderemos pouco mais de 8M.
(2030)
Portugal = -500 mil
Brasil, Angola e Moçambique = +47 milhões
África = +493 milhões

2

Apoio (público) à banca agravou dívida em 20 mil milhões de euros
O Banco de Portugal revelou esta quarta-feira pela primeira vez o impacto das medidas de apoio do sistema financeiro no défice e na dívida pública, entre 2007 e 2015. Em termos acumulados, os apoios agravaram o défice em 12,6 mil milhões de euros e a dívida em 20,6 mil milhões de euros.

Qual é a dimensão do buraco negro da Caixa? Próxima dos 6700 milhões de euros
Alienações desde 2010: mais de 1500 milhões de euros (Sede, Caixa Seguros, e Hospitais Privados de Portugal). Recapitalização estimada (Expresso): 5200 milhões de euros.
A fuga de depósitos do ex-BES e do Banif para a Caixa (algumas centenas de milhões de euros?) não chegou sequer para atrasar o desfecho dramático em curso.

Rescisões na CGD — 700 milhões de euros (ou mesmo 800 milhões de euros) para 2500 trabalhadores, ou seja, uma média de 280 a 320 mil euros por bancário
Sendo a Caixa um banco público, fica por explicar como se aplica o famoso critério da igualdade do Tribunal Constitucional. Qual é aqui o critério da indemnização por despedimento, ou extinção do posto de trabalho? Difere ou não do critério aplicado aos demais funcionários e trabalhadores das administrações e empresas públicas? E relativamente aos trabalhadores das empresas privadas que encerram portas, despedem, ou extinguem postos de trabalho, não há uma claríssima violação do princípio da igualdade?

Caixa Geral de Depósitos, um banco público? 
— onde está a lista de grandes devedores?
— onde está a avaliação dos decisores responsáveis pelo colapso da Caixa, salva in extremis pelo BCE?
— alguém interrogou os responsáveis pela ruinosa operação da Caixa em Espanha? Fernando Faria de Oliveira e Carlos Costa, atual governador do Banco de Portugal, devem ou não explicações ao país sobre isto?
— desde quando é que a Caixa empresta dinheiro às micro, pequenas e médias empresas? Vai passar a fazê-lo? Como?

3

Brasil— o rápido aburguesamento do PT, a corrupção, e o rebentamento da bolha petrolífera conduziram ao fim da presidência de Dilma Rousseff. Este fim do estado de inocência da esquerda brasileira terá profundas consequências na evolução do sistema partidário brasileiro. A dimensão da classe média deverá, espera-se, impedir uma nova deriva autoritária no país.

NOTAS

Fundos para recapitalização da Caixa apagam chumbo no teste de stresse do BCE

O teste de stresse do BCE detetou que a Caixa precisa de 2.000 milhões de euros de solidez adicional. Este valor vai ser mais do que compensado pelas medidas previstas no plano de capitalização do banco do Estado – ao todo, o plano de recapitalização ronda os 5.200 milhões de euros.
Expresso, 01.09.2016 às 7h202

A CGD vendeu o edifício da sua sede por 251,8 milhões de euros ao Fundo de Pensões do Pessoal da Caixa Geral de Depósitos

"No âmbito do contrato-promessa de venda ao Fundo de Pensões do Pessoal da Caixa Geral de Depósitos, seu imóvel sito na Av. João XXI, 63, sua sede social, celebrado a 30 de Setembro, foi estipulado um valor de venda de 251,8 milhões de euros", revelou a CGD em comunicado. 
Negócios, 04 Outubro 2010, 20:05

A CGD vendeu 80% da Caixa Seguros ao grupo Fosun por 1209 milhões de euros

O negócio, envolvendo um terço do mercado segurador português, foi de mil milhões de euros, mas o encaixe total ascende a quase 1209 milhões de euros, em resultado da distribuição prévia de dividendos de 208,9 milhões de euros.
Público, 09/01/2014 - 15:22

Hospitais da CGD vendidos por 85 milhões

Hospitais Privados de Portugal (HPP) do grupo CGD, foi vendido por 85,4 milhões de euros à Amil Participações SA.
Expresso, 19.11.2012 às 20h46

segunda-feira, março 30, 2015

Maminhas de empresária

15 mar 2015-Juliana Isen.
Photo: Amauri Nehn/ Rio News

Maminhas de direita contra a Presidenta Dilma. 


Contra? Mas é uma prova de amor!

Voyeur 1

“Ser direita é não gostar do PT”, diz empresária que tirou roupa em protesto

Juliana colocou dois adesivos nos mamilos e tirou a camiseta diante de dezenas de policiais, que olharam impassíveis. Aos gritos de “Fora Dilma, Fora PT, quero um País melhor, sem corrupção”, ela caminhou seminua pela mais icônica avenida da principal cidade do País, posou para fotógrafos e curiosos e ainda hoje, duas semanas após a manifestação, fatura com a atitude incomum.

Por Ana Flávia Oliveira -iG São Paulo | 30/03/2015 06:00 - Atualizada às 30/03/2015 13:16

Voyeur 2

15.mar.2015 - A socialite Juliana Isen roubou a cena durante o protesto na Av. Paulista contra o governo neste domingo. A loira fez topless e cobriu os mamilos com adesivos pró-impeachment de Dilma Rousseff, fez barulho com a corneta de outros manifestantes, gritou perto de policiais militares e rodopiou com a bandeira brasileira Amauri Nehn/Photo Rio News

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quinta-feira, março 31, 2011

Amigos, amigos...

Brasil prefere EDP às obrigações virtuais
Era a este tipo de garantias que Dilma Rousseff se referia ao falar em "ajudar" Portugal... Mas esperem pela pancada espanhola!

Com activos conjuntos no Brasil, o interesse do grupo estatal brasileiro poderá passar pela compra de até 10% (da EDP)

O Estado português detém 25% do capital da eléctrica liderada por António Mexia.

A empresa terá contratado o Citibank para avaliar e analisar os números da companhia portuguesa e a estimativa é que o negócio fique perto de 600 milhões de euros (1.300 milhões de reais). Económico.

As carcaças ainda frescas da nossa economia devastada pela inépcia, irresponsabilidade e corrupção da nomenclatura partidária, financeira e corporativa instalada, são proteína irresistível para quem tem reservas, recursos e interesses estratégicos no nosso país: Brasil, Angola, Reino Unido, Canadá... Estados Unidos.

O nosso problema é que o número de carcaças frescas com alguma carne agarrada aos ossos é insuficiente para o buraco do nosso colectivo endividamento. Os 600 milhões de euros que a Eletrobras, empresa energética estatal brasileira, poderá vir a meter na EDP, comprando 10% da participação estatal portuguesa na empresa (e assim financiando indirectamente a nossa dívida pública), nem sequer chegam para duas barragens … quanto mais para as 11 que querem construir; e já nem falo do passivo acumulado da empresa portuguesa: mais de 18 mil milhões de euros!

Não deixa de ser curioso que, para sair da bancarrota em que estamos, algumas empresas portuguesas estratégicas, essenciais do ponto de vista do serviço público, se arrisquem a ser comidas por empresa estatais de outros países. É, a bem dizer, uma nova forma de colonização a que estaremos sujeitos se não houver quem se oponha a tamanha capitulação.

A nossa melhor saída do colapso para onde nos levaram não será certamente vender o sangue, os rins e os pulmões da nossa economia!

A única solução inteligente e decente passará inevitavelmente por uma lipoaspiração ao Estado, por baixar os impostos que afectam a produção de bens transaccionáveis e as exportações, e pela redefinição do Estado Social. Este terá que transformar-se, a muito curto prazo, num estado transparente e eficiente, onde o perímetro da sua presença na saúde, na educação, na burocracia e na economia seja radicalmente circunscrito. Precisamos de uma visão estratégica sobre as universidades, e sobre os serviços de saúde, delimitando drasticamente o que devem ser obrigações estratégicas da comunidade, e deixando à iniciativa privada, cooperativa e comunitária tudo o resto.

Mas para isto, claro, será preciso mudar de regime e fazer uma revolução!