Mostrar mensagens com a etiqueta Certificados de Aforro. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Certificados de Aforro. Mostrar todas as mensagens

sexta-feira, dezembro 27, 2013

Certificados do Tesouro +

Rafael Bordalo Pinheiro, O António Maria, 1893.

Proteger a poupança da inflação rastejante

As taxas dos CTPM são crescentes, partindo de 2,75% no primeiro ano até 5% no quinto ano, a que pode acrescer ainda um prémio em função do crescimento do produto interno bruto — Público, 25/12/2013.

Cerca das 08:55 de hoje, os juros a dez anos estavam a ser negociados  a 5,855%, abaixo dos 5,862% do encerramento de sexta-feira. 

No prazo de cinco anos, os juros estavam a negociar a 4,777%, abaixo  dos 4,795% do encerramento de sexta-feira. 

Os juros a dois anos estavam hoje a ser negociados a 3,394%, contra  3,400% no encerramento de sexta-feira. 

A 6 de novembro, os juros a cinco e dez anos terminaram respetivamente  abaixo dos 5% e 6% pela primeira vez desde junho deste ano — SIC-N, 2/12/2013

A ideia é esta: se o estado português paga aos bancos e fundos de investimento juros de 3,3 a 6% pela dívida soberana, porque não pagar entre 2,75 e 5% aos titulares dos novos certificados do tesouro poupança mais (CTPM) por essa mesma dívida? Sai mais barato, não é?

Os aforradores podem eventualmente confiar mais nestes papeis do que em depósitos que pouco pagam, nomeadamente de bancos em dificuldades. Em caso de agravamento da crise financeira, é de presumir que à luz da tão propalada união bancária venham a colapsar, em primeiro lugar, os bancos que não recuperam apesar dos resgates com dinheiro público, e só em caso extremo sejam os estados a declarar a bancarrota. Por outro lado, como a exposição da banca germânica à dívida pública portuguesa praticamente se esfumou, não é expectável no horizonte mais próximo uma reestruturação da dívida portuguesa. No entanto, os tempos são incertos, e convém estar atento.

O caso do bailin de Chipre não se aplica à situação financeira portuguesa, embora haja por aí um, dois ou três bancos que poderão ser forçados a desaparecer ou ser absorvidos por entidades maiores, dada a sua sua situação de insolvência e mesmo de falência. O chamado tapering, já iniciado nos EUA, traduzindo-se por uma diminuição das emissões de dívida americana em 10 mil milhões de dólares mensais, traduzir-se-à numa também diminuição das injeções de liquidez made in BCE nos bancos europeus atolados em imparidades, com a consequente ameaça de reestruturação, só que desta vez sem a injeção maciça de dinheiro dos contribuintes. Como o dinheiro está mais caro e vai encarecer ao longo de 2014 e 2015, os défices públicos não poderão continuar a subir. A dívida terá que baixar sobretudo pela via da diminuição da despesa pública e ainda por um novo esticão fiscal. Estes certificados e os sorteios de 'automóveis novos' entre os consumidores conscientes são duas faces da mesma moeda: o desespero da Fazenda Pública!

Assim que a redução do Quantitative Easing foi anunciada pela Fed, os juros e as yields dos bilhetes do tesouro americano a 10 e a 30 anos começaram paulatinamente a subir. É bom para quem quer proteger as poupanças, é mau para quem tem dívidas indexadas à Euribor. A iniciativa dos turbo certificados do tesouro é uma resposta do governo à mudança ainda frágil de conjuntura, nomeadamente no interior das bolhas de dívida soberana, e é também uma forma de angariar o precioso dinheiro que os nossos credores provavelmente não estarão interessados em continuar a investir depois de 17 de maio de 2014, quando o famoso Programa terminar.

Colocar dinheiro nos novos certificados é, ou não, arriscado? Pela resposta da procura, parece que não. A um ano de distância, a probabilidade de as poupanças estarem protegidas é, apesar da conjuntura incerta, elevada. Em 2919 é demasiado longe para prever...

Entretanto, aqui vai um relato rigoroso do que tragicamente ocorreu em Chipre com o ‘bailin’ dos dois maiores bancos da ilha.

The Cyprus Depositor Haircut

In August 2005 a Helios Airways airplane crashed killi ng 121 passengers plus air crew and leaving 33 orphans. Each orphan received about €1mn in compensation which carers mainly placed in bank accounts for when the children grew older. The Cyprus bailout means most of their money is now gone.

Hotels in Cyprus during winter took large advance payments from foreign travel agencies for bulk bookings of rooms over the coming summer. The money they received has now all but been forfeited to the government but they are legally obliged still to provide the accommodation and food services the travel agencies purchased. Losses will be huge.

An amount equivalent to 60% of GDP has been taken from all business and individual depositors in the two biggest banks in Cyprus accounting for over 60% of the banking system. All accounts bar a select few have lost all amounts above €100,000 at the now closed down Laiki Bank, and 60% of amounts over €100,000 at the larger Bank of Cyprus have gone. So if you had €500,000 on deposit at Laiki, or €50mn, you now have €100,000. Families have lost their life savings, potential home buyers have lost funds from their previous house sale, businesses have lost the funds they were going to use for expansion. How did this happen?

Ler texto integral aqui (pdf)

segunda-feira, março 03, 2008

Crise Global 13

Panic at Northern Rock
Reformados em pânico tentam levantar as suas economias à porta do falido
Northern Rock, hoje temporariamente nacionalizado pelo governo britânico!

Preparem-se para o pior!

Os mercados de Derivados estão a afundar rapidamente, e entretanto, nos EUA, começou a Rebelião das Massas contra o ataque financeiro, capitaneado pela Reserva Federal, aos certificados de aforro municipais.

Por cá, como se sabe e é escandaloso, José Sócrates decidiu em Janeiro passado roubar os rendimentos expectáveis e contratualizados para as séries A e B dos Certificados de Aforro. No Reino Unido o Northern Rock, uma instituição financeira especializada em captar as poupanças-reformas dos ingleses, e sediada num dos paraísos fiscais de Sua Majestade (!), faliu. O calote, sob a forma da nacionalização temporária deste covil de piratas protegido pela Rainha de Inglaterra, será pago pelos impostos de todos os súbditos daquela pirosa e decadente monarquia. Na Alemanha, veio-se a descobrir há uma ou duas semanas atrás que há dezenas de caixas de aforro regionais (muito social-democratas, algumas delas) engolidas pela voragem do Subprime (e nenhum director foi ainda, nem despedido, nem preso!) Ainda por cá, segue a telenovela do BCP.

Em suma, o neo-liberalismo é assim: adora a concorrência e a liberdade de mercado enquanto se trata de acumular mais-valias especulativas, mas exige a mão dura do Estado quando é para salvá-lo dos prejuízos! Aquilo que já está a acontecer e vai piorar, uma vez mais, é os governos corruptos dos países atingidos pela catastrófica falta de liquidez desencadeada pela crise do Subprime, acorrerem a salvar bancos e sociedades financeiras, em nome da estabilidade económica, injectando para isso milhares de milhões de euros nos bolsos dos especuladores, mas fazendo para isso recair a despesa no Zé Povinho! Fazem-no sob a forma do roubo descarado das expectativas, estagnando a economia, e fazendo finalmente disparar a inflação. Preparem-se para o pior, e tratem de olear as armas da indignação!



States and Cities Start Rebelling on Bond Ratings

03-03-2008. A growing number of states and cities say yes. If they are right, billions of taxpayers' dollars -- money that could be used to build schools, pave roads and repair bridges -- are being siphoned off in the financial markets, where the recent tumult has driven up borrowing costs for many communities.

A complex system of credit ratings and insurance policies that Wall Street uses to set prices for municipal bonds makes borrowing needlessly expensive for many localities, some officials say. States and cities have begun to fight back, saying they can no longer afford the status quo given the slackening economy and recent market turmoil.

Municipal bonds, often considered among the safest investments, sank along with stocks last week, darkening the already grim mood in the markets. Several big hedge funds unloaded bonds as banks further tightened credit to contain the damage from mounting losses on home mortgages and other loans. -- New York Times.

Markets Go Down On Bad News

29-02-2008. The banks cannot give more loans if they have no reserves and if their existing equities are losers, they have to add reserves, not make more and more loans. They cannot make money totally out of thin air. They have to have a pay-back system somewhere. As well as some savings. Once they were forced to start telling the truth, the whole thing has been impossible. Look at those charts! The losses are staggering. All the AAAs, AA and A ABX CDOs are all moving towards the same place: zero. The BBB papers are now at slightly higher than 10¢ to the dollar. But the others are barely better. All but the AAA papers are now below 30¢ to the dollar. They stabilized briefly from the Bernanke money injection day in mid-November and desperately clung to life until the second half of February. This is when all systems, the Stock Markets, the muni bond markets, the interbank lending markets, you name it, all have decisively turned downwards. The news that the Federal Government was going to hand out a bundle of goodies temporarily buoyed up the markets, the financiers, the bankers, but now that has faded. Even the Japanese are now accepting the idea that the $150 billion Xmas gift from Santa won't save the global economy.

So the ABX funds fell. I give them another month, maybe two, but probably less, to hit zero once and forever. This is how Mother Nature takes care of excess: it is burned. It vanishes into smoke. These ABX charts are not about all the money out there that will vanish in the next two years, it is more like a heart monitor. The patient is dying. When all these funds hit zero, they will be flatlined. -- Elaine Supkis Meinel, Culture of Life News.

Para piorar ainda mais as coisas, temos a Rússia a reduzir em 25% o fornecimento de gás à Ucrânia, as tropas de Chávez, na fronteira com a Colômbia, ameaçando atacar se os americanos repetirem a provocação que levou ao assassínio de um comandante das FARC, o USS Cole ao largo do Líbano, o garnisé da França movendo a sua marinha para o Mediterrâneo Oriental, e os nazi-sionistas de Israel transformando a faixa de Gaza numa réplica macabra do ghetto de Varsóvia! A pandilha de criminosos que comanda o mundo neste momento quer evitar a paz a todo o custo e quer desencadear a III Guerra Mundial, custe o que custar! A canalha da Casa Branca, se puder, irá boicotar as próximas eleições americanas. Já tem o quadro legislativo preparado para tal, incluindo a própria suspensão das principais liberdades constitucionais! Basta-lhe uma boa provocação.

OAM 327 03-03-2008, 12:57